Exercendo o direito de voto e praticando a cidadania...

ABAS se prepara para o processo eleitoral com duas chapas na disputa pela presidência do Biênio 2003/2004
Implementação de novas idéias, competição saudável e muita expectativa. É o processo eleitoral para a escolha da nova diretoria da ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, para o Biênio 2003/2004 que está mobilizando associados de todas as regiões do Brasil. Um fato inédito é responsável por toda essa movimentação: duas chapas concorrem ao pleito, em 23 anos de história da Associação. As chapas que concorrem nas próximas eleições são “Integração”, encabeçada por Joel Felipe Soares, de São Paulo, e a “Renovação”, liderada por Humberto José de Albuquerque, do Rio de Janeiro. A expectativa da Comissão Eleitoral, assim como a secretaria da ABAS, é uma grande participação dos associados devido à situação pouco comum. Os sócios em dia com a anuidade já receberam por correio a documentação que permite o voto por correspondência até dia 30 de agosto. Já os novos sócios e aqueles que desejarem votar por correspondência deverão quitar sua anuidade até o dia 30 de julho. Com a quitação, o voto também poderá ser enviado até dia 30 de agosto, como os demais. Para os novos sócios e pagamentos de anuidade entre os dias 30 de julho e 30 de agosto, habilitarão o sócio a votar durante a Assembléia Geral Ordinária a se realizar no dia 12 de setembro, em Florianópolis, durante o XII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas.

A pessoa que se afiliar ou regularizar sua anuidade após o dia 30 de agosto só poderá votar na próxima eleição. Lembre-se, não importa quantas anuidades estejam em atraso, o pagamento da anuidade 2002 regulariza a situação do associado. Mais informações pelo telefone (11) 3104-6412 ou pelo mail info@abas.org.

A Comissão Eleitoral composta pelos geólogos Carlos Eduardo Giampá e Silvério de Abreu Santos, estará fiscalizando a atuação, propostas e evolução das duas chapas concorrentes. Para Carlos Eduardo Quaglia Giampá, que já presidiu a ABAS (Biênio 83/84), a competição mostra o amadurecimento da entidade e a busca de ação para fortalecimento das águas subterrâneas. “O mercado de águas subterrâneas necessita de ações concretas para estancar a crise, buscar idéias de implemento ou desenvolver um Plano de Ação Institucional que divulgue nosso mercado. As pessoas e empresas procuram reunir-se apenas para a discussão de serviços, obras e licitações já em público. Poucos buscam trabalhar na geração e implementação dos mesmos. Como exemplo, que considero um desinteresse sem sentido dos profissionais e das empresas de todos os tipos e níveis, coloco a questão da criação da QUALIFICAÇÃO DAS EMPRESAS DA ABAS. Essa proposta definida no Encontro de Recife, em outubro do ano passado, foi desenvolvida por um comitê e divulgado seu conteúdo e pretensões a todos os sócios da ABAS. Infelizmente como coordenador deste Comitê recebemos apenas duas contribuições. Essa preocupação em mudar o cenário é muito importante. Houve nas duas primeiras eleições gerais da ABAS nacional, quando o sistema era individual e não por chapa, competição com muitos inscritos.

pós a implantação do sistema por chapas, esta é a primeira delas com competição. Vejo estimulante, democrática e demonstração de incremento participativo dos associados, em geral muito apáticos”, desabafa.
O processo eleitoral da ABAS tem sido o principal tema nas discussões entre amigos e associados. Chapas Renovação e Integração prometem revolucionar a história da entidade com uma competição saudável e bastante acirrada no gosto do eleitorado. É nesse clima de discussões de novas ações e fortalecimento da entidade, que representantes do setor comentam sobre a importância do pleito que se aproxima. “A disputa pelo poder é algo inerente ao ser humano desde o início dos tempos. No universo da ABAS como organização, representa na verdade a demonstração da importância do estágio atual da associação, no segmento dos recursos hídricos subterrâneos no Brasil. A existência de duas chapas disputando a presidência da ABAS significa o exercício da democracia por parte do quadro de associados, e da cidadania por parte dos proponentes ao cargo. Estou certo que o processo eleitoral fortalecerá de maneira significativa a entidade, e uma vez concluído, retornarão todos a posição de unanimidade em defesa dos objetivos da organização”, avalia Arnaldo Correia Ribeiro, diretor da Hidrocon e ex-presidente da ABAS.

