Agora o consumidor
já pode separar uma empresa séria ABAS se junta ao CREA e DAEE e iniciam ação
para fiscalizar e credenciar as empresas de Uma parceria inusitada! ABAS, CREA e DAEE uniram forças para reverter o atual quadro das águas subterrâneas em todo Brasil, onde a maioria dos estados ainda carece de leis para a gestão dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Já os estados que possuem essas leis ainda não disponibilizam condições e recursos para controlar e fiscalizar as atividades das empresas e dos profissionais. Como a situação é preocupante, frente a evidente falta de ações para reversão desse quadro num curto prazo, as entidades uniram forças buscando conscientização dos usuários de água subterrânea e fiscalização rigorosa das empresas perfuradoras. Numa cerimônia realizada no dia 21 de maio, no auditório do CREA em São Paulo, que contou com a participação de aproximadamente 200 pessoas, as entidades firmaram parceria buscando a implantação do Selo de Qualidade da ABAS. “Na verdade, espero que esse evento seja um divisor de águas. A partir de agora o trabalho vai estar sendo feito em conjunto entre as próprias empresas de perfuração – as mais interessadas que esse processo caminhe – as empresas governamentais - que fiscalizam as obras - e as entidades voltadas para o meio ambiente. Esse é o passo inicial da normalização da perfuração de poços no Brasil. Acredito que vamos começar a ter as empresas que fazem a perfuração de um poço tubular profundo e as empresas que fazem um buraco no chão! Esse trabalho será mostrado ao usuário final e, portanto, não está voltado apenas aos associados e as empresas. A intenção é que o consumidor de água saiba como separar uma empresa séria de uma empresa sem condições de trabalho”, explicou Joel Felipe Soares, presidente da ABAS. A utilização racional e a preservação desses mananciais, primordiais como reservatórios e como fornecedores de água doce, tem padecido da falta de controle e da fiscalização por parte dos órgãos governamentais legalmente constituídos, permitindo que empresas perfuradoras de poços atuem clandestina e impunemente. Estima-se que, somente no Estado de São Paulo, de 80 a 90% das empresas perfuradoras se encontram nessas condições. “Estudos mostram que 70% dos municípios de São Paulo utilizam de alguma maneira a água subterrânea como fonte de abastecimento. Talvez seja por isso, que a atuação de leigos tem crescido muito na perfuração de poços tubulares. O CREA, criado por lei federal com o objetivo da fiscalização e do exercício profissional estará intensificando a fiscalização - com o apoio da ABAS - afinal é inadmissível imaginar que tem leigo querendo perfurar poço e tratar de um assunto tão sério e responsável. Somente profissionais capacitados e com registro no CREA/SP poderão atuar. Fica a nossa manifestação de apreço pela iniciativa para que essa data fique marcada não só para os profissionais mas também para a sociedade em geral”, destacou o presidente do CREA/SP, José Eduardo de Paula Alonso. Selo - A ABAS como entidade técnico-científica e sem fins lucrativos, iniciou um movimento de conscientização e informação para a sociedade brasileira, sobre as vantagens Sistema de Qualificação das Empresas com Atividades em Hidrogeologia e Águas Subterrâneas. Através dele, as empresas são certificadas quanto as suas condições de atuar tecnicamente e dentro dos preceitos estabelecidos pelas Normas da ABNT. Essa certificação, que culmina com a emissão pela ABAS de um SELO DE QUALIDADE, que tem como objetivo a difusão da importância do poço tubular profundo construído dentro dos melhores padrões técnicos. O poço tubular deve ser encarado como “uma obra de engenharia” e, como tal, sua execução deve obedecer às regras e às condições técnicas impostas pela sociedade. “Toda perfuração de poços tem que ser precedida de uma outorga, de um direito de instalação e depois de uma outra outorga que te dá o direito de uso daquele poço. Na medida em que as empresas são credenciadas, o DAEE tem a segurança de que os projetos desenvolvidos para a perfuração têm a qualidade necessária para que esses objetivos sejam atendidos. Hoje nós temos muito pouco do sistema de exploração de água subterrânea legalizado e as empresas que trabalham