Selo de Qualidade

 Perfuradores exigem a qualificação das empresas do setor

Empresas de perfuração se mobilizaram durante congresso da ABAS para reivindicar o selo de qualidade e o fortalecimento da categoria.

     Perfuradores representantes de várias regiões do Brasil mostraram que a união literalmente faz a força. O dito popular é a melhor expressão para mostrar a mobilização da categoria durante o XII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, em Florianópolis. Cerca de 50 perfuradores estiveram reunidos discutindo ações e alternativas para coibir a atuação das empresas clandestinas e divulgar a importância do trabalho sério das empresas especializadas no processo de qualidade da água subterrânea. A proposta é desenvolver dentro da ABAS toda a sistemática em tecnologia, legislação e processos executivos. “O segmento de perfuração é legislado pelo CREA que está totalmente acéfalo a nossa situação, ou seja, não está acompanhando o que vem sendo desenvolvido em termos de tecnologia. Precisamos nos organizar e nos estruturar para que possamos oferecer a qualidade de serviços exigida pelos nossos técnicos e clientes”, exigiu Walter de Oliveira, diretor da Constroli e um dos idealizadores do movimento. No encontro ficou acertada a utilização do Selo de Credenciamento da ABAS, com a intenção de orientar e informar o usuário na hora da contratação. Dessa maneira, quem contratar os serviços de uma empresa credenciada vai ter a percepção de que ela obedece aos padrões de perfuração conforme normas existentes no Brasil. “Esse credenciamento reforça o nome ABAS como uma entidade que tem um compromisso muito grande com o manancial subterrâneo, pensando em termos de preservação e na boa utilização desse manancial”, explica Cláudio Oliveira, da Hidrogeo do Rio Grande do Sul e membro da Comissão do Selo.

     O design do selo já está pronto, aprovado e a partir de agora, a Secretaria da ABAS vai divulgar a existência do selo junto aos perfuradores, informando quais os critérios a serem tomados, o preenchimento dos questionários e a classificação das empresas de acordo com o faturamento. “A taxa anual a ser recolhida será estabelecida de acordo com a capacidade técnica de cada empresa de perfuração e esse recurso vai ser utilizado para cobrir custos da Secretaria da ABAS, custos dos credenciadores, dos auditores que visitarão as empresas e da mídia institucional nos estados e no país”, enfatizou Cláudio.

    Os perfuradores formaram núcleos regionais (vide box) para reivindicar e concientizar os clientes de estados como o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Ceará. “Nós precisamos diferenciar os poços de 80 metros, 100 metros, 300 metros até 1.000 metros. Então esse selo vai dizer como é a empresa capacitada para cada tipo de poço. Como o médico tem o CRC, o engenheiro tem o CREA, o empresário de perfuração tem que ter o selo da ABAS para se credenciar e se distinguir nesse competitivo mercado”, desabafa Walter de Oliveira.

Selo de Credenciamento - A Comissão do Selo constituída pelos geólogos Carlos Eduardo Q. Giampá, Carlos Eduardo Dorneles Vieira e Cláudio Oliveira, apresentou as adequações finais para a criação e implantação da qualificação do Selo da ABAS. Os critérios para a definição da categoria econômica da empresa ficaram da seguinte maneira:

a) Faturamento Anual da Empresa, conforme Balanço Contábil do Ano Fiscal imediatamente anterior a data da solicitação do Credenciamento, devendo ser considerado os prazos fornecidos pela Receita Federal. Sugerimos que até 30 de junho de 2.003 seja válido aquele do ano 2.001, por exemplo, e após essa data apenas o do ano 2.002.

b) Micro Empresa - Registrada como ME ou com faturamento anual de até R$ 200.000,00.

c) Pequena Empresa - Faturamento anual entre R$ 201.000,00 e R$ 500.000,00.

d) Média Empresa - Faturamento entre R$ 501.000,00 e R$ 5.000.000,00.

e) Grande Empresa - Faturamento superior a R$5.000.000,00.

A Diferenciação dos valores a serem cobrados das Empresas poderão ter as seguintes configurações:

a) Os custos das diligências da Auditoria, quando houver, seriam válidos para todas as empresas, pois estariam apenas ressarcindo as despesas;

b) Os Auditores seriam orientados a buscar as informações com precisão, priorizando ao máximo evitar-se despesas desnecessárias e diligências onerosas às micros e pequenas empresas;

c) Os Custos inicialmente sugeridos seriam:

Conheça os representantes dos núcleos regionais:

Ricardo Spitaliere - Hidrogeo/RS
Lauro Tormen - Leão Poços/ SC
Carlos Eduardo Dorneles Vieira - Hidropel/PR
Walter de Oliveira - Constroli/SP
José Roberto Ribeiro - Geoeste/MT
Mateus Vanconcelos Araújo - Fuad Rassi/GO
José do Socorro Batista - Prohidro/PE
Roberto Rezende - Hidrosolo/Bahia/SE
Dalmo Pereira - Geosol/MG
Carlos Araújo - Hidrosonda/MA
Maurício Melo - Proágua/PI
Rene Lima de Castelo Branco - Geohidro/CE

 
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