“O mercado é muito conturbado e sofre com muitas empresas desqualificadas. Basicamente não há seriedade e aliado a isto temos a desinformação do consumidor que opta apenas por preço, perpetuando este círculo vicioso. Portanto nesse momento, essa eleição é uma concorrência saudável e demonstra que temos maturidade e despertamos o interesse dos sócios para conduzir o destino da ABAS – todos os participantes são qualificados e entusiastas”, fala João Carlos Simanke de Souza, presidente da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas e ex-presidente da ABAS.

Para o atual presidente da associação, Ernani Francisco da Rosa Filho, a eleição e a disputa de duas chapas representam a importância e representatividade da ABAS no cenário nacional. “Eu espero que quem vier a assumir a ABAS tenha plena consciência sobre a importância de espaços políticos, no bom sentido, para continuarmos crescendo. Quem faz a ABAS, são os próprios associados. É preciso, todavia, que os associados tenham percepção de que a diretoria atual trabalha com seriedade e honestidade, colocando a ABAS a frente dos interesses individuais”, destaca.

Para maior entendimento do processo eleitoral, o ABAS INFORMA publica a relação dos membros (vide tabela) e os planos de trabalhos das chapas Integração e Renovação.

Chapa Integração - O nome Integração, segundo os integrantes da chapa, está diretamente relacionado aos princípios éticos e funcionais de uma associação como a ABAS. Integrar significa “condição de construir um todo pela combinação das partes”, unindo ideais e objetivos comuns entre os núcleos regionais. A composição da Chapa Integração, foi bastante discutida, partindo da premissa da idoneidade do profissional, seu tempo de atuação no mercado das águas subterrâneas, além de agregar pessoas das várias regiões do Brasil. “Nossa equipe pensa em executar de forma efetiva, todo seu plano, de maneira que ele não fique apenas em papel, como um documento bonito e bem elaborado. Por isso não ousamos, nem tiramos os pés do chão, porque um trabalho assim, tem que contar com apoio, que é uma necessidade real para o alcance do que se espera fazer e certamente o melhor é não prometer e sim, efetivar. Ao meu ver, a atual gestão fez um trabalho excelente! Além de fazer valer o estatuto da ABAS, moralizou, colocou ordem na casa, fez um trabalho honesto e certamente elevou o nome da associação, fato este que se justifica no lançamento de duas chapas estarem concorrendo as eleições que se aproximam. Quanto ao fato de duas chapas concorrerem à diretoria da ABAS, penso que esse é o princípio da democracia e o sinal de mudança no modelo social. Acredito que a disputa de duas chapas será muito saudável e que vença aquele que apresentar o melhor Plano de Ação, com a melhor composição a ser escolhida pelos associados. Mas posso afirmar que a nossa principal proposta é dar continuidade aos trabalhos da atual gestão”, defende Joel Felipe Soares, candidato à presidência da ABAS.

Buscando a interação dos eleitores, a chapa Integração está disponibilizando o Plano de Trabalho, na internet, no endereço www.integracao.zip.to. O mesmo plano que você leitor acompanha aqui, no ABAS INFORMA:

