Comunidade técnico-científica junta forças para a gestão e o uso sustentável dos aqüíferos

Profissionais de perfuração, empresários, políticos e comunidade participaram do encontro no Rio de Janeiro, buscando a conscientização e a valorização dos recursos subterrâneos. Em comum, a preocupação com a escassez dos recursos hídricos no Brasil e no mundo...

os poucos geólogos, hidrogeólogos e a comunidade das águas subterrâneas chegavam para protagonizar um grande espetáculo: o XIII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços do Rio de Janeiro e o I Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste. Os profissionais do setor se aglomeravam nas dependências do Palácio Quintandinha, em Petrópolis, a Cidade Imperial. Cerca de 500 pessoas participaram da abertura oficial do evento, que trouxe a presença de autoridades municipais, estaduais e federais. Destaque para o Secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Granja Vikter – presidente de honra do evento -, Cristino Áureo, Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento e Pesca, o Prefeito de Pretrópolis, Rubens Bontempo, Walter Hildebrandi – Chefe do 9º Distrito DNPM-RJ, Flávio Erthal, diretor do DRM e o presidente da ABAS, Joel Felipe Soares. Durante a solenidade, os participantes da mesa destacaram as águas subterrâneas como fonte de abastecimento para o futuro e a preocupação com uma gestão adequada. “Hoje estamos dando um importante passo e a ABAS tem um grande desafio técnico, a gestão e o uso sustentável dos aqüíferos”, disse Joel Felipe Soares, durante a abertura do evento – uma clara alusão à temática do encontro.

A preocupação geral se refere às discussões atuais, em que os diferentes segmentos do setor de águas subterrâneas juntam-se ao esforço geral de implantação da legislação de recursos hídricos no país. “O Rio de Janeiro tem dado exemplo de luta em defesa da água subterrânea. Nas últimas eleições, o candidato do Rio à presidência da República – Antony Garotinho – foi o único a apresentar um projeto de geologia voltado a produção de águas subterrâneas. Inclusive no passado ele foi muito criticado, mas agora estão copiando o projeto e o Rio vem valorizando cada vez mais os seus recursos subterrâneos”, destacou o secretário Wagner Vikter.

Petrópolis tem uma vocação natural para sediar grandes eventos, com uma das principais estruturas hoteleiras do estado. O XII Encontro de Perfuradores de Poços teve grande significado do ponto de vista da oferta de águas subterrâneas e a utilização que a cidade faz e deve fazer de maneira criteriosa e sustentável do ponto de vista ambiental. Para Petrópolis esta é uma realidade presente e o Governo cria condições para que a população seja abastecida e os empreendimentos possam utilizar-se da fonte subterrânea de água, afirmou o Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento e Pesca – Cristino Áureo – durante a sua palavra. “O evento foi extremamente importante principalmente para a minha área que é a agricultura, porque graças a exploração de água subterrânea tem sido possível suprir a escassez de água em algumas regiões críticas do Rio de Janeiro, como o Norte e Noroeste do estado, além de algumas áreas da região serrana. Um evento como esse que trata da exploração adequada da água subterrânea tem todo o sentido na sua relação com a agricultura porque estamos fortemente empenhados em fazer do Rio, um dos estados com as maiores áreas irrigadas proporcionais do Brasil. Nosso propósito é levar desenvolvimento ao interior do estado e uma agricultura familiar forte”, continuou.

Baixa exploração – De acordo com estudos apresentados pelo Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento e Pesca, a água subterrânea ainda representa um percentual muito pequeno na oferta do Rio de Janeiro, inferior a 5% do total. “Nossa meta é dobrar esse número nos próximos três anos”, se compromete. Nesse período, os envolvidos estão implementando um programa denominado água no campo que já conta com o apoio de toda a bancada de deputados de Brasília.

