Centro Oeste: potencialidade e gestão das águas subterrâneas

Workshop discutiu a importância da água subterrânea e debateu as questões mais importantes envolvendo a exploração, o uso racional do recurso no Mato Grosso.

    A ABAS-Centro Oeste promoveu no dia 12 de novembro, o Workshop Água Subterrânea em Mato Grosso: Potencialidade e Gestão Ambiental. O evento que contou com a presença do presidente da ABAS, Ernani Francisco da Rosa Filho, foi realizado no auditório da FAECC, na Universidade Federal de Mato Grosso. O Workshop mostrou a grande importância da água subterrânea para o Mato Grosso e debateu as questões mais importantes envolvendo a exploração e o uso racional do recurso no Estado. "O objetivo foi discutir a problemática da água subterrânea no Estado de Mato Grosso, enfocando o seu uso sustentável, como forma de garantir o desenvolvimento sócio-econômico", garantiu Maurício de Sant'Anna Barros, presidente do Núcleo Centro Oeste.

    O workshop foi direcionado aos profissionais que trabalham na área de recursos hídricos, estudantes e a sociedade em geral preocupados com questões ligadas à água subterrânea. A promoção foi do IPEM - Instituto de Pesquisa Matogressense, UFMT / NGEA - Núcleo de Geofísica e Estudos Ambientais, ABAS Centro Oeste, FEMA - Fundação Estadual do Meio Ambiente e o patrocínio da Geopoços - Hidroconstruções e Comércio, ENGEO - Engenharia e Geologia, Puríssima - Água Mineral, H2O - Poços Artesianos e DAE - Departamento de Água e Esgoto de Rondonópolis.

    Programação - O Workshop Água Subterrânea em Mato Grosso: Potencialidade e Gestão Ambiental apresentou diversas discussões e palestras acerca do recurso hídrico. Entre os temas "Influências Intrusivas no Aqüífero Guarani", "Bases de uma Política Nacional de Águas Subterrâneas", "Política Estadual das Águas Subterrâneas", "Pesquisas de Águas Subterrâneas no Estado de Mato Grosso", "Gestão de Aqüíferos" e "Normas da ABNT para construção de poços e situação de poços em Mato Grosso". Após as palestras os participantes realizaram vários debates e elaboraram uma proposta para subsidiar a implementação da gestão das águas subterrânea no Estado de Mato Grosso. O evento terminou com um coquetel oferecido a todos os participantes.

Maurício de Sant'Ana Barros
Presidente do
Núcleo Centro-Oeste
Tel: (65) 644-8275 - 615-8752
e-mail: barrossm@ig.com.br


O DRM e as águas subterrâneas

    A ABAS-RJ realizou no dia 23 de outubro, a palestra "A atuação do DRM na questão das águas subterrâneas no Estado do Rio de Janeiro". O evento faz parte do projeto conferências e seminários desenvolvido pelo Núcleo-RJ em parceria com o CREA/RJ - Movimento de Cidadania pelas Águas, DRM-RJ, CENPES - Petrobrás, GEOPLAN, UFRJ - Setor de Geologia de Engenharia e Ambiental e BFU do Brasil. A palestra foi ministrada pela geóloga Kátia Mansur, vice-presidente do DRM-RJ.

Humberto José T. R. de Albuquerque
Pres.da ABAS/Rio de Janeiro
telefone (21) 204-9662
e-mail: humberto@cprm.gov.br


Cobrança pelo consumo da água na agricultura

Proposta pode ter início em 2002, em tarifas definidas pelos comitês das
bacias do Paraíba do Sul e das Velhas

    A ABAS-MG está ajudando na divulgação de um estudo dos Comitês das Bacias do Paraíba do Sul e das Velhas para a avaliação da cobrança pelo uso da água na agricultura. O diretor-geral do Instituto de Gestão das Águas de Minas Gerais (Igam), Willer Hudson Pós afirma que se faz necessário pensar em uma forma de cobrança específica para a agricultura. "Mesmo se a safra for ruim o agricultor precisa honrar os financiamentos com os bancos. Se não conseguir o esperado pela safra, ele irá quebrar duas vezes se tiver que pagar também pela água. É preciso ter mecanismos compensatórios", afirma ele.

    O diretor-geral do Igam alega que a cobrança do Ceivap não inclui o setor agrícola. O Ceivap no entanto, não é o único comitê a conceder isenção. A Assembléia Legislativa do Paraná livrou todo o setor da cobrança por força da lei. Os partidários da cobrança não concordam com a isenção devido à vocação agrícola do país e ao grande consumo do setor. O diretor do Igam garante que ao invés da agricultura ser isenta, seria necessário ter o ganho de uma variável, uma espécie de "commodities". "Se a safra não for boa, os agricultores poderiam pagar uma taxa pelo uso e não pelo consumo, por exemplo", finalizou .

Maria de Fátima G. Gouvêa
2ª Vice-pres. eleita Abas Nacional
e-mail: abasmg@gold.com.br
Fone: (31) 351-6363
Fax: (31) 250-1632

 


CBH-TG discute super-exploração dos aqüíferos

    O Comitê de Bacia Hidrográfica do Turvo/Grande (CBH-TG) realizou no dia 23 de outubro, um encontro na 22ª subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o objetivo de promover a integração de ações entre o CBH-TG e o Ministério Público. Estiveram presentes ao encontro, membros do CBH-TG e promotores de meio ambiente, além do Dr. José Carlos Sicoli, coordenador Estadual dos Promotores do Meio Ambiente.

    A discussão foi sobre a Bacia do Turvo/Grande que apresenta um baixo potencial hídrico superficial, com 80% de efluentes domésticos lançados in natura, incipiente cobertura vegetal, sendo que as nascentes do rio Turvo estão localizadas em áreas de suscetibilidade à erosão. O problema é agravado com a crescente irrigação.

    A super exploração de águas subterrâneas, também tem se mostrado evidente, tendo sido observados aumentos no rebaixamento dos poços dos aqüíferos Guarani (observado pelo geólogo Samir Felício Barcha) e Bauru, sendo que no último, observa-se interferência entre poços (geóloga Cristiane Guiroto). Isso acontece porque na cidade de São José do Rio Preto, principalmente na região central, os poços situam-se muito próximos uns dos outros. O aumento da fertirrigação, também pede atenção, com instalação de poços de monitoramento (nas usinas que não possuem) e substituição do transporte por canais (permitindo percolação e infiltração) por dutos.

    De acordo com o coordenador estadual dos promotores do Meio Ambiente, a intenção é a criação de mecanismos internos de interação, para a implementação de medidas imediatas de proteção ambiental na região do Comitê de Bacia Hidrográfica do Turvo/Grande.

Geóloga Cristiane Guiroto
Fone: (17) 222-3509 e
232-8094
E-mail: guiroto@terra.com.br

 
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