MG debate preservação de mananciais da Zona da Mata

Evento realizado na Universidade Federal de Viçosa discutiu a troca de tecnologia de desenvolvimento sustentável de recursos hídricos

O II Encontro de Preservação de Mananciais da Zona da Mata Mineira, realizado em Viçosa, Minas Gerais, reuniu cerca de 500 participantes. O encontro constou de diversos cursos, mesas-redondas, visitas técnicas e debates sobre temas relacionados com o meio ambiente, e teve como objetivo a troca de tecnologia de desenvolvimento sustentável de recursos hídricos e divulgação de conhecimentos e experiências na área. O Encontro foi promovido pelo Centro de Referência Sudeste da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), por intermédio da Subseção Sudeste e pela Universidade Federal de Viçosa, por intermédio do Departamento de Engenharia Agrícola. A coordenação geral do evento ficou a cargo da engenheira Sandra Parreiras Pereira Fonseca, presidente da Subseção Sudeste da ABES-MG, além do grande apoio do núcleo acadêmico formado pelos alunos Alfredo Pontes de Santana (Engenharia Civil), Guilherme Schierholt (Engenharia Ambiental), Douglas Guedes de Oliveira (Engenharia Agrícola) e Tatiana Lopes Matos (Engenharia Florestal).

O Campus da Universidade Federal de Viçosa foi palco de mais um evento de importância internacional, o II Encontro de Preservação de Mananciais da Zona da Mata, realizado de 09 a 12 de julho, com a participação de importantes nomes da área ambiental, como a secretária-adjunta de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentado (SEMAD), a viçosense Maria de Fátima Chagas Dias Coelho; o coordenador da área de saúde e ambiente da Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde, Dr. Iván Estribí Fonseca; a assessora da Agência Nacional de Águas, engenheira Eliana Fortes Silveira Anjos, entre outros.

Cursos e visitas técnicas, mesas redondas e debates com a participação de especialistas do Brasil e do exterior fizeram parte da programação do encontro, que reuniu 230 participantes nos cursos realizados nos dias 09 e 10 e em média diária 500 participantes nas palestras. A abertura oficial contou com a apresentação do Coral da UFV, regido pelo maestro Rogério Moreira Campos, seguida de uma apresentação de poesias temáticas pelo engenheiro, poeta e monge zen-budista Aníbal de Freire, da Copasa, que declamou poemas do livro “Montanhas e Águas”, de sua autoria.

Além da coordenadora do encontro, fizeram parte da mesa diretora, o reitor da UFV, professor Evaldo Ferreira Vilela; Geraldo Antônio de Andrade Araújo, diretor do Centro de Ciências Agrárias da UFV; Luciano Piovesan Leme, Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, de Viçosa; Eliana Fortes Silveira Anjos, assessora da secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente; Ivan Estribi Fonseca, assessor e coordenador da área de Saúde e Ambiente da Organização Pan-americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS); Celso Castilho de Souza, secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD); Maria de Fátima Chagas Dias Coelho, secretária Adjunta da SEMAD; Maria de Fátima Gouvêa Guimarães, vice-presidente da ABAS Nacional; José Nelson Machado, diretor da ABES Nacional; Márcio Tadeu Pedrosa, presidente da seção da ABES-MG; Haroldo Carlos Fernandes, chefe do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV.

O Caminho das Pedras - O Encontro foi coordenado pela engenheira da Copasa, Sandra Parreiras Pereira Fonseca, que começou o seu discurso de boas vindas aos participantes, dizendo que foi gratificante e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade, representar a subseção sudeste da ABES Minas Gerais e o Centro de Referência Sudeste da ABAS Núcleo de Minas Gerais, junto à Universidade Federal de Viçosa, na organização do evento. “Após um ano da realização do I Encontro de Preservação de Mananciais, estamos aqui, realizando o segundo encontro, novamente, com o objetivo de trocar conhecimentos e experiências tecnológicas de desenvolvimento sustentável e recursos hídricos e saneamento básico. Estamos mostrando o caminho das pedras, apresentando alternativas e soluções. Repito um trecho da minha fala do ano passado: nós todos, aqui presentes, temos que buscar alternativas e soluções; tratar e dispor corretamente os resíduos sólidos e líquidos de origem doméstica e industrial, proteger, recuperar e despoluir nossos mananciais; reflorestar e preservar nossas nascentes, além de cumprirmos o estabelecido na legislação vigente”, disse a engenheira Sandra Parreiras que, em seguida enfatizou: “Importantíssimo: (temos que) Procurar aplicar os recursos financeiros como instrumento de gestão, DE FORMA TRANSPARENTE em prol do saneamento básico, da recuperação e da preservação do meio ambiente e, PRICIPALMENTE, para a sobrevivência da sociedade. Juntos, poderemos, ainda, salvar a Zona da Mata Mineira. E repito, juntos, ainda poderemos salvar a Zona da Mata Mineira”. Ao finalizar o discurso, Sandra agradeceu às entidades, órgãos, empresas de forma especial os professores e consultores que ministraram os cursos pelo apoio ao evento.