Algumas regiões do estado do Rio já estão submetidas a regimes hídricos bastante críticos. Durante a estiagem, as condições hídricas em algumas regiões se tornam preocupantes, sem contar nos impactos ambientais nas poucas fontes que existem. “Minha maior preocupação é saber que esses problemas não são do futuro, eles já são atuais! É fundamental a discussão com base realista e mais que isso, necessária a criação de uma política adequada para esse setor. Atrás da política estão os programas, o investimento e a orientação que a sociedade precisa sobre esse assunto”, alertou Walter Hildebrandi, chefe do 9º Distrito DNPM-RJ.

O trabalho de valorização das águas subterrâneas já vem sendo executado há alguns anos. Um bom exemplo é o programa desenvolvido em parceria o DRM - Departamento de Recursos Minerais e Secretaria de Energia que produz a água em verdadeiros bolsões de seca nas regiões Norte e o Noroeste. “A escolha de Petrópolis é uma oportunidade de mostrar para a cidade imperial e uma série de pessoas de outros estados, os trabalhos que vem sendo desenvolvidos pelo Estado do Rio de Janeiro”, lembrou Vikter.

Música e poesia - Após a cerimônia, os participantes assistiram ao show do Coral das Meninas Cantoras de Petrópolis. Embaladas por árias, músicas contemporâneas e pop-rock, as pequenas cantoras trouxeram brilho e animação à noite de abertura. O repertório bastante elogiado, agradou autoridades, profissionais e participantes. O Coral das Meninas Cantoras de Petrópolis está completando 27 anos, com uma inovadora interpretação musical. A sólida instrução musical aliada à indispensável disciplina de trabalho diário e constante tornou-as internacionalmente reconhecidas pela beleza excepcional de seu canto e por um poder de encantamento único, comparado simbolicamente ao ‘Cantar do Anjos’.

Terminada a apresentação, as autoridades abriram oficialmente o Encontro de Perfuradores de Poços, com uma visita à Feira de Produtos e Serviços. O coquetel foi patrocinado pela Bombas Leão e Casa do Perfurador.

“O nível de conhecimento sobre recurso subterrâneo ainda é muito desnivelado...”

O tema central do evento foram os desafios técnicos para a gestão e o uso sustentável dos aqüíferos. Dessa maneira, o evento proporcionou a presença da pesquisa científica e da área produtiva, em conjunto com legisladores e autoridades governamentais da área de gestão. A primeira mesa redonda teve como temática – Águas Subterrâneas e a Legislação de Recursos Hídricos – e contou com Aldo da Cunha Rebouças, na presidência da mesa e os debatedores, João Carlos Simanke de Souza (Câmara Técnica de Águas Subterrâneas) e Frances Priscila Vargas Hagen (Secretaria de Recursos Hídricos – Ministério do Meio Ambiente). Em seu discurso, Frances disse que uma legislação adequada para os recursos subterrâneos é vital e permite o estabelecimento de competências, objetivos diretos e os caminhos a serem tomados em relação às águas subterrâneas, aos aqüíferos e potencial estratégico de água. “Para cuidar das águas os órgãos envolvidos precisam se fortalecer, articular seu estado, fechar parceria para serviços de cooperação técnica, desenvolver projetos nacionais e principalmente regionais onde a água subterrânea seja alternativa de abastecimento e desenvolvimento como no semi-árido brasileiro. O MMA quer saber quais são os programas existentes porque não dá para simplesmente perfurar um poços em determinado local, ou barragem subterrânea ou cisterna. É preciso gerenciar essa ação, ou seja, fazer uma gestão para que essa utilização do recurso subterrâneo seja permanente e não temporário”, informou ela.

O Ministério do Meio Ambiente lançou em março de 2001 o programa nacional de água subterrânea que tem como meta a condução do arcabouço do gerenciamento da água subterrânea no Brasil. Frances que é hidrogeóloga e integra a equipe de águas subterrâneas da Secretaria de Recursos Hídricos, acompanhou de perto a legislação. “Acompanhei desde a parte institucional e a atuação dos órgãos estaduais e federais, senti que há uma boa intenção mas os órgãos estão muito desarticulados. Sem falar no nível de conhecimento que também é muito desnivelado”, critica. “São em encontros como este, que teremos a participação de técnicos e tomadores de decisão, mostrando a esses profissionais como se realiza uma política pública, com a participação e formação da sociedade”, finalizou.

