O rebaixamento do nível d'água em mineração

     No Brasil o rebaixamento do nível d'água em minas a céu aberto teve o seu ínicio na década de 80, quando as principais minas de ferro do Quadrilátero Ferrífero atingiram o nível d'água do aqüífero Cauê. A bem da verdade, o rebaixamento do nível d'água é bem mais antigo, o Ribeirão do Carmo teve seu curso desviado no ínicio do século XIX para acionar moinhos e bombas de desaguamento da lavra subterrânea da Mina de Passagem de Mariana. Por outro lado no século XIX diversas lavras de ouro em Jacutinga (minério de ferro com vênulas de quartzo) foram paralizadas ao atingirem o nível d'água.

     A abordagem hidrogeológica do tema é que teve início na década de 80, devido às elevadas vazões obtidas em poços tubulares no aqüífero Cauê, que apresenta comportamento de meio poroso. Até então, o que se conhecia era o chamado rebaixamento do lençol freático, procedimento aplicado na construção cívil para o desaguamento de aqüíferos rasos em intervenções de curta duração.

      O rebaixamento do nível d'água por seu lado corresponde a intervenções de longa duração, o desaguamento avança junto com a lavra e cessa somente no momento do descomissionamento da mina. Trata-se em geral de uma superexplotação localizada de um aqüífero, que é realizada ao longo da vida útil da mina, a partir do ponto em que esta atinge o nível d'água do aqüífero. Somente em alguns casos muito particulares, o nível d'água do aqüífero pode ser chamado de nível freático.

Olho: A abordagem hidrogeológica do tema é que teve início na década de 80, devido às elevadas vazões obtidas em poços tubulares no aqüífero Cauê, que apresenta comportamento de meio poroso

Legenda: Lavra em operação com o nível d'água aflorante

Antônio Carlos Bertachini
é Geólogo, Sócio da MDGEO Serviços de Hidrogeologia Ltda., empresa especializada em hidrogeologia aplicada à mineração
e-mail: mdgeo@gold.com.br

 

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