A edição deste ABAS Informa traz a cobertura completa do que foi o XII ENCONTRO NACIONAL DE PERFURADORES DE POÇOS realizado em Recife, no mês passado.

    Como sempre, a confraternização têm sido o ponto alto dos eventos promovidos pela ABAS. Este não fugiu a regra, podendo-se dizer que tudo transcorreu dentro do planejado pela comissão organizadora, que a cada dia transcorrido foi sentindo um alívio, já que é uma grande responsabilidade a realização de um evento nacional. Parabéns a toda equipe capitaneada pelo grande batalhador Alarico, um colega já envergado por tantos e bons eventos realizados.

    Pode-se dizer também que, apesar da grande experiência desenvolvida pela Agência que coordena e realiza os eventos da ABAS, em conjunto com uma comissão organizadora do local que sediou o evento, temos pecado em alguns pontos que considero de extrema importância, principalmente considerando que um evento deste naipe ostenta um custo econômico extremamente alto para os nossos padrões, e que portanto, deveria ser melhor capitalizado. São eles:

    1-REPERCUSSÃO POLÍTICA DO EVENTO: Neste evento quase nenhuma. Nenhum político de envergadura participou da solenidade de abertura. Não conseguimos levantar nenhuma bandeira importante, um mote como se diz na região, que motivasse uma participação da representação política regional ou local em peso para ouvir o que temos a dizer. Teimamos em falar para nós mesmos, e os discursos seguem repetidos para a mesma platéia já cansada de tantos anos de eventos da ABAS. Insisto. Temos que ser mais ousados e criativos.

    Convidemos o presidente da república para a abertura, para ver se vem pelo menos um ministro representando. Se vier um ministro, ficará já garantida a presença do governador. E atrás do governador pode vir o presidente da assembléia, deputados estaduais, federais, senadores, prefeitos, vereadores. Convidemos as autoridades do judiciário, dos tribunais federais, das maçonarias, do Crea, dos clubes de serviços, tipo Rotary, Lyons, da federação das indústrias, dos sin dicatos organizados, convidemos enfim, os líderes da sociedade para que possamos transmitir a nossa mensagem, mostrar o nosso produto, que é a ABAS e o que fazemos.

    2-REPERCUSSÃO NA MÍDIA: Insatisfatória. Nenhuma emissora de televisão deu cobertura ao evento. Nos jornais algumas notas. Não criamos nenhum assunto de repercussão que atraísse a imprensa. Nenhuma notícia de impacto, nenhuma autoridade federal, enfim, passamos batido como se diz na gíria. Fizemos o nosso trabalho bem discretamente. Falta em nossos eventos uma assessoria de imprensa atuante, que convoque os meios de comunicação, que apresente os releases, que indique as pautas, os palestrantes, enfim, um trabalho mais profissional.

    3-REPERCUSSÃO ECONÔMICA E ESTRATÉGICA: Nenhuma também. Num momento em que o setor está em peso reunido, seria importante trazer o pessoal que está sentado sobre os recursos financeiros.. Convocar o relator do orçamento federal e/ou estadual para apresentar o que está sendo contemplado para o desenvolvimento da nossa área. O representante do Banco Mundial, do BID, do BIRD, da CEF para discutir linhas de financiamento, do BNDES para discutir linhas de financiamento para equipamentos, do BB para discutir linhas de financiamento para construção de poços para o setor privado, enfim, dar um enfoque mais de NEGÓCIO para o evento. Neste campo faltou também o usuário. Temos investido muito pouco neste segmento.

    4-ORGANIZAÇÃO: esteve boa, embora apresentando alguma falhas bobas, porém importantes. Faltou a disponibilidade para internet. Não se concebe mais um evento sem ela. Algumas pessoas reclamaram da comunicação visual interna. Precisa melhorar. Talvez um sistema auxiliar de som ajude na mobilização do pessoal para os trabalhos. Ausência de alguns autores tumultuando a ordem de apresentação dos trabalhos, etc.

    No mais, o evento foi uma festa. Quem foi certamente aproveitou bastante. A feira concorrida, diversificada, o nível dos trabalhos, as praias...

    Veja mais nas páginas adiante, boa leitura e até dezembro, com certeza.

Um abraço
José Roberto Ribeiro

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