adequadamente padecem com a atuação das empresas ilegais. Esse selo vem no sentido de orientar os órgãos de governo e os consumidores de água subterrânea”, destacou Ricardo Daruiz Borsari – Superintendente do DAEE. O Selo de Qualificação da ABAS foi reformulado e visa a valorização do principal produto das águas subterrâneas, o poço tubular profundo. A proposta é transformar o selo como uma marca de diferenciação e um poderoso instrumento mercadológico para a divulgação institucional de todos os segmentos das águas subterrâneas. Como mostrado em reportagens anteriores do ABAS informa, o processo é divido em três categorias: empresas de construção de poços tubulares profundos, empresas de instalação de conjuntos de bombeamento e empresas de consultoria e serviços em hidrogeologia e águas subterrâneas. Os auditores já estão analisando algumas solicitações e a ABAS já credenciou as primeiras seis empresas do setor: Uniper, Constroli, Hidrogeo, Jundsondas e Uniper, DH Perfuração e Saiágua Poços Artesianos (veja box). Evento – A mesa redonda realizada durante a entrega dos certificados debateu o credenciamento e a fiscalização profissional das empresas do setor, o credenciamento das empresas perfuradoras e a outorga de uso de águas subterrâneas, além do credenciamento e a organização do setor de perfuração de poços. A mesa redonda foi comanda pelo presidente do CREA/SP, José Eduardo de Paula Alonso, o superintendente do DAEE, Ricardo Daruiz Borsari e o presidente da ABAS, Joel Felipe Soares. Em sua exposição o superintendente do DAEE afirmou que o apagão pelo qual o Brasil passou a cerca de um ano e meio atrás teve uma responsabilidade grande sobre a divulgação das águas subterrâneas. Para ele, a questão da água passou a ser discutida com mais entusiasmo e freqüência entre a sociedade. “Esse evento foi de uma importância singular porque é a primeira iniciativa em que associações, empresas e o CREA se unem no sentido de trabalhar na gestão da água. Esse Selo de Qualidade chega para estabelecer aos perfuradores normas, qualidade e técnica adequada. O credenciamento representa o controle da perfuração de poços no país. O que se observa hoje, é que a perfuração de poços se dá de maneira indiscriminada, muito devido às dificuldades de fiscalização que são imensas”, enfatizou Borsari. A qualificação vai provocar grandes mudanças no mercado, incentivando empresas a se credenciarem e permitindo aos contratantes a escolha de empresas certificadas. Desta maneira as três entidades esperam estar contribuindo para o controle e para a fiscalização mais eficiente das empresas de perfuração e em contrapartida, favorecendo a utilização racional das águas subterrâneas. “É um ato de extrema importância e responsabilidade, não só do CREA, mas também da ABAS e do DAEE, até porque este é um fato inédito na história das três entidades. O CREA esse ano está completando 70 anos e depois de muita análise percebemos a nossa responsabilidade de integrar o assunto recursos hídricos. Num futuro próximo, a guerra não vai ser pelo petróleo, mas pela escassez da água”, disse Alonso. O evento teve como público alvo, os usuários públicos e privados, os órgãos estaduais e municipais e as empresas perfuradoras. “Queremos uma parceria mais efetiva com o CREA, onde possamos desenvolver um processo de fiscalização não na obra, mas na própria empresa. Se a empresa não estiver apta a operar, acho que ela deve ser fechada e não a obra que está fazendo. Meu raciocínio é o seguinte: se você fecha a empresa você não tem a obra. A ABAS é uma ONG e a participação do CREA é fundamental, pois ele é o órgão da fiscalização”, finalizou Joel. Mercado de perfuração já tem 6 empresas capacitadas... Durante o encontro, as seis primeiras empresas credenciadas
- Uniper, Constroli, Hidrogeo, Jundsondas, DH Perfuração
e Saiágua Poços Artesianos – receberam o certificado
do Selo de Credenciamento da ABAS. Numa rápida cerimônia,
os representantes de cada empresa receberam a certificação
das autoridades presentes e os aplausos do público. Luciano Léo – Jundsondas Carlos Eduardo Giampá – DH Perfurações Walter de Oliveira – Constroli Moacir Pitta – Hidrogeo Perfuração André Wagner Aragoni – Uniper Perfurações
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