Os componentes da mesa destacaram a continuidade dos trabalhos e a troca de tecnologia de desenvolvimento sustentável de recursos hídricos. “É fundamental essa mobilização e a ABAS se lança em defesa das águas da Zona da Mata Mineira, mobilizando nossa sociedade, nosso Estado, nosso Brasil e nosso planeta”, parabenizou Maria de Fátima Gouvêa Guimarães, vice-presidente da ABAS Nacional.

Durante o encontro foram debatidos temas como o “Abastecimento de Água”, “Tratamento de resíduos sólidos e agro-industriais”, “Política Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos”, “Águas subterrâneas”, “Legislação ambiental”, “Posição da Atual Política Nacional de Recursos Hídricos”, entre outros.

O II Encontro de Preservação de Mananciais da Zona da Mata Mineira contou com o patrocínio da Copasa, Igam, EMEM, Hidrosonda, Analtrat, Krupp Hoesch Molas, Biofibra, Sanevix, Cetrel, SAAE, Ecobusiness, Gurgel & Gurgel, Cia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, Sanenco, Prefeitura Municipal de Viçosa, Tial, Despro, Belba Engenheiros, YC Engenharia e Organização Pan-Americana da Saúde.

Olho: Temos que procurar aplicar os recursos financeiros como instrumento de gestão, de forma transparente em prol do saneamento básico, da recuperação e da preservação do meio ambiente e, principalmente, para a sobrevivência da sociedade

Sandra Parreiras Pereira Fonseca
Presidente da subseção sudeste da ABES Minas Gerais
e o Centro de Referência Sudeste da ABAS Núcleo de Minas Gerais
abesmgse@mail.ufv.br

Curso GWW, um sistema de informações para água subterrânea

A ABAS-RS e a UNISINOS promoveram de 29 de julho a 02 de agosto, o curso GWW - Um Sistema de Informações para Água Subterrânea. O ministrante do curso foi o geólogo Arnoldo Giardin (presidente da ABAS Núcleo Rio Grande do Sul), doutorando do PPGeo-UNISINOS e a coordenação foi do Professor Dr. Ubiratan F. Faccini. As aulas desenvolveram-se no LASERCA - Laboratório de Sensoriamento Remoto e Cartografia da universidade. O curso de extensão, promovido pela ABAS-RS e pelo Programa de Pós Graduação da UNISINOS foi desenvolvido no formato hands on, onde os alunos (um por computador) foram apresentados ao software através de um caso concreto de caracterização de aqüífero granular (Passo das Tropas) desenvolvido na região de Santa Maria-RS. O software foi utilizado na criação do banco de dados de informações hidrogeológicas, definição hidroestratigráfica, caracterização hidroquímica, interpretação estrutural e criação de mapas, seções e diagramas de cerca.

Os profissionais que realizaram o curso foram apresentados à metodologia de trabalho atualmente empregada no estudo de aqüíferos pelo PPGeo da UNISINOS que, à semelhança do que é feito na análise dos reservatórios de petróleo, integra as ferramentas da geologia sedimentar e da geofísica (respaldadas em ferramentas de software, em especial o geoprocessamento) na caracterização dos reservatórios de água subterrânea. Neste sentido, um software integrado, como o GWW mostra todo seu potencial pois a hidrogeologia pode ser vista não como um compartimento estanque, mas sim como um dos ramos da árvore da geociência. Devido à procura pelo curso, novas edições estão sendo programadas, sempre com vagas limitadas devido à metodologia hands on empregada e que serão oportunamente divulgadas.

Encontro - O IV ENCONTRO DE PERFURADORES DO RIO GRANDE DO SUL, que será realizado de 17 a 18 de outubro, vai congregar a comunidade da água subterrânea do estado. Como nas oportunidades anteriores, estão sendo programadas sessões técnicas e um espaço comercial. Os dias escolhidos para o evento (quinta e sexta-feiras) permitirão a presença tanto dos profissionais da água subterrânea quanto dos perfuradores, para serem apresentados aos progressos recentes da hidrogeologia brasileira e gaúcha bem como para discussão de temas relevantes da atualidade, como o procedimento de outorga, o Código Estadual do Meio Ambiente e o novo Código Sanitário do Estado.