Programa de Trabalho

¨ Iniciar um Programa Nacional de divulgação da ABAS, especialmente junto aos Órgãos governamentais promovendo, assim, a consciência da existência da Associação, bem como de sua importância no setor.
¨ Fomentar a participação formal da ABAS junto à ANA e entidades de igual relevância no cenário nacional, bem como incentivar a participação dos Núcleos e Representações Regionais da Associação nos Comitês de Bacias Hidrográficas e similares, considerados de importância nos Estados da Federação.
¨ Promover programas de treinamento destinados a profissionais, dos mais variados níveis envolvidos com o setor, através de cursos e palestras, iniciando, também, a parceria Sede/núcleos no desenvolvimento destas atividades.
¨ Promover reuniões periódicas com o objetivo de discutir os vários aspectos da regulamentação, da outorga e do uso dos recursos hídricos subterrâneos.
¨ Incentivar a formação de núcleos estaduais e fortalecer os existentes.
¨ Instituir Câmaras Setoriais para discussão de assuntos de interesse comum.
¨ Promover e incrementar campanha para ampliação do quadro social.
¨ Divulgar, ao máximo, o nome das empresas credenciadas pela ABAS, junto ao consumidor final.
¨ Promover ampla divulgação das vantagens do uso das águas subterrâneas, difundindo as normas técnicas relativas a poços tubulares em todos os âmbitos, sejam federais, estaduais , municipais ou ligados a empresas privadas.
¨ Ampliar as parcerias com entidades profissionais e de classe.
¨ Publicar, semestralmente, no jornal “ABAS INFORMA”, os demonstrativos financeiros da ABAS.
¨ Dar seqüência às publicações da Revista ABAS, elegendo um corpo editorial de representatividade nacional.
¨ Redefinir o jornal “ABAS INFORMA”, sob o ponto de vista de promoções, incentivando a participação dos vários especialistas – associados, com artigos do tipo “estudos de casos”.
¨ Desenvolver um Projeto Educativo com o tema : “Água Subterrânea e Meio Ambiente” , estabelecendo parcerias com escolas de todo o País, através de ação conjunta com os Núcleos Regionais.
¨ Elaboração do “Memorial da ABAS”, com vistas também à participação em futuros projetos governamentais.
¨ Estabelecer parceria com as Universidades que oferecem cursos de graduação em Geologia e Hidrogeologia, visando a inclusão da home page da ABAS nas páginas da Internet dos referidos cursos, a fim de tornar as informações da Associação em biblioteca de referência para o segmento de águas subterrâneas.
¨ Instrumentalizar a Secretaria da ABAS de modo a aprimorar o Arquivo Geral da entidade, implantar a biblioteca e disponibilizar suas informações através da criação de um banco de dados.
¨ Implementar condições para que a ABAS possa incrementar seu caixa, seja pela disponibilização de informações da entidade, seja pela prestação de pareceres técnicos específicos.
¨ Capacitar a Associação para recebimento de recursos financeiros, nacionais e internacionais, através da celebração de convênios técnicos que versem sobre assuntos pertinentes à ABAS.
¨ Promover eventos Nacionais itinerantes, selecionando temas considerados relevantes e de interesse atual.
¨ Alavancar estudos necessários à implantação de um “Prêmio ABAS”, objetivando laurear pessoas, físicas ou jurídicas, que comprovadamente contribuíram, ou contribuem, para a excelência do setor de águas subterrâneas.

Chapa Renovação – Renovação, conforme o idealismo dos integrantes da chapa, é o ato ou efeito de renovar. Significa por novamente em vigor, restaurar , restabelecer, mudar ou modificar. A chapa Renovação simboliza o desejo e a intenção de contribuir para mudar para o melhor. Os integrantes se caracterizam pelo bom nível técnico, reconhecido pela comunidade, assim como, pela representatividade e abrangência nacional de seus membros. “Independente de qualquer avaliação técnica ou política temos a certeza de que um processo eleitoral, renovador, só poderá engrandecer a Associação. Quanto ao fato de duas chapas disputarem a diretoria da ABAS, gostaria de deixar claro que não se trata de uma competição, e, sim do exercício de um processo democrático denominado eleição. Nesse processo é importante que haja o confronto da pluralidade de idéias, de várias tendências, o que obviamente oxigena qualquer instituição que se proponha ser representativa e democrática”, destaca Humberto José de Albuquerque, candidato à presidência da ABAS.

“A Chapa Renovação tem como meta recolocar a ABAS sobre bases associativistas e democráticas a serviço do conjunto dos associados e da sociedade para o desenvolvimento setor de águas subterrâneas no Brasil. Portanto, nossa chapa congrega jovens e consagrados profissionais do setor com relevantes serviços prestados e dispostos a tornar a ABAS uma associação moderna e a serviço do desenvolvimento do setor de águas subterrâneas. A ABAS é engrandecida pela atuação de seus associados que por sua vez devem encontrar na ABAS o apoio associativo de que necessitam para aprofundar sua atuação profissional em benefício do setor e da sociedade brasileira em seu conjunto. Uma chapa de oposição demonstra as exigências do processo democrático e do amadurecimento da associação. A ABAS deve congregar os profissionais para o desenvolvimento do setor no país sobre as bases da participação democrática, não sectária ou personalista com profundo respeito pelas diferenças. Do debate aberto, franco e cordial é que surgem as bases da participação associativista. A ABAS tem muito a ganhar com esse processo”, defende Luis Amore, que atualmente prepara a implementação do Projeto Aqüífero Guarani como Coordenador Nacional pela Agência Nacional de Águas-ANA e concorre como vice-presidente da chapa.

