Análise do uso dos poços tubulares em Catanduva/SP O município da região Noroeste paulista
de São Paulo discute a A captação
e uso da água subterrânea é regulamentada pelas
Leis Estaduais 6.134 / 88 e 7.663 / 91 e a partir do Decreto 41.258/96
passou a regulamentar as outorgas de Direitos de Usos de Recursos Hídricos
no Estado de São Paulo. O órgão fiscalizador,
o DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado
de São Paulo informa em seu site a evolução das
outorgas (Licença de Uso) até o ano 2.001, conforme quadro
abaixo: No município de Catanduva
(zona urbana) quase todo incluído na Bacia do Turvo/Grande estão
regularizados aproximadamente 260 poços particulares, ainda não
inclusos os 60 poços públicos. Estima-se que exista um
total de 1.200 poços no município, portanto ainda estão
clandestinos aproximadamente 900 poços (zona rural e urbana).
Na perfuração dos poços é obrigatoriamente
adotada as normas ABNT, NBR - 12212 / 92 e NBR 12244 / 92 considerado
como serviço técnico de engenharia, devendo os poços
apresentarem proteção sanitária, equipamentos normatizados,
água potável e regime de vazão em equilíbrio
ambiental. Nota-se ainda a resistência das empresas perfuradoras
em contratarem um responsável técnico, seguir as normas
técnicas e proceder as duas outorgas, ou seja, a licença
de perfuração e a licença de uso da água. Com relação
ao meio ambiente está sendo mapeado a origem das fontes poluidoras
nas zonas de recargas dos aqüíferos, sobretudo nas águas
superficiais e solos, cuja maior contribuição do volume
poluidor provém da carga de matéria orgânica de
esgotos municipais elevando o Rio Turvo e São Domingos como rios
mortos, assoreados, e uma série de outras fontes poluidoras pontuais,
como efluentes industriais, agrotóxicos, postos de gasolina,
fossas de esgoto, lixões, resíduos sólidos tóxicos
lançados inadequadamente. A pluma de contaminação
está concentrada nas baixadas próximo ao rio São
Domingos e afluentes, onde o aqüífero armazenador, os arenitos
da Fm. Adamantina, com espessura média de 100 m capeados com
solo poroso, arenoso com até 30 m, já estão afetados
devido poços mal construídos servindo de drenos e condutores
da poluição e a longa exposição da carga
poluidora nos rios. A qualidade da água
subterrânea captada nestes poços já reflete este
cenário de contaminação superficial exigindo maiores
cuidados e isolamento dos poços novos tornando as obras mais
caras podendo até inviabilizar em certos casos, sendo necessário
uma captação mais profunda até atingir um aqüífero
confinado, não afetado pelas fontes de poluição
superficiais. ¨ Os coliformes totais e fecais são decorrentes de infiltrações
da rede de esgoto ou fossas devido poços mal construídos,
ou invasão pela boca do poço; Cabe destacar que a água subterrânea
proveniente do aqüífero livre Fm. Adamantina apresenta naturalmente
bicarbonato de cálcio e magnésio contribuindo para elevação
da alcalinidade e dureza total da água captada, havendo mais
de 20% dos poços com valores acima do V.M.P. (valor máx.
permitido), cf. norma Saúde Pública. Com referência ao volume de água extraído nos poços, observou-se alguns com vazão acima do regime de equilíbrio especificado na Norma ABNT devido instalação de equipamento de bombeamento com extração maior que a recarga natural do aqüífero, além da concentração de poços em determinados locais da zona urbana, já indicando interferência e prejuízo para os usuários, conforme mapa de locação, por coordenadas GPS, cujo teste de vazão provisório (teste 24 hs), medidor de nível, tubo de Pitot resultando em gráficos rebaixamento x distância (veja a tabela). Luís E. Spiller |
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