ABAS MG e BA discutem águas subterrâneas na Bacia do Rio São Francisco

Os núcleos Minas Gerais e Bahia vão realizar de 29 a 31 de outubro, o Simpósio de Recursos Hídricos dos Grupos Bambuí e Una - As Águas Subterrâneas na Bacia do Rio São Francisco. O simpósio é o evento inaugural da série itinerante a ser promovida no biênio 2003/2004. O evento prevê a apresentação de palestras de consultores nacionais e internacionais, assim como mesas redondas para discussões amplas sobre questões institucionais, legais e técnico-científicas relacionadas aos recursos hídricos. Questões dos conflitos de uso das águas subterrâneas em áreas da Bacia Sanfranciscana, as peculiaridades litológicas e estruturais observadas nessa bacia, aliadas ao uso e à ocupação do solo deverão fundamentar importantes debates relativos às formas de aproveitamento das águas subterrâneas e ao estágio atual de conhecimento sobre os aqüíferos pertinentes aos Grupos Bambuí e Una. A importância das águas subterrâneas será ressaltada nestes domínios geológicos como recurso estratégico para o abastecimento público, a agricultura e outros usos.

Trabalhos Técnicos - Os resumos dos trabalhos técnicos do Simpósio de Recursos Hídricos dos Grupos Bambuí e Una deverão enviados para a secretaria executiva do evento (Lyrium Comunicação) pelo e-mail: monnica@lyrium.com.br.

Para encaminhar os trabalhos via correios, o endereço é Rua Gentios, 75 conj 502. Cep 30380-490. Belo Horizonte, Minas Gerais. Mais informações pelo fone (31) 3342-3888.

Discussão e muito conhecimento

O Simpósio de Recursos Hídricos dos Grupos Bambuí e Una tem uma programação voltada para a discussão e diagnóstico das águas subterrâneas nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Sergipe. A abertura oficial do evento acontece no dia 29 de outubro e a discussão dos temas seguem nos dias 30 e 31/10. Confira:

Temas Técnico-Científicos:
DIA 30 / 10 /03
1. Hidrodinâmica e Geometria de Aqüíferos Cártiscos.
2. Evolução Geológica, Geomorfológicas e Espeleológicas das Bacias Sedimentares San Franciscana.
Mesa Redonda:
I Diagnóstico das Águas Subterrâneas na Bacia Sanfranciscana
DIA 31 / 10 /03

Temas Técnico-Científicos:
3. Hidroquímica das Águas Subterrâneas
4. Exploração das águas subterrâneas e seus impactos:
¨ Abastecimento Público
¨ Indústrias
¨ Mineração
¨ Agricultura
Mesa Redonda:
II Gestão dos Recursos Hídricos

Maria de Fátima
G. Gouvêa
Secretária Geral Abas Nacional
abasmg@gold.com.b
Fone: (31) 351-6363
Fax: (31) 250-1632

 

Paraná perfura poço de grandes dimensões

O ano de 2.003 marca para o Estado do Paraná, a inclusão no seleto grupo de perfuradores de poços tubulares de grandes dimensões. Este é um fato de suma importância, dada a posição central do Estado em relação a área de abrangência do Aqüífero Guarani. De fevereiro a maio deste ano no município de Itaipulândia, sudoeste do Paraná, a empresa maringaense Hidroingá Poços Artesianos executou a perfuração de um poço tubular profundo para fins de captação de água termal, ponto de partida para a construção do parque aquático do município. Com investimentos que deverão chegar a casa dos R$ 12 milhões, o parque será um dos mais modernos do país e, certamente, incluirá Itaipulândia no circuito turístico nacional.

Perfurado na cota 295 metros, o poço cortou a seguinte seqüência litológica: de 0,0 a 17,0 m solo residual; de 17,0 a 889,0 m basalto de Formação Serra Geral; de 889,0 a 1.026,0 m arenito das Formações Botucatú/Pirambóia; e de 1.026,0 a 1.039,0 m siltito da Formação Rio do Rastro. Em termos gerais partiu-se com 26” polegadas de diâmetro em sistema rotativo até os 17,0 metros. O sistema roto-pneumático de perfuração foi utilizado de 17 a 220 metros em 17 5/8” e até 431 metros em 13” polegadas de diâmetro. Em seguida retornou-se ao sistema rotativo para se atingir a profundidade final do poço.

O poço tubular foi totalmente revestido, sendo sua completação composta por câmara de bombeamento em 10” polegadas até os 200 metros, seguida por tubulação em 8” polegadas até os 704 metros de profundidade e concluída em 6” polegadas de diâmetro com coluna de revestimento e filtros na camada produtiva. Os resultados se mostraram amplamente satisfatórios. A vazão medida em ensaio superou 100 m3/h e a temperatura da água atingiu 41 centígrados.

O grande diferencial da obra, entretanto, refere-se ao prazo de execução. Estando prevista inicialmente para um período de 150 dias, a mesma concluiu-se, contando da data de início da perfuração propriamente dita até sua completação, em apenas 70 dias de trabalho. Esta considerável redução no tempo de avanço se deve a utilização, quando da perfuração em rocha basáltica, de sistema roto-pneumático. Para isso, fez-se necessário o alinhamento de três unidades compressoras de 950 DPH, o que permitiu um avanço médio de cerca de 7 metros por hora, contra um avanço estimado de 1 metro por hora no sistema rotativo.

Everton Luiz
Costa Souza
E-mail: veto@pr.gov.br; villanisouza@brturbo.com.br

 

Sul prepara oficina sobre águas subterrâneas

ABAS Rio Grande do Sul em conjunto com APSG (Associação dos Profissionais do Rio Grande do Sul em Geologia) está organizando a I Oficina sobre Gestão de Águas Subterrâneas. O evento será realizado no dia 3 de outubro, na UNISINOS. Para a oficina de água subterrânea estão sendo convidados representantes dos principais organismos do Estado envolvidos na Gestão dos Recursos Hídricos e a comunidade atuante na área. “A ABAS-RS e a APSG pretendem provocar o debate em torno deste assunto que até o momento vem provocando muitas dúvidas e controvérsias, com o objetivo de avançar e facilitar o entendimento entre os orgãos gestores e a comunidade atuante no setor de pesquisa, perfuração de poços e utilização de água subterrânea como fonte alternativa”, explicou Cláudio Oliveira, presidente do núcleo gaúcho.

A ABAS será representada no evento pelo geólogo e presidente do Núcleo Rio Grande do Sul que participará na qualidade de mediador/debatedor do FÓRUM INTERNACIONAL DAS ÁGUAS, na Oficina Temática “Águas Subterrâneas e o Aqüífero Guarani”. Esse evento acontece no dia 10 de outubro e a organização é do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Também participam desta oficina, Prof. Henrique Festenseifer (UNISINOS), Prof. Mário Wrege (IPH–UFRGS), Leonardo Morelli (O Grito das Águas), Ubiratan Faccini (Curso de Pós-graduação da UNISINOS), Prof. Aldo Rebouças (Instituto de Geociências da USP), Prof. Ernani Rosa Filho (UFPR) e o Sr. Secretário Geral do Projeto Guarani/Uruguai, Luiz Amore.

Cláudio Oliveira
Presidente do Núcleo Sul
claudio@hidrogeo.com.br

 

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