Outros temas igualmente importantes das outras mesas-redondas foram poços tubulares e instrumentos de gestão e o mercado da água e a gestão dos recursos hídricos. As Palestras Técnicas contemplaram áreas de interesse para a gestão do uso dos recursos subterrâneos. Entre as discussões, o rebaixamento do nível d ‘água em minerações e obras civis, os problemas ambientais da proliferação de ferro-bactérias em poços, recarga artificial de aqüíferos e a controvérsia legislativo-conceitual entre águas minerais e águas Subterrâneas.

Desde o início o Núcleo Rio de Janeiro contou com várias parcerias, entre elas o forte apoio do DRM – Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro. A parceria teve empenho pessoal do diretor da entidade, Flávio Erthal. “Desde que o evento foi marcado para o Rio de Janeiro, o DRM esteve apoiando de forma institucional e colocou todos os seus esforços para viabilizar o encontro. Essa atuação, mostra a preocupação do DRM para a regulamentação das águas subterrâneas, portanto estamos buscando parcerias com a Serla que trata das águas superficiais e nós, que tratamos da água subterrânea. O evento ajudou a divulgar a assinatura de um convênio para que o DRM fique com a parte de cadastramento de poços tubulares, já que a outorga é responsabilidade da Serla”.

Meta atingida – “A avaliação é feita por vários participantes e o que se pôde observar foi um clima de agrado geral. Acredito que o Núcleo Rio de Janeiro alcançou os objetivos e também mandou por água abaixo aquela expectativa de que não iria dar certo”, avaliava satisfeito Aderson Marques Martins (DRM-RJ), coordenador do Encontro de Perfuradores. Para a maioria dos participantes, o resultado foi muito gratificante, já que essa é primeira vez que o estado carioca sedia um evento dessa natureza. “Tenho plena consciência que o desafio técnico foi alcançado: a discussão do uso sustentável dos aqüíferos. E a comunidade da água subterrânea provou que é uma comunidade presente, disposta a colaborar com a popularização do nosso setor”, disse emocionado.

A energia do Palácio do Quitandinha é muito intensa, o que ajudou muito na realização do evento e pela primeira vez, a ABAS contou com a presença da Petrobrás atuando na área de água subterrânea e também inserida no programa ´Sede Zero´. “Acho que o evento por si só foi um sucesso, com a presença de pessoas de destaque e importância dentro da política do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. As sessões técnicas e a feira foram muito boas e o nosso ideal foi alcançado”, afirmou com satisfação, André Monsores, presidente da ABAS Rio de Janeiro.

“Imagino que o Rio tenha em torno de 25 mil poços perfurados...”

O DRM-RJ teve uma participação bastante atuante no XIII Encontro de Perfuradores de Poços com palestras, lançamento de cartilha, inauguração de marco valorizando as águas subterrâneas e forte presença nas palestras e discussões. A Geóloga Kátia Mansur, diretora de Geologia do DRM-RJ participou de todas essas atividades e fez uma breve, porém importante, avaliação dos recursos subterrâneos no Estado do Rio. Em entrevista ao ABAS informa, falou sobre o gerenciamento dos recursos hídricos, cadastramento de poços e as principais ações do DRM

Qual a situação das águas subterrâneas no Rio de Janeiro??

Atualmente, o Rio de Janeiro ainda não dispõe de meio legais para fazer o melhor gerenciamento dos recursos subterrâneos porque ainda não existe a formalização de um cadastro de poços, embora já esteja em andamento. Posso dizer que em dez anos saímos da estaca zero para uma situação de formatação da legislação e acredito que ainda esse ano o Conselho Estadual de Recursos Hídricos aprove a legislação básica de água subterrânea, que seria o cadastro de usuários de águas subterrâneas e poços tubulares. Além da autorização para a construção de poços, o Estado já tem uma legislação que ainda não foi aprovada pelo conselho, mas já está sendo aplicada e uma outra que o Conselho está tentando aprovar ainda este mês.