Arnoldo Giardin
Caixa Postal 202
95.720-000 Garibaldi-RS
arnoldo@redesul.com.br
abasrs@euler.unisinos.br

Nova diretoria quer popularizar a ABAS no Amazonas

A Chapa única “Encontro das Águas”, composta pela Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal da ABAS-Núcleo Amazonas foi eleita no dia 19 de julho. A chapa eleita para o biênio 2002/2004 tomou posse durante cerimônia realizada no dia 26 de julho, no prédio da CPRM, em Manaus. “Eu implantei a ABAS no Amazonas e com a colaboração de meus companheiros conseguimos movimentar os profissionais do segmento de águas subterrâneas. A nova diretoria vai dar um impulso muito grande e será um elemento agregador para profissionais, empresas e instituições. Meus sucessores contarão com grande infra-estrutura e tenho certeza que será uma valiosa gestão”, anunciou José Bandeira de Melo Junior, que passou o cargo de presidente do Núcleo Amazonas para o geólogo Fernando Pereira de Carvalho.

A proposta da nova diretoria é ampliar a atuação da ABAS no estado e região. “A diretoria anterior fincou os alicerces, daqui pra frente precisamos solidificar o nome da ABAS através de parcerias com outras instituições, debates e fiscalização. Manaus tem um grave problema, são mais de 6 mil poços tubulares perfurados e a maioria sem qualquer acompanhamento técnico. Como nossa equipe é abrangente reunindo profissionais do DRPM, universidades, instituições e empresas esperamos ampliar os horizontes, conscientizando sobre a importância da água subterrânea”, declarou Fernando Pereira de Carvalho.

Conheça os integrantes da Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal da ABAS-Núcleo Amazonas:

Diretoria Executiva
Presidente:

Fernando Pereira de Carvalho (Geólogo)
1º vice-Presidente:
Marco Antônio Horbe (Geólogo)
2º vice-Presidente:
Maria do Carmo Neves dos Santos (Geóloga)
Secretário Geral:
Daniel de Oliveira (Engº Hidrólogo)
Secretário Executivo:
Adriana Maria Coimbra Horbe (Geóloga)
Tesoureiro:
Raimundo de Jesus D’ Antonna Gato (Geólogo)
Conselho Deliberativo
Fernando Pereira de Carvalho (Presidente) Carlos José Bezerra de Aguiar ( Geólogo )
Valério Miguel Grando (Engº de Minas)
Daniel Borges Nava (Geólogo)
José Bandeira de Mélo Júnior (Engº Civil)
Marcus Antônio Girão de Brito (Geólogo)
Jorge Luís Garcez Teixeira (Geólogo)
Conselho Fiscal
Marco Antônio de Oliveira (Geólogo)
Emmanuel da Silva Lopes (Engº Hidrólogo)
Miguel Martins de Souza (Geólogo)
Luiz Carlos Pires (Geólogo)
Luiz Cláudio Ribeiro da Rocha (Geólogo)
Carlos Augusto de Azevedo (Geólogo)

Fernando Pereira de Carvalho
Presidente ABAS-AM
E-mail: f-carvalho@uol.com.br

Paraná intensifica fiscalização contra perfuradores informais

A ABAS Núcleo Paraná se reuniu com o CREA/PR e a SUDERHSA– Superintendência de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, para discutir a fiscalização dos perfuradores clandestinos no Estado. “A discussão foi uma reivindicação dos associados da ABAS, que estão preocupados com a informalidade no Paraná”, justifica Carlos Eduardo Dorneles Vieira, presidente da ABAS-PR.

A reunião com o CREA/PR discutiu uma maior fiscalização das empresas informais e contou com a participação do engenheiro agrônomo, Luis Antônio Rossafa (presidente do CREA), geólogo Carlos Eduardo Dorneles Vieira (Hidropel), Anderson Gabriel Cruz Damasceno (Tecnopoços), Raimundo Rodrigues Damasceno (Tecnopoços), geólogo Adilson José Gregório (Água Limpa), engenheiro Ederaldo Conceição Telles Filho (Acquasul) e Paulo Rotta (Iguaçu).

Na SUDERHSA, o encontro foi com o engenheiro Ivo Heisler Jr. e o gerente de setor de outorga, engenheiro Norberto Ramon. No Paraná, a SUDERHSA é responsável pelo Comitê de Informalidade que fiscaliza as perfurações no estado, as ações clandestinas e o cadastramento dos poços tubulares. “A ABAS deve integrar o Comitê, intensificando dessa maneira, as ações junto aos perfuradores informais”, avisa Dorneles.

Carlos Eduardo Dorneles Vieira
e-mail: hidropel@terra.com.br
Fone: (41) 376-3438

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