Montes Claros: captações alternativas de águas subterrâneas

O núcleo mineiro da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, promoveu de 6 e 7 de outubro, o Simpósio de Captações Alternativas de Águas Subterrâneas. O evento foi realizado em Montes Claros, em Minas Gerais, considerando captações alternativas: poços Amazonas, barragens subterrâneas, trincheiras filtrantes, galerias de infiltração, poços radier, poços ponteiras, além da própria captação de água de chuva através das cisternas implúvio ou de placas. “As técnicas abordadas são, na maioria dos casos, pouco conhecidas das autoridades, dos usuários da água em geral e até mesmo, dos técnicos da área de recursos hídricos que, muitas vezes, fazem opção pelo poço tubular. Essa discussão é bastante oportuna na solução de aproveitamento deste precioso recurso, porém, limitado: a água!”, explicou Maria de Fátima Guimarães Gouvea, membro da ABAS Núcleo/MG.

O simpósio divulgou técnicas de captação diferentes daquelas utilizadas na perfuração de poços tubulares profundos. Para tanto, foram constituídas palestras para repasse de técnicas e metodologias de captação já conhecidas do meio profissional e acadêmico. No término do evento, os participantes realizaram uma mesa-redonda, onde foi elaborado um documento de consenso, cujo objetivo é incentivar os diversos setores da sociedade para utilização das técnicas de captações alternativas, especialmente no abastecimento de pequenas comunidades rurais. O simpósio contou com a participação de 350 participantes entre profissionais, autoridades e usuários de água subterrânea das regiões do norte mineiro e Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Os temas presentes nas palestras foram o uso da água subterrânea no semi-árido, captações alternativas: conceitos, técnicas e métodos, subsídios para implantação de projetos e procedimentos legais na execução de empreendimentos de captações alternativas.

Zona da Mata Mineira - O III Encontro de Preservação de Mananciais da Zona da Mata Mineira foi realizado de 25 a 26 de agosto, na Universidade Federal de Viçosa – no Departamento de Engenharia Agrícola (DEA), Subseção Sudeste da ABES-MG e pelo Centro de Referência Sudeste da ABAS-MG. O evento foi coordenado pelo Prof. Demetrius David Silva (UFV/DEA) e pela Engenheira Sandra Parreiras Pereira Fonseca (ABES-MG / ABAS-MG). Este ano, o evento contou com a presença de 300 participantes. No primeiro dia foram realizados seis mini-cursos com os temas: aproveitamento de efluentes líquidos domésticos e agroindustriais na agricultura; tratamento de biossólidos e o aproveitamento na agricultura; captação, manutenção e operação de sistemas de águas subterrâneas; procedimento para outorga de direito de uso da água: manejo de irrigação e o meio ambiente e recuperação de áreas degradadas.

Na cerimônia de abertura fizeram parte da mesa, o Pró-reitor Prof. Fernando Baeta, o Chefe do Departamento de Engenharia Agrícola, Prof. Demetrius David da Silva, o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente da prefeitura de Viçosa, Luciano Piovesan; representando Jacira Cancio, assessora e coordenadora da área da saúde e ambiente da OPAS/OMS, Rafael Xavier Bastos; o presidente ABES-MG, José Antônio da Cunha Melo; representando Valéria Caldas Barbosa, Presidente da ABAS-MG, Fernando Marinho de Oliveira; Maria de Fátima Guimarães Gouvêa da diretoria da ABAS Nacional; a presidente do Centro de Referência Sudeste da ABAS-MG e da Subseção Sudeste da ABES-MG, Sandra Parreiras Pereira Fonseca e representando Mauro Ricardo Machado Costa, presidente da COPASA-MG, Narciso Lanini Filho.

No segundo dia foram debatidos assuntos correlatos a usos múltiplos da água disponível com representantes da UFV, IGAM, ABID e pela SEDRU. O professor, geólogo e colunista do jornal ABAS informa, Ricardo Hirata palestrou sobre o uso de águas residuárias e biossólidos na agricultura. “O Encontro da Zona da Mata Mineira é um evento muito importante. É a terceira vez que a ABAS-MG realiza esse simpósio buscando a prevenção dos mananciais da Zona da Mata e dentro desse tema foi muito discutido o uso adequado das águas subterrâneas e especialmente a legislação estadual vigente. O evento contou com a presença de 350 participantes e foi muito importante para a divulgação do nome da nossa entidade”, avaliou Maria de Fátima.

Outorga Minas – Durante a reunião ordinária do Conselho Deliberativo da ABAS, o Núcle-MG solicitou apoio da ABAS Sede para a questão do licenciamento para a perfuração de poços e das outorgas dos poços perfurados em Minas Gerais. De acordo com relatos, os processos de outorga no Estado emitidos pelo IGAM estão levando em torno de seis meses para serem autorizados. Para os membros do Núcleo Mineiro, esse é um motivo quase que repressor ou desacelerador para os perfuradores. A preocupação é que o interessado em empreendimento e abastecimento da água mude a definição da fonte da produção em virtude da demora da legislação. Outro agravante é que órgãos financiadores de tais empreendimentos obrigam a apresentação do documento de outorga para liberação do recurso.

Maria de Fátima G. Gouvêa
Secretária Geral Abas Nacional
abasmg@gold.com.br
Fone: (31) 351-6363
Fax: (31) 250-1632

 

Adiado simpósio de águas subterrâneas dos Grupos Bambuí e Una

O “Simpósio de Recursos Hídricos dos Grupos Bambuí e Una” será realizado
de 05 a 07 de maio de 2004

Os núcleos Minas Gerais e Bahia adiaram para o próximo ano, o Simpósio de Recursos Hídricos dos Grupos Bambuí e Una - As Águas Subterrâneas na Bacia do Rio São Francisco. Esse simpósio seria o evento inaugural da série itinerante a ser promovida no biênio 2003/2004 dos dois núcleos. “O adiamento foi inevitável, necessitávamos de mais patrocínio para a viabilização do evento”, esclareceu Valéria Caldas Barbosa, presidente do Núcleo Mineiro.

O “Simpósio de Recursos Hídricos dos Grupos Bambuí e Una” será realizado de 05 a 07 de maio de 2004. O local permanece o mesmo: Hotel Beach Hills, em Porto Seguro, na Bahia. O simpósio prevê a apresentação de palestras de consultores nacionais e internacionais, assim como mesas redondas para discussões amplas sobre questões institucionais, legais e técnico-científicas relacionadas aos recursos hídricos. Questões dos conflitos de uso das águas subterrâneas em áreas da Bacia Sanfranciscana, as peculiaridades litológicas e estruturais observadas nessa bacia, aliadas ao uso e à ocupação do solo deverão fundamentar importantes debates relativos às formas de aproveitamento das águas subterrâneas e ao estágio atual de conhecimento sobre os aqüíferos pertinentes aos Grupos Bambuí e Una. A importância das águas subterrâneas será ressaltada nestes domínios geológicos como recurso estratégico para o abastecimento público, a agricultura e outros usos.

Mais informações pelo telefone (31) 3250-1632.

Valéria Caldas Barbosa
Presidente ABAS-MG
e-mail: abasmg@gold.com.br
Fone: (31) 3238-1884
Fax: (31) 3250-1632

 

I Colóquio Paranaense de águas subterrâneas supera expectativas

A ABAS-PR promoveu no dia 03 de outubro, na cidade de Londrina, o I Colóquio Paranaense de Águas Subterrâneas. Este foi primeiro evento de uma série de seis encontros planejados pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, Núcleo Paraná, para a discussão dos benefícios e cuidados na exploração dos aqüíferos do Estado. Cerca de 130 pessoas, entre geólogos, pesquisadores e estudantes de meio ambiente, hidrogeologia e agricultura, participaram do evento. Durante o encontro, palestras e cases foram apresentados por especialistas ligados à Sema, Suderhsa, Sanepar, Itaipu Binacional, Universidade Federal do Paraná – UFPR e Universidade Estadual de Londrina - UEL.

As discussões, de altíssimo nível técnico, trouxeram importantes esclarecimentos sobre as políticas de saneamento rural e urbano do Paraná, e sobre as legislações, estadual e federal, com relação ao uso das águas. O aproveitamento do Aqüífero Guarani para abastecimento público, e pela indústria, agricultura e turismo, além dos cuidados que devem ser tomados para evitar a poluição das águas subterrâneas, foram os focos centrais da programação. Para Everton Luiz da Costa Souza, presidente da Abas Núcleo Paraná, é necessário promover a discussão sobre o uso das águas subterrâneas. “Muitas vezes estas são as únicas fontes viáveis para o abastecimento público”, destacou.

Souza também afirmou que as perfurações indiscriminadas de poços rasos e profundos, sem a tecnologia adequada, sem controle e sem fiscalização, representam um risco muito grave ao meio ambiente e à saúde pública. “É preciso cercar-se de cuidados sobre a forma como os poços são construídos e operados”, salientou.
Em novembro, Maringá será a sede da segunda edição do Colóquio Paranaense. Para 2004, estão sendo planejados novos debates em Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. A programação estadual será encerrada em Curitiba, quando os problemas levantados nas edições regionais passarão a compor um quadro de mesas redondas que discutirão problemas específicos com os atores identificados regionalmente.

Everton Luiz Costa Souza
E-mail: veto@pr.gov.br; villanisouza@brturbo.com.br

 

Lançado oficialmente XIII CABAS

O Congresso será sediado em Mato Grosso e terá como tema a gestão integrada e dinâmica de aqüíferos

O CABAS 2004 – XIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas foi lançado oficialmente durante as comemorações de 25 anos da ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas. O Congresso promovido pela ABAS Nacional e seu Núcleo Centro-oeste acontece de 19 a 22 de outubro, em Cuiabá, Mato Grosso. O crescimento populacional do Estado ocorreu a partir da utilização dos recursos naturais predominantes no início do extrativismo mineral e, posteriormente, do extrativismo vegetal. Atualmente, o Mato Grosso possui uma das maiores taxas de crescimento do país, cerca de 7% ao ano e tornou-se um centro de referência em desenvolvimento sustentável e um dos principais pólos de agronegócio do Brasil.

O CABAS 2004 terá como tema central a “Gestão Integrada e Dinâmica de Aqüíferos: Eficiência e Agronegócio”. O tema foi escolhido porque muitos reconhecem este século como sendo o “Século da Água”, uma vez que estamos discutindo diariamente o valor de cada gota de água potável para a humanidade. O Estado de Mato Grosso abriga as nascentes dos principais sistemas hídricos do Amazonas e vem se tornando o principal celeiro do país, ocupando o primeiro lugar em produção de grãos e o segundo rebanho bovino.

A importância do agronegócio no Estado determinou a escolha do tema central do congresso colocando em discussão a questão da água potável e seu valor para a humanidade. A comissão organizadora pretende debater o uso sustentável das águas subterrâneas, a gestão e ferramentas de gestão dos recursos hídricos subterrâneos, tecnologias de Construção, Operação e Manutenção de Poços Tubulares, qualidade das Águas Subterrâneas, vulnerabilidade dos aqüíferos, entre outros temas. “Nossa expectativa é muito grande e esse congresso é muito importante tanto para o núcleo quanto para a comunidade. A primeira circular já está disponível entre os profissionais do setor de águas subterrâneas e há um empenho grande de alguns órgãos do estado para a viabilização do CABAS. Agora, estamos aguardando a participação de todos os sócios da ABAS através da apresentação de trabalhos”, entusiasmou-se Maurício Sant’Ana, presidente do Núcleo Centro-oeste.

O XIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas conta com o apoio da CONFEA/CREA - MTCREA/MT, FEMA - Fundação Estadual do Meio Ambiente Diretoria de Recursos Hídricos e METAMAT - Cia. Matogrossense de Mineração. “Todos que participarem terão oportunidade de ímpar de conhecer o pantanal, as belezas da Chapada dos Guimarães, a Amazônia e outros lugares excelentes para descanso e turismo ecológico”, concluiu. Informações: (11) 3104-6412 ou pelo e-mail cabas@acquacon.com.br.

Maurício de Sant´Ana Barros
Presidente do Núcleo Centro-Oeste
e-mail: barrossm@ig.com.br
Fone: (65) 644-7197
618-6142

 

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