E quanto a participação de profissionais no estudo das águas subterrâneas?

Da questão do conhecimento o Rio sempre apresentou trabalhos isolados, geralmente realizados em universidades, de cunho acadêmico ou levantamento para a alocação de um poço, mas até cinco anos atrás nunca havia ocorrido um trabalho de mapeamento geológico. Esse mapeamento é um esforço do DRM – Departamento de Recurso Minerais – junto com uma série de parceiros como universidades e entidades públicas e privadas – CPRM, EMBRAPA, Secretaria de Agricultura e empresas perfuradoras que trabalharam no projeto. Hoje temos um cadastro de aproximadamente 3 mil poços, o que ainda é muito pouco perto do universo que a gente imagina que seja algo em torno de 25 mil poços.

E o que significa essa preocupação com o recursos subterrâneos?

Essa preocupação repentina com a água subterrânea se traduz em dois aspectos: o primeiro é o fato do recurso superficial estar muito degradado e aqui no estado, no seu limite de utilização. Alguns pesquisadores já afirmam que em 2013 não teríamos mais água superficial para atender as condições mínimas das populações. Com a poluição e degradação vários mananciais foram se perdendo e a água subterrânea por estar mais protegida da contaminação acabou virando uma alternativa. Outro aspecto foi a questão dos órgãos públicos, em especial o DRM que levantou essa bandeira onde se criou uma certa cultura dentro dos órgãos de estado para a gestão sustentável dos recursos subterrâneos.

O DRM lançou no evento, uma cartilha para o usuário de poços...

Essa cartilha tem como objetivo a conscientização da população. Essa publicação terá um boa repercussão porque vai ensinar as pessoas comuns os cuidados com aquele poço raso que ela tem no fundo de casa.

Produtos, serviços e muitas novidades na exposição técnica...

A Exposição Técnica de produtos e serviços realizada paralelamente ao XIII Encontro de Perfuradores de Poços reuniu as principais empresa do setor de águas subterrâneas do Brasil. A crise econômica que assola o país, retraiu alguns investidores mas não apagou o brilho e o entusiasmo dos expositores e participantes. Aproveitando a breve estadia na cidade imperial, as empresas apostaram na estratégia de marketing para ‘ganhar’ o cliente, além do lançamento de novos produtos para o mercado de perfuração de poços. Em entrevistas ao ABAS informa, algumas empresas mostraram-se entusiasmadas com o evento, outras sentiram falta de um público maior, mas no balanço final todos saíram satisfeitos e com a mala recheada de novos contatos para futuras negociações:

Alfredo Miranda – Dancor
“Trouxemos para o evento, nossa linha de bombas submersas e alguns acessórios que fazem a proteção, como os quadros de comandos e as caixas de partida dos motores monofásicos. Esse mercado também está servindo para reforçar o relançamento do motor elétrico totalmente nacional. Antigamente importávamos motores dos Estados Unidos e da Itália o que era necessária uma programação rigorosa para garantir as entregas. Hoje, apesar dos motores terem alguns componentes importados, a pulverização é muito menor em termos de valores agregados no rolamento ou outro componente, com isso conseguimos melhorar nossa produção e nosso atendimento”.

Fábio Medeiros – Indel
“Aproveitamos o Encontro de Perfuradores para apresentar uma nova divisão da Indel: o ramo de energia solar. Mostramos os equipamentos para bombeamento de água utilizando como base a energia solar. São diversos tipos de bombas submersas de até 230 metros de profundidade e bombas de superfícies que podem fornecer até 250 m3/dia, além de bombas para superfícies volumétricas que podem fornecer até 10 m3 e uma elevação até 130 metros”.

