No
município, afloram os sedimentos do Grupo Bauru e ocorrem falhamentos
e fraturas, sendo que em alguns locais há contato direto da
Formação Bauru com a Formação Botucatu/
Pirambóia. Bauru tem um número expressivo de poços
ainda não cadastrados. A maioria desses poços não
apresentam descrições de ensaios ou de suas características
e são focos de riscos de contaminação dos lençóis
freáticos, visto que normalmente estes estão captando
água do aqüífero Bauru.
Buscando a reversão do quadro, o Departamento de Água
e Esgoto de Bauru (DAE), implantou há dois anos um projeto
inédito para órgãos públicos no Brasil,
o sistema de modelação de fluxo de águas subterrâneas,
visando o gerenciamento adequado dos recursos hídricos subterrâneos
no município. Na modelagem efetuada pela Waterloo Hydrogeologic
foram simulados vários cenários de fluxo das águas
subterrâneas a partir dos dados de poços em operação,
para se definir o bombeamento mais adequado à situação
atual do sistema, minimizando o rebaixamento. Além disso, o
modelo permite selecionar as áreas adequadas para a perfuração
de novos poços tubulares, interferindo o mínimo nos
poços existentes. "O projeto possibilitou ao DAE gerenciar
seus recursos hídricos com mais eficiência, conservando
o principal aqüífero que abastece a cidade, o aqüífero
Guarani, de contaminações e rebaixamento", avaliou
Isaar de Almeida, diretor da Divisão de Produção
e Reservação do DAE - Bauru.
Funcionamento do projeto - A empresa desenvolveu um modelo conceitual
de fluxo, utilizando as informações hidrogeológicas
do DAE - Bauru, além das provenientes de outras entidades públicas
e privadas. Estas informações incluíram os relatórios
de construção de poços e dados de monitoramento
dos níveis de água de poços. Foram também
considerados os dados de monitoramento dos rios que drenam a área
de interesse, dados de precipitação, informações
geológicas regionais e informações hidrogeológicas.
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Primeiramente
foi feito o levantamento de todos os dados e informações
hidrogeológicas da região de Bauru, para incorporá-
las no modelo numérico. É realizada uma análise
hidroestratigráfica dos dados existentes e incorporá-
la dentro do modelo conceitual, considerando o sistema de fluxo
da água subterrânea, tanto na escala local como regional.
Como parte da revisão estratigráfica regional e
local, os limites apropriados do modelo são identificados
e seus valores de condições de contorno são
estabelecidos. Os limites físicos naturais são utilizados
como limites do modelo numérico, tais como: divisores naturais
de fluxo, locais de descarga (divisores de águas superficiais),
divisores das áreas de recarga, ou linhas de fluxo aproximados.
A definição do topo do embasamento é realizada
através da utilização dos dados de perfuração
de poços tubulares profundos. |
O sistema
permite o gerenciamento dos aqüíferos de forma mais eficiente,
além de simular vários cenários de fluxo das
águas subterrâneas, podendo controlar a captação
dessa água, através da seleção de áreas
adequadas para perfuração de novos poços. O programa
também permite a obtenção do regime de bombeamento
adequado, minimizando o rebaixamento existente. "Essa é
uma ação de responsabilidade para com o meio ambiente,
com a saúde pública, e enfim, uma ação
de cidadania", finalizou Isaar.
ABAS
e os novos associados
ALLAN
GORDON CORTEZ, CARLOS EDUARDO MOSCOZO MEDEIROS NETTO, CARLOS MÁRIO
PRETO, COVERCO S.p.A, LEONARDO AITA, MORGANA MENEZES RIBEIRO e SÍLVIA
MARIA FERREIRA
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