A matéria principal desta edição aborda as potencialidades hidrogeológicas do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, uma das regiões mais pobres do país. O estudo mostra que as águas subterrâneas, dentro do cenário de disponibilidade hídrica, precipitação x evaporação, representam a melhor e, talvez, a única opção de abastecimento local que venha a garantir a sobrevivência e qualidade mínima de vida daquela população. Se verificarmos o país como um todo, veremos que 80% dos municípios brasileiros se situam numa faixa menor que 20 mil habitantes e concluiremos que a captação de águas subterrâneas através de poços tubulares profundos ou outras formas, representa a melhor opção por excelência para a solução do abastecimento público nas zonas urbanas e, principalmente nas zonas rurais. Este é um dos grandes alvos para a mobilização do setor junto as lideranças políticas nacionais, pois representa um enorme investimento na área social. Esta articulação precisa ser iniciada não só neste setor, como em outros, com a máxima brevidade, pois do contrário continuaremos todos colhendo os frutos que estamos plantando, ou seja, nada.

    Vemos com tristeza um cenário de desânimo nos perfuradores, que não têm motivos e nem capital para investir na produção tecnológica, pois enfrentam uma situação de sazonalidade que não permitem um planejamento mínimo a médio e longo prazo. Em direção nesta corrente, estão também os outros setores que vivem desta cadeia de produção, dos quais fazem parte, os fabricantes, os revendedores, os consultores, etc. Ano novo, vida nova. Um dos consensos da reunião de Recife foi a contratação de um SECRETÁRIO EXECUTIVO, para trabalhar "full-time" pela ABAS com esses objetivos. O recrutamento de um profissional com um perfil para esta missão é o primeiro passo. Neste sentido, conclamamos a todos os colegas que participaram da reunião em Recife, que fechem suas propostas para que possamos dar encaminhamento ao assunto. No mais, desejamos a todos um ano eleitoral de muitas realizações e prosperidade neste 2002, uma boa leitura a até fevereiro, depois do carnaval, com certeza.

Um abraço
José Roberto Ribeiro

jrobertoribeiro@geoeste.com.br

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