Apolo Oliva Neto – Drill Center
“A Drill Center manteve a tradição de apoiar os eventos da ABAS há mais de 10 anos. O Encontro foi marcado pela qualidade e não pela quantidade de visitantes à feira. Nossa empresa é uma central de abastecimento das empresas de perfuração, mas também atua como representante comercial da Subsurface Tecnologies Incorporation buscando empresas que queiram adquirir franquias de uso das tecnologias de reabilitação de poços que a STI desenvolveu. Este ano, trouxemos como novidade, os equipamentos de perfilagem geofísica da Robertson Geologging para o mercado de hidrogeologia ambiental e lançamos um perfilador a base de luz ultra-violeta capaz de detectar plumas de contaminação de hidrocarbonetos (derivados de petróleo) em poços de monitoramento.”.

Valdir dos Santos – Bombas Leão
“A Bombas Leão apoia todos os eventos executados pela ABAS, pois esses encontros são importantes porque podemos receber nossos amigos e parceiros. Estamos lançando nessa feira um motor para poços de 6”, nas potências de 40, 45 e 50 CV. Esse novo produto chega para inovar e o perfurador de poços vai ter uma opção a mais de equipamentos para captação de água subterrânea em poços de 6”.

Jéferson Plaza - “Por tradição em todos os eventos, encontros e congressos a Bombas Leão é presença garantida! Para mim, cada encontro é sempre melhor que o outro e este em especial foi surpreendente”.

David Mendonça Pereira – Techmomine
“De novidade apresentamos o martelo Marsh 60 para média e alta pressão, com camisa reversível e o martelo Dominator 600 LV próprio para poços profundos. Do mais, acho que esse evento não atingiu nossos objetivos e estamos avaliando se a Techmonine estará presente no próximo!”.

Javier Jimena – Mark Grundfos
“A participação da Mark Grundfos no evento da ABAS tem por objetivo reforçar toda a tecnologia em baixo consumo de energia de todas as nossas bombas e também apresentar no mercado a aquisição da Mark Business que é um grande fabricante brasileiro de bombas. No mês de março, a Grundfos adquiriu 100% da Mark Business e atualmente estamos passando por um processo de fusão, onde até o final do ano estará em pleno funcionamento com o novo nome Mark-Grudfos. Com isso, a fábrica em São Bernanrdo do Campo, em São Paulo deve se tornar a base para a fabricação de produtos da Mark e também da Grundfos para todo o Brasil e América Latina”.

Valquíria Marques – Cobrasper
“Trouxemos todos os nossos equipamentos, inclusive uma versão melhorada do AIBC que é uma máquina maior e que já perfurou 1.000 metros. Essa nova versão atinge 1.200 metros com uma bomba de pistões”.

Carlos Honorato de Lima – Caimex
“Trouxemos nossa linha de ferramenta para perfuração como martelos e bits, além de trépanos de botões. São produtos de 3” até 24” de diâmetro para todo o tipo de perfuração de poços”.

José Roberto Santiago – Ebara
“O encontro de perfuradores é um evento que a Ebara prioriza dentro dos que ela participa. Com esse evento em particular estamos com três lançamentos: uma Bomba de padrão internacional voltada ao mercado externo e que também será bem utilizada no país; uma linha nacional de bombeadores que atinge vazões até 13 m3/h, além de motores que estamos fabricando no Brasil de onde antigamente importávamos de nossa fábrica na Itália. Essa versão nacional já está disponível no mercado”.

Maraísa Teixeira – Vlaper / Diamante Export
“A Vlaper trabalha com toda a linha de revestimento para poços artesianos de 4” a 8”, tendo o de 6 e 8” no reforçado e as conexões de peças para a perfuração. Por ser um encontro de perfuradores não teve uma grande representatividade da categoria, mas sempre é muito válida a nossa participação”.

Lázaro Gomes – Prominas
“A Prominas acredita que participar dos eventos da ABAS é sempre muito importante para manter o contato com os clientes e divulgar os seus produtos. Dessa vez estamos lançando a sonda R0 que é um equipamento com grande capacidade de perfuração. Essa sonda tem como objetivo atingir perfurações em locais de difícil acesso como garagens de prédios e outros locais. Apesar do movimento ter sido um pouquinho abaixo da expectativa devido à crise financeira do mercado brasileiro, acredito que atingimos nossos objetivos”.