Programa de trabalho

¨ Atuar politicamente em todos os níveis de governo para que as Águas Subterrâneas e os aqüíferos brasileiros sejam considerados nos programas e planos de ação dos órgãos responsáveis pelos recursos hídricos do país ou seja: ANA – Agência Nacional de Águas, Conselhos Nacional e Estaduais de Recursos Hídricos, bem como os Comitês de Bacias Hidrográficas, Agências de Bacias e as Secretarias Nacional, Estaduais e Municipais de Recursos Hídricos. Estaremos também, vigilantes quanto às mudanças que possam ser propostas nas Assembléias Estaduais, Câmara e Senado Federais relativas às Águas Subterrâneas.
¨ A ABAS através do seu quadro social deverá se fazer representar em todos os fóruns que tratem da Política dos Recursos Hídricos.
¨ Atuar intensamente junto às Universidades, Fundações e Centros de Pesquisa, na busca incessante da capacitação e qualificação da mão de obra técnica especializada e de nível médio que atuam na prospecção, pesquisa, captação e preservação das águas subterrâneas. Para isto incentivaremos a realização de cursos de extensão, cursos de pós-graduação, edição de livros técnicos, etc.
¨ Atuar intensamente em parceria com os núcleos regionais, apoiando-os no que se fizer necessário, para que possam cumprir o seu papel institucional, priorizando a busca da plena interação entre as várias regiões com a finalidade precípua de reconstituirmos a unidade nacional e o forte espírito de corpo que sempre norteou a nossa Associação.
¨ Atuar junto com aos perfuradores e fornecedores de equipamentos, nossos associados, na busca do aperfeiçoamento e ampliação do mercado e na implementação de normas técnicas que busquem a melhoria da qualidade dos equipamentos e materiais empregados na preservação, na prospecção, na perfuração, na produção das águas subterrâneas.
¨ Transformar a ABAS em um espaço político e democrático, caixa de ressonância de todas as aspirações daqueles que se dedicam às causas ambientais, notadamente as relativas aos recursos hídricos, para que tenhamos o seu uso adequado e ambientalmente sustentado.
¨ Estimular e promover a elaboração e publicação de livros para resgatar a experiência brasileira na área de Água Subterrânea e suprir a deficiência do mercado quanto a publicações em língua portuguesa. Fortalecimento de Publicações Informativas, através da ampliação e continuidade do ABAS INFORMA e o apoio as publicações regionais.
¨ Apoiar o desenvolvimento de um sistema nacional de informações de água subterrânea.
¨ Despertar a consciência social para a importância das águas subterrâneas e dos aqüíferos no gerenciamento integrado dos recursos hídrícos: divulgando o potencial de uso e importância social do uso das águas subterrâneas; divulgando as características dos aqüíferos para a manutenção da qualidade e quantidade das águas; divulgando a importância das águas subterrâneas no ciclo hidrológico para a manutenção dos corpos hídricos superficiais e combate às enchentes; estabelecer política de divulgação e relação privilegiada com a mídia impressa, falada e televisiva; elaborar cartilhas educativas de forma a apoiar a inserção das águas subterrâneas nos currículos do ensino básico e médio, bem como no ensino superior nas áreas das ciências da terra.
¨ Incentivar a adoção de medidas de proteção da quantidade e qualidade das águas subterrâneas: fomentando a criação e adoção de medidas compensatórias apropriadas (ICMS ecológico, medidas de compensação a municípios, etc.); fomentando a introdução de parâmetros hidrogeológicos nas políticas de uso e ocupação do solo (Planos Diretores Locais, legislações de proteção dos recursos hídricos); fomentando a introdução de medidas de estímulo ao uso racional e de proteção em fundos de financiamento à produção (agrícola, industrial)
¨ Apoiar a Qualificação de Profissionais dos Setores Ligados às Águas Subterrâneas e aos Recursos Hídricos: estabelecer parcerias e atuação conjunta com ABES, ABRH, ABINAM, ABEAS, Universidades, empresas, Ministérios, ANA, órgãos de governos estaduais, agências de fomento à pesquisa, etc;
¨ Impulsionar a Criação de Políticas de Financiamento Para o Desenvolvimento do Setor: fomentando a criação de diretrizes específicas para águas subterrâneas nos fundos setoriais de recursos hídricos, fomentando apoio ao setor pelos fundos de desenvolvimento.

