CBH-TG recebe recursos do Fehidro
O Comitê de Bacias Hidrográficas do Turvo/Grande (BCH-TG)
realizou uma reunião no mês de julho, com o Grupo de Recursos
Hídricos para discussão da demanda da bacia e definição
da oferta (monitoramentos qualitativos e quantitativos das águas
superficiais e subterrâneas e atualização das características
hidrodinâmicas, que conforme já foi observado em alguns
testes de bombeamento, estão mudando devido a superexploração).
Os membros também discutiram o monitoramento metereológico
e atualização dos dados pluviométricos e fluviométricos,
uma vez que, os cálculos de vazão Q7-10 estão sendo
feitos com dados atualizados até 1997, e podem estar superestimados
para as condições atuais.
Em plenária realizada no dia 12 de julho, em São José
do Rio Preto, o secretário de Recursos Hídricos Saneamento
e Obras do Estado de São Paulo e presidente do Conselho Estadual
de Recursos Hídricos, Dr. Antônio Carlos Mendes Thame e
o secretário executivo do CNRH, Dr. Raymundo José Santos
Garrido fizeram a distribuição dos recursos do FEHIDRO
para 38 dos 55 projetos inscritos. Após a distribuição
das verbas, Mendes Thame alertou para a escassez de água, uma
vez que, a falta desse recurso mineral compromete a vida humana. "A
população deve ser conscientizada da necessidade de gerenciamento
dos recursos hídricos e da utilidade da cobrança como
ferramenta para tal", afirmou.
Em seguida, Raymundo Garrido convidou os comitês a participarem
do IV Diálogo Interamericano de Gerenciamento de Águas,
que será realizado de 02 a 06 de setembro, em Foz do Iguaçu.
Geóloga Cristiane Guiroto
Fone: (17) 222-3509 e
232-8094
E-mail: guiroto@terra.com.br
Inquérito conclui que Shell cometeu crime
ambiental
Um relatório do inquérito policial, instaurado para averiguar
as responsabilidades da Shell na contaminação das águas
subterrâneas do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia,
no interior de São Paulo, foi encaminhado ao Ministério
Público. O inquérito conclui que houve um crime ambiental
na área próxima ao antigo sítio da Shell Química
do Brasil.
No inquérito, o delegado Tadeu de Almeida Brito aponta que o
solo e a água subterrânea da área foram contaminados
por pesticidas manipulados pela empresa e solicitou auxílio da
promotoria pública para efetuar análises mais precisas
antes de autuar os responsáveis.
Tese - "Em tese, a contaminação da área está
confirmada. A Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental)
admitiu que houve contaminação, além da própria
auto denúncia da Shell, constatando que o local foi alvo de um
crime ambiental", relatou o delegado Brito. O delegado lembrou
ainda que a pena prevista pra crimes contra meio ambiente é de
cinco anos ou mais de reclusão.
As suspeitas recaem agora a atuação dos órgãos
públicos, averiguando se houve falha na fiscalização.
Sobre o caso Shell ainda restam dois inquéritos sendo apurados
pela polícia. O primeiro trata da morte de ex-funcionários
da empresa e outro que investiga a também contaminação
de águas subterrâneas e dos moradores das chácaras
vizinhas a empresa. A Shell informou por meio de sua assessoria de imprensa
que não vai se manifestar por desconhecer o conteúdo do
relatório.
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