Fernando Silveira – Bombas Vambro
“O evento foi bastante positivo no sentido de termos contatado pessoas de diversas partes do país diretamente ligadas à perfuração de poços. Fabricamos bombas submersas para poços tubulares de 4” e 6”, com pequenas e grandes vazões. Como nossos produtos são nacionais, essa participação foi altamente compensadora devido à qualidade dos profissionais que participaram do encontro. Outra característica importante do nosso produto é a facilidade de manutenção e assistência técnica”.

Luciano Dantas – Ciclo Brocas
“É o primeiro ano que estamos participando de um evento da ABAS. Trouxemos um stand e um container, na verdade, um show-roon que vai viajar pelo Brasil. O show-roon itinerante faz parte de uma estratégia de marketing onde estaremos apresentando cerca de 160 brocas por todas as regiões do país.
Edson Grabile – “Como primeira participação colocamos todo o nosso know how, tudo o que aprendemos em brocas nesse tempo de experiência. Queremos inovar com essa nova empresa, colocando produtos de qualidade e capacidade técnica no segmento de brocas tricônicas.

Carlos Trimer – Johnson Screens
“A Johnson Screens apresentou um curso sobre projetos de poços, além de novidades tecnológicas para resultar em poços mais eficiente e mais produtivos. Participamos da feira mostrando todos os nossos produtos e intensificando o contato com os clientes do estados do Rio de Janeiro e de todo o Brasil

Moysés Macen – Sampla do Brasil
“A Sampla apresentou suas tubulações flexíveis para poços tubulares e reforçamos nesse encontro, o nosso contato com o cliente. Recebemos muitos profissionais que utilizaram o produto e estão bastante satisfeitos com os resultados. Nosso propósito nessa feira foi consolidar parcerias e captar novos clientes.”

David Parré – Corr Plastik
“A gente considera o encontro de perfuradores já uma tradição e estamos mais uma vez buscando a sustentação da nossa marca, assim como novas oportunidades no mercado. Estamos trazendo equipamento para perfuração como as tubulações em PVC, revestimentos e filtros”.

José Paulo Neto – Maxiágua
“Apresentamos mais um produto para perfuração que é o speed cleaner, um agente para reabilitação em leitos filtrantes em ETA´s – Estações de Tratamento de Água. Além dessa novidade reforçamos a idéia de reabilitação de vazão, recuperação de poços e apresentação de resultados novos. Estamos com trabalhos feitos na área de nitratos, com redução de até 31% e também conseguimos um bom resultado na redução de cromo na faixa de 16 a 23%. Nossa empresa está investindo em trabalhos especializados e reforçando a idéia das manutenções simples para buscar a reabilitação dos poços”.

André Araújo – ATOS Automação
“A ATOS tem cerca de 27 anos e atua em diversos segmentos do mercado de automação industrial como manufatura e saneamento. Trouxemos para o segmento de água subterrânea o Aquaview que é um produto destinado a gestão mais eficaz de um poço tubular e a automação dele. Esse produto proporciona um controle mais eficaz do poço, garantindo melhor utilização operacional e aumentando conseqüentemente, a vida útil dele”.

Eugênio Pereira – System Mud
“A System Mud participa ativamente dos eventos promovidos pela ABAS, onde temos a oportunidade de um contato direto com nossos clientes, de onde surgirão muitas parcerias e bons negócios no decorrer do ano. Lançamos no encontro, um produto que está tendo uma alta repercussão - o Supervis - que é um viscosificante com alto poder de discosificação. Acredito que esse produto vai revolucionar os polímeros da área de perfuração, além de um custo-benefício excelente para o perfurador e facilidade de aplicação”.

Francisco Dantas – EBM
“A nossa participação nesse congresso é voltada à divulgação do uso da bentonita no mercado de perfuração, poços artesianos e afins. Tivemos grande contato com geólogos, engenheiros de minas e empresários ligados à especialização desse produto em todo o Brasil”.

