ABAS e Fiesp vão editar cartilha sobre águas subterrâneas

A ABAS Nacional está firmando uma parceria com a Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, para a elaboração de uma cartilha sobre as águas subterrâneas. A entidade já vem desenvolvendo trabalhos similares noutras áreas como economia de água e reciclagem de lixo. A parceria prevê que a ABAS fique responsável pela elaboração do conteúdo e a Fiesp, pela editoração, impressão e distribuição do material para o seu cadastro de empresários.

A cartilha vai trazer um resumo sobre água subterrânea e poço tubular profundo numa linguagem fácil. Outra proposta é a realização de palestras de curto período, já que serão direcionadas às pessoas que fazem manutenção de poços nas indústrias. Muitas empresas possuem poços que já não têm água de boa qualidade e por isso, procuram pela manutenção em busca de restaurar a produtividade. “Essas palestras vão servir de orientação e esclarecimento sobre legislação e recuperação dos poços tubulares”, explicou Odila Cordeiro, da Acqua Consultoria.

O trabalho será coordenado pelo prof. Dr. Uriel Duarte, que pretende fazer uma adaptação do texto ao Estado de São Paulo, de acordo com a legislação vigente. Depois do esboço, a cartilha será analisada por outros associados, para a formatação final. “A intenção é enviar o material aos outros núcleos para observar se há necessidade de uma adaptação às leis estaduais, onde a cartilha passaria ser válida em todo território nacional”, enfatizou Uriel.

A cartilha é direcionada ao setor de manutenção de poços das empresas, com grande enfoque nos gerentes de manutenção, portanto, trará temas sobre a qualidade da água, os problemas operacionais, legislação e normas para fiscalização do poço.

CONSEMA/SP aprova anteprojeto de lei sobre áreas contaminadas

O Consema - Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado de São Paulo aprovou o texto do Anteprojeto de Lei sobre Proteção da Qualidade do Solo e Gerenciamento de Áreas Contaminadas. A minuta do anteprojeto, concebida por técnicos dos órgãos vinculados à SMA - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, foi submetida à apreciação da sociedade permanecendo, à disposição na Internet para propostas e sugestões de alterações. O documento, que deverá passar ainda pela consultoria jurídica da SMA antes de ser encaminhado ao governador Geraldo Alckmin, que vai decidir pelo seu envio ou não à Assembléia Legislativa, propõe a criação de mecanismos legais para prevenir e responsabilizar os promotores de contaminações, além de definir as formas de gestão em tais áreas para preservar ao qualidade ambiental e a saúde pública. Outra inovação contida no anteprojeto é a criação de um fundo estadual para prevenção e remediação de áreas contaminadas, com provisão financeira para garantir ao poder público os recursos necessários para a recuperação de áreas, cuja responsabilidade pelos danos seja de difícil identificação.

As propostas de alterações no texto original procederam de entidades como a ACPO - Associação de Combate aos POPs, AESAS - Associação Brasileira das Empresas de Diagnóstico e Remediação de Solos e Águas Subterrâneas, Escola Politécnica da USP - Universidade de São Paulo, FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Petrobras e UNESP - Universidade Estadual Paulista, de Rio Claro.

Subcomitê é formado para revitalizar o Arrudas

Durante o seminário de formação do subcomitê da Bacia do Ribeirão do Arrudas, realizado em dezembro, o presidente do Comitê da bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Apolo Heringer afirmou que “a recuperação do Arrudas levará ao rio das Velhas, água com mais qualidade e será fundamental para tirá-lo do CTI”. Formado por três segmentos – governo, empresas e sociedade civil – o subcomitê tem objetivo de resgatar a vitalidade do ribeirão, com caráter consultivo e ações de despoluição. “Até 2009, o rio das Velhas, nas proximidades de Sabará, terá seus peixes de volta”, previu Heringer.

Uma das iniciativas é a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Arrudas, um investimento da Copasa de R$ 100 milhões, mas que opera com 50% de sua capacidade. “As pessoas separaram o esgoto pluvial do doméstico e, assim, parte dele não se destina ao tratamento. É preciso que o poder público dê incentivo aos moradores para misturá-los”, disse Heringer. Ele critica a impermeabilização do solo, que impede a absorção da água e provoca a cheia do Arrudas, contribuindo para as enchentes em dias de chuva. Para o gerente do Porgrama de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (Propam), Weber Coutinho, o problema advém de várias décadas, já que só em 1980 se atentou para a consciência ambiental do município. “O plano diretor da cidade prevê que os lotes devem ter 20% de permeabilidade”, argumentou Coutinho.

Curiosidade

Para alguns poderá parecer alarmista a guerra pela água, com tanta água nos oceanos. É muita mesmo, mas água que, em termos de potabilidade, não atende às necessidades do homem. Daí a busca por água doce até nas profundezas dos oceanos. Pensando em um futuro - bem mais próximo do que muitos imaginam -, no qual a água na terra estará ainda mais escassa, atingindo níveis críticos e sendo vendida, literalmente, a peso de ouro, uma equipe de pesquisadores arregaçou as mangas e - em julho do ano passado, entre Menton (França) e Vintimille (Itália) -, fez com que viesse à superfície água de fonte, captada a 36 metros de profundidade, através de uma operação que batizaram com o nome Nymphea. Tal operação, afirmam eles, possibilitará o bombeamento, do fundo do mar, de até 100 litros de água potável por segundo!

No início dos anos 1980, em território italiano, fora descoberta a existência da fonte de água doce, em pleno mar, a 800 m ao longo da Mortola. Contudo, tratando-se de uma fonte submarina para a captação industrial, onde foram necessários três anos de pesquisa e de desenvolvimento. Em 1999, a Nymphea Water realizou uma primeira experiência objetivando a captação de água da fonte. A empresa especializou-se na exploração da produção de fontes de água doce submarinas e é filial do grupo GEOCEAN, empