Prconceito é o maior desafio A atividade de prestação
de serviços de perfuração de poços tubulares
e a indústria de equipamentos de perfuração e insumos
que dão suporte a este mercado, não diferem dos demais
mercados no que tangem a mecânica de nacionalização
dos produtos do setor. Como ainda há dependência externa,
ou seja, é preciso produtos vindos do exterior para suprir as
empresas perfuradoras de poços, sejam elas públicas ou
privadas, convido o leitor para uma pequena reflexão sobre o
tema: As importações como
todos sabem, são um problema enorme, mesmo com a abertura dos
mercados está sempre sujeita às variações
cambiais e aos desabastecimentos em épocas de pico. Quando o
mercado está abastecido - todos tem os insumos - Basta que aqueça
a demanda e o produto falta! Isto sem falar do problema das assistências
técnicas e principalmente da pouquíssimas opções
quanto às variedades disponíveis. Os importadores trazem
o "grosso", para otimizar custos. Quem precisa de algo mais
específico, paga muito caro e a espera é longa! As empresas brasileiras que percebem
estas deficiências e que "ousam" concorrer com o monopólio
dos importados, enfrentam desafios de toda ordem, falta de matérias-primas
adequadas, problemas de normatização, baixa escala de
produção, só para citar alguns exemplos. Mas o
pior de todos os desafios enfrentado é o do PRECONCEITO! Do produto
da indústria nacional competindo com produto importado: Este
preconceito é fomentado pelo interesse de importadores que obviamente
querem manter o "status quo" e aliados a baixa estima do povo
brasileiro que nestas horas invariavelmente deixa-se abater por um arraigado
complexo de inferioridade diante do importado! Torna-se às vezes mais
fácil a quebra de paradigmas com as novas gerações
do que o pessoal mais antigo, são raros os administradores públicos
ou mesmo privados que conseguem livrar-se do preconceito. Por que arriscar
comprar o nacional? Se o importado está dentro de meus custos?
Adquirir produto importado SEMPRE
traz consigo um conceito de "tecnologia moderna e segura".
Dá status! Gostaria de ver a nossa ABAS valorizando mais o "B"
que está em sua sigla, criando mecanismos de valorização
VERTICAL da cadeia produtiva da atividade de perfuração
de poços tubulares no Brasil. Sem corporativismo ou reserva de
mercado, mas também sem dependência externa. Estou falando
em valorizar o produto nacional, não por nenhum nacionalismo
idiota, mas razões estratégicas de opções
de mercado. Enquanto não vier este tempo, eles lá fora
continuarão usando SEU dinheiro para financiar novas tecnologias
para continuar a manter o mercado na dependência dos seus importados. Rogério Pons da Silva "A melhor opção continua sendo a importação" Na condição de empresário que vem importando e nacionalizando produtos, destaco minhas reflexões sobre o tema que tem como foco principal os produtos importados em detrimento ao nacionais. Penso que seria uma falta de nacionalismo, o brasileiro dar maior importância aos produtos importados ao contrário dos nacionais. Há sim, uma relação comparativa entre produtos "nacionais x importados", assim como é natural acontecer entre os produtos "importados x importados", de diferentes marcas. Acredito que o consumidor nacional
adquira produtos importados não por uma questão de "status",
mas sim por uma questão de custo benefício, sempre buscando
novos produtos que lhe ofereçam essa condição,
independente de sua origem e ou procedência. O que está
faltando no mercado nacional, de uma maneira bastante geral, é
a falta de investimentos dos empresários para adesão da
utilização de novas tecnologias e ainda, o que talvez
seja o foco principal, o incentivo por parte do governo em concentrar
um maior incentivo à pesquisa e extensão nossos produtos.
A melhor opção continua
sendo a importação dos produtos, sendo que o nicho de
mercado para tais, é muito pequeno o que não justificaria
a instalação de uma unidade fabril para produzi-los. Em
suma, acredito que esse paradigma é resultante de uma conseqüência
histórica na qual não depende exclusivamente da nossa
vontade, ainda que o Brasil seja um país bastante jovem com muito
a se desenvolver. Álvaro Magalhães Junior |
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