Paulo Ribeiro Ratto – Transterra
“A Transterra é uma empresa do Estado do Rio de Janeiro com uma atuação muito grande na região de Petrópolis, com mais de 3 mil poços perfurados na região. É uma empresa antiga que nasceu em 1937 e foi imprescindível a nossa participação num evento realizado na nossa própria cidade, afinal água subterrânea é a exploração do futuro”.

Bruno Costa – Sondadrill
“A Sondadrill está sediada no Rio de Janeiro e foi um dever nosso comparecer num evento dessa natureza para fortalecer ainda mais a imagem da empresa. Como comercializamos materiais de perfuração de poços tubulares, sendo a única empresa a vender equipamentos no estado, tivemos grande satisfação em participar do encontro. Lembro aos leitores que esse ano, a Sondadrill está completando seis anos no mercado e esteve presente em todos os eventos da ABAS”.

Juvani Shoeder – Sidrasul
“A Sidrasul apresentou a linha de ferramental, nosso carro-chefe na empresa. A participação no evento foi muito boa e recebemos muitos clientes das regiões Sudeste e Nordeste. Nossa linha ferramental é fornada por bit´s, martelos e trépanos de botão para percussão. Temos modelos em vários diâmetros e tamanhos”.

Patrícia Gorni – Perfuradores.com
“Desde o surgimento da Perfuradores.com estamos conquistando o mercado e participar do Encontro de Perfuradores significa maior divulgação do nosso portal. O nosso objetivo é intensificar a participação nos eventos e ampliar as parcerias com os profissionais e empresas do setor”.

Eliana Tanembaum – Petrópolis Convencion Visitors Bureau
“Somos uma associação de artesãos recém-formada e esse espaço foi muito interessante porque as pessoas de outros estados puderam conhecer o artesanato de Petrópolis. Nossa luta é a batalha de um espaço para que o turista tenha acesso aos trabalhos manuais, comidas e bebidas típicas. E esse evento foi fundamental para a divulgação da cultura da nossa cidade”.

População tem informações sobre água subterrânea

Evento paralelo contou com 100 pessoas da comunidade e com lançamento de cartilha para usuários de poços tubulares...

Águas Subterrâneas em Nosso Cotidiano, o tema atual e corriqueiro fez parte de um ciclo de palestras desenvolvido pela ABAS, o DRM, a Prefeitura de Petrópolis e o Petrópolis Convention & Visitors Bureau durante o XIII Encontro de Perfuradores de Poços. O evento realizado no Palácio de Cristal teve como objetivo chamar a atenção para os problemas relacionados aos recursos hídricos, no âmbito nacional e local, bem como sinalizar as tendências vinculadas à otimização dos distintos usos da água, com ênfase nas vantagens da utilização das águas subterrâneas para o abastecimento de cidades, indústrias, hotéis, restaurantes, irrigação, entre outras situações. Com a participação de aproximadamente 100 pessoas, a programação incluiu palestras com o Prof. Dr. Aldo da Cunha Rebouças, trazendo a discussão das - Águas no Brasil -, o técnico químico Bruno do Nascimento que falou sobre - Águas em Petrópolis - e com a equipe do DRM - Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro, que abordou o tema - Poços Domésticos: Cuidados e Conservação. “Esse evento paralelo foi uma grande estratégia. A ABAS tem que falar mais ´pra fora´ porque tem falado muito pra si mesma. Nós geólogos, estamos falando sempre com o nosso umbigo e precisamos abrir um canal com a comunidade”, desabafou Rebouças.

Os palestrantes enfatizaram a questão da conscientização sobre o manuseio e o uso adequado da água, além da questão do racionamento, fundamental nos dias atuais. “A água é um bem natural renovável mas é fundamental que enxerguemos que precisa ser preservada e utilizada de maneira adequada, proporcionando o seu uso contínuo para as gerações futuras. Esse simpósio representa a preocupação do nosso município com a questão”, disse Marcos Santiago, Secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Petrópolis.