Olho: Essa eleição é uma concorrência saudável e demonstra que temos maturidade e despertamos o interesse dos sócios para conduzir o destino da ABAS – todos os participantes são qualificados e entusiastas

Chapas debatem responsabilidade técnica na construção de poços

Iniciando o ciclo de debates entre as duas chapas, o sócio-leitor e presidente da APSG - Associação Profissional Sul-brasileira de Geólogos, Marcos Pimenta, enviou alguns questionamentos, que segundo ele, são de grande importância para os geólogos e sócios da ABAS. “Gostaria de ouvir das duas chapas qual é a opinião sobre responsabilidade técnica da construção de poços tubulares, execução de estudos hidrogeológicos e locação de poços, elaboração de projetos construtivos, relatórios hidrogeológicos e elaboração de perfis geológicos. Questiono ainda, qual será a linha de ação proposta para este tema?”, indaga.
A questão foi analisada pelas duas chapas concorrentes e o ABAS INFORMA publica as respostas direcionadas ao geólogo Marcos Pimenta:

Chapa Integração – “O Geólogo e o Engenheiro de Minas, pela Decisão Normativa do CONFEA 059 de 09/05/97, referendada pela Decisão PL 1.799 de 25/09/98, seriam os únicos profissionais habilitados a exercerem as seguintes atividades: planejamento, pesquisas, locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços tubulares profundos para a captação das águas subterrâneas. Conseqüentemente aqueles que devem ser os profissionais habilitados pelos CREAs, como os responsáveis técnicos pelas empresas de construção de poços tubulares e serviços correlatos. O sistema CONFEA/CREAs porém, não permite convênios ou acordos com outros órgão de classe, para trabalhos de fiscalização das atividades profissionais, que devem ser implementadas pelas Câmaras Técnicas de Geologia. Há sim, a possibilidade de um trabalho conjunto entre os sindicatos estaduais e a ABAS. A intenção é que os associados poderão quando do recolhimento das ATRs, colocarem o número do respectivo sindicato em espaço específico. Essas ações renderão para os Sindicatos 10% do valor das respectivas ARTs. Outra Ação possível seria a fiscalização e cobrança da presença do geólogo nas empresas não somente nas de perfuração, como também naquelas cujas atividades estão circunscritas às atividades de águas subterrâneas. Convidamos o colega a apresentar sugestões de ordem prática para podermos exercer pressões em defesa da categoria, efetivando uma sinergia com nossas entidades de classe regionais, principalmente através dos núcleos”, responde Joel Felipe Soares.

Chapa Renovação – “O questionamento vindo de uma associação de geólogos, leva a crer que a resposta seria direcionada para o corporativismo. No entanto, parece-me que há uma questão de ponto de vista que foge ao absolutismo do entendimento da responsabilidade dos serviços citados. Senão vejamos: ao geólogo cabe a responsabilidade por todas as atividade de pesquisa que levem ao dimensionamento de reservas minerais, momento em a responsabilidade é passado ao engenheiro de minas a quem compete a programação e acompanhamento da extração mineral. Considerando que a água subterrânea é um bem mineral e, para o dimensionamento das reservas/volumes a serem extraídos é necessário realizar pesquisa hidrogeológica, incluindo fotogeologia, sondagens mecânica e geofísica, testes de produção e de aqüífero e poços de pesquisa, implica dizer que o geólogo / hidrogeólogo deve participar destas atividades. Complementando este ponto de vista, se considerarmos que para a definição dos volumes a serem extraídos é preciso construir pelo menos um poço e este poço, então, sempre será um poço de pesquisa, toda a gama de atividades está afeta ao geólogo/hidrogeólogo. Por outro lado, na visão da exploração mineral, o engenheiro de minas deverá ser responsável pela perfuração de poços, se esta atividade for caracterizada como uma obra necessária e exploração do bem mineral. Complicado não? Mas merece um aprofundamento. Saudações aquosas”, responde Mário Fracassoli.

Olho: Qual será a linha de ação proposta sobre responsabilidade técnica da construção de poços tubulares?

...Concorrência e democracia

As chapas estão compostas pela diretoria que incluem os cargos de presidente, vice-presidente, secretário geral, secretário executivo e tesoureiro, além de sete membros para o Conselho Deliberativo e seis para o Conselho Fiscal. Acompanhe a seguir os integrantes que compõem as chapas Integração e Renovação:

Conheça um pouco mais os candidatos

“A disputa de duas chapas será muito saudável e que vença o melhor plano de ação”

Joel Felipe Soares, candidato à presidência da ABAS pela chapa Integração, tem 52 anos, é empresário e diretor proprietário da TRIONIC Com. e Ind. Ltda. Joel é sócio fundador da ABAS e atua no setor de águas subterrâneas desde 1964, quando iniciou suas atividades profissionais na PAMEC Poços Artesianos e mais tarde como gerente comercial da PROMINAS. Essa é primeira vez que se candidata à presidência da ABAS Nacional, mas já atuou como tesoureiro na gestão de 95/96 e como membro do Conselho Fiscal em 89/90.
Atualmente Joel compõe a diretoria da ABAS, exercendo a função de tesoureiro.

