Boletim Informativo da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas Agosto/2001 - Nº 117
   

CBH-TG recebe recursos do Fehidro

O Comitê de Bacias Hidrográficas do Turvo/Grande (BCH-TG) realizou uma reunião no mês de julho, com o Grupo de Recursos Hídricos para discussão da demanda da bacia e definição da oferta (monitoramentos qualitativos e quantitativos das águas superficiais e subterrâneas e atualização das características hidrodinâmicas, que conforme já foi observado em alguns testes de bombeamento, estão mudando devido a superexploração). Os membros também discutiram o monitoramento metereológico e atualização dos dados pluviométricos e fluviométricos, uma vez que, os cálculos de vazão Q7-10 estão sendo feitos com dados atualizados até 1997, e podem estar superestimados para as condições atuais.
Em plenária realizada no dia 12 de julho, em São José do Rio Preto, o secretário de Recursos Hídricos Saneamento e Obras do Estado de São Paulo e presidente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, Dr. Antônio Carlos Mendes Thame e o secretário executivo do CNRH, Dr. Raymundo José Santos Garrido fizeram a distribuição dos recursos do FEHIDRO para 38 dos 55 projetos inscritos. Após a distribuição das verbas, Mendes Thame alertou para a escassez de água, uma vez que, a falta desse recurso mineral compromete a vida humana. "A população deve ser conscientizada da necessidade de gerenciamento dos recursos hídricos e da utilidade da cobrança como ferramenta para tal", afirmou.
Em seguida, Raymundo Garrido convidou os comitês a participarem do IV Diálogo Interamericano de Gerenciamento de Águas, que será realizado de 02 a 06 de setembro, em Foz do Iguaçu.
Geóloga Cristiane Guiroto
Fone: (17) 222-3509 e
232-8094
E-mail: guiroto@terra.com.br

Inquérito conclui que Shell cometeu crime ambiental

Um relatório do inquérito policial, instaurado para averiguar as responsabilidades da Shell na contaminação das águas subterrâneas do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, no interior de São Paulo, foi encaminhado ao Ministério Público. O inquérito conclui que houve um crime ambiental na área próxima ao antigo sítio da Shell Química do Brasil.
No inquérito, o delegado Tadeu de Almeida Brito aponta que o solo e a água subterrânea da área foram contaminados por pesticidas manipulados pela empresa e solicitou auxílio da promotoria pública para efetuar análises mais precisas antes de autuar os responsáveis.
Tese - "Em tese, a contaminação da área está confirmada. A Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental) admitiu que houve contaminação, além da própria auto denúncia da Shell, constatando que o local foi alvo de um crime ambiental", relatou o delegado Brito. O delegado lembrou ainda que a pena prevista pra crimes contra meio ambiente é de cinco anos ou mais de reclusão.
As suspeitas recaem agora a atuação dos órgãos públicos, averiguando se houve falha na fiscalização. Sobre o caso Shell ainda restam dois inquéritos sendo apurados pela polícia. O primeiro trata da morte de ex-funcionários da empresa e outro que investiga a também contaminação de águas subterrâneas e dos moradores das chácaras vizinhas a empresa. A Shell informou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai se manifestar por desconhecer o conteúdo do relatório.


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