Cartilha – Aproveitando o ciclo de palestras, o DRM lançou uma cartilha para usuários de poços tubulares visando a saúde pública. A publicação ensina noções para a desinfecção permanente, como se constrói e como se cuida de um poço raso. A cartilha foi lançada em versão preliminar ainda sem o projeto gráfico e do trabalho de adaptação de linguagem, especialmente para o Encontro de Perfuradores de Poços. “O IBGE, no Senso de 2000 informou que existem cerca de 600 mil domicílios aqui no Rio de Janeiro que se abastecem ou com poços domésticos ou com nascentes no próprio terreno. Esses domicílios não possuem água de abastecimento público. Nossa pergunta é: qual a qualidade desse poço que é doméstico e na maioria das vezes raso e captando do freático em locais sem esgoto? Como não há uma preocupação nesse sentido, essa cartilha mostra como prover um poço doméstico com as mínimas condições necessárias de proteção sanitária pra evitar contaminação”, destacou Kátia Mansur, diretora de geologia do DRM.

Núcleo Rio lança revista Águas

O Núcleo Rio de Janeiro da ABAS aproveitou a realização do XIII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços e I Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste para o lançamento da Revista Águas. A publicação vem dar um reforço informativo e de divulgação a ABAS Núcleo Rio de Janeiro, uma entidade com quase oito anos de idade e que a partir de agora intensifica a sua informação. “Essa é uma revista de um núcleo mas com uma visão nacional e vem para estimular ainda mais o setor e trabalhar muito dentro da perspectiva da defesa dos recursos hídricos em todos os seus ângulos. Acredito que é um veículo que vem ajudar a ABAS Nacional e todo o setor a progredir e a se consolidar por sua importância no setor de águas subterrâneas”, afirmou Willian Weber, editor da revista.

São 40 páginas em papel couché e diagramação moderna. A revista tem um foco voltado para questões técnicas e em contrapartida oferece ao segmento mais especializado - meios universitários e aqueles que produzem conhecimento - um informe técnico formado por um encarte de oito páginas que vai circular sempre no centro da revista. O leitor tem a possibilidade de destacar e guardar, sendo um espaço propício para a divulgação do conhecimento. “É uma revista bastante eclética em nível local como também nacional. Como pauta, abordaremos os assuntos gerais de questões hídricas voltadas para os empreendedores, para quem fabrica equipamentos e para quem perfura poços tubulares...”, explicou.

Os interessado em publicar trabalhos ou artigos devem fazer contato com a ABAS Rio de Janeiro pelo telefone (21) 2233-5123.

Estudantes dão lição de bom senso: “Sem água não há vidas...”

Os estudantes da rede municipal de ensino tiveram presença garantida na programação do XIII Encontro de Perfuradores de Poços. A ABAS em parceria com a Prefeitura de Petrópolis, promoveu uma palestra sobre a “A Importância da Água em Nossas Vidas”. O evento aconteceu no Palácio de Cristal, com direito a visita dos alunos pela Feira de Produtos e Serviços do evento. Para os organizadores, o principal objetivo foi mostrar que a água é um bem vital, porém finito e nem sempre é valorizada da forma merecida. “Nossos alunos tem estudado muito sobre águas superficiais e águas subterrâneas, já que esse é o assunto do momento no mundo inteiro. A escassez da água no futuro é um tema interessante, por isso estamos discutindo com os alunos e ao mesmo tempo aprendendo um pouco mais com a participação no Encontro de Perfuradores de Poços”, contou a professora Elizabete Amato de Felipe.

A iniciativa foi tomada porque a população está acostumada a usar e abusar da água, de forma livre, espontânea e inadvertida, desatenta às complexas implicações disso em nossas vidas e no futuro do planeta. As providências devem ser tomadas através da conscientização de crianças, adolescentes e formadores de opinião, podendo minimizar o grave problema da escassez de água que se anuncia. “Preservar é bom. A água é importante porque sem ela não há abastecimento e também provoca o desmatamento”, lembrou o estudante Mateus Honorato, de 9 anos. O amigo Nacipe Jacometto, de 10 anos, concorda e deixa um conselho para profissionais e população: “Água é vida e sem ela não podemos viver! É bom lembrar que a água é muito importante e por isso é preciso saber utilizar, senão um dia vai acabar”

 

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