“Nesse processo é importante que haja o confronto da pluralidade de idéias”

Humberto Albuquerque, tem 57 anos e se formou em Engenharia de Minas, Engenharia Econômica e Hidrogeologia, pela Universidade Federal de Pernambuco, além de Engenharia Ambiental, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Conselheiro dos CREA’s de Pernambuco e Rio de Janeiro por mais de 10 anos; presidente da ANBEM – Associação Nordestina de Engenheiros de Minas, Presidente da AFEM – Associação Fluminense de Engenheiros de Minas, Presidente da ABAS-Núcleo-RJ e vice-presidente da ABAS Nacional. Nos últimos vinte e cinco anos, exerceu cargos de confiança em empresa estatal, voltados principalmente às atividades técnicas, comerciais e de cooperação técnica. Coordenador técnico das atividades de perfuração de poços para captação de água em todo o Brasil e no exterior pela CPRM. Coordenador geral dos estudos geotécnicos para Transposição do Rio São Francisco e para pesquisa de ouro notadamente na região amazônica. Coordenador técnico do Projeto de Cooperação Técnica Canadá-Brasil para o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste.

Experiência profissional: entre diversas funções participou e integrou vários projetos do Departamento Nacional da Produção Mineral – DNPM sobre pesquisa mineral, racionalização e controle da planta de beneficiamento e minérios das minas Brejuí e Bonfim – RN. Chefiou diversos projetos de pesquisa mineral e poços para captação de águas subterrâneas, na área de jurisdição da SUREG/RE, além de ser Chefe da Residência de Teresina (RESTE) – respondia também pelos projetos de sondagens para pesquisa mineral e captação de águas subterrâneas nos estados do Piauí e Maranhão, para abastecimento público e irrigação.Humberto também chefiou a Superintendência de Recursos Auríferos – Escritório Central do Rio de Janeiro e a Superintendência de Administração de Contatos Técnicos– SUATEC, acompanhando a execução de convênios, contratos, cartas-contratos e termos de ajuste celebrados pela CPRM em todo o território nacional.

Chefiou o Departamento de Sondagem/ Departamento de Exploração/ da Divisão de Hidrogeologia e Exploração – responsável pela supervisão de todos os projetos de hidrogeologia e perfuração para captação de água subterrânea no país e exterior executados pela CPRM – (destaque para a Transposição do Rio São Francisco; mapas hidrogeológicos: de Rondônia, do Rio de Janeiro, de Palmas-TO, Área Metropolitana de Belém, do Oeste de Santa Catarina e do norte do Espírito Santo.

Representante da CPRM junto aos convênios com SUDENE (Ações Emergenciais contra às Secas), INCRA, Fundação Nacional de Saúde e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS. Responsável pelo desenvolvimento e implantação do SIAGAS – Sistema Nacional de Informações das Águas Subterrâneas. Coordenador Técnico do Projeto Uruguai para captação de águas subterrâneas no Aqüífero Guarani e Coordenador Técnico do Projeto de Cooperação Técnica Brasil-Canadá para o desenvolvimento de novas tecnologias de pesquisa para águas subterrâneas no Nordeste Brasileiro.

Como votar por correspondência?

Todo associado irá receber via correio, da ABAS-Sede, uma correspondência com os seguintes documentos: 01 cédula de votação com as respectivas chapas, 01 ficha de identificação do associado com seus dados pessoais (nome, endereço, matrícula e categoria) - este documento possui um carimbo da ABAS 2002, assinatura e 02 envelopes (um em branco e pequeno, e outro grande onde está postado o endereço da ABAS-Sede).

Para efetuar a votação assinale um “X” em uma das chapas: Integração ou Renovação. Vote em sete membros do Conselho Deliberativo, independentemente da chapa e escolha três nomes do Conselho Fiscal da mesma forma.

Para que seu voto tenha validade, envie sua ficha de identificação e sua cédula de votação junto ao envelope postado (grande). O voto deverá estar reservado no envelope pequeno, acomodado dentro do envelope postado. Lembre-se você deve rubricar sua ficha de identificação no quadro que consta seus dados.
O prazo limite para a votação por correspondência é até o dia 30 de agosto. Por isso não deixe para remeter seu voto na última hora, tenha o cuidado de postar sua correspondência com no mínimo de 72 horas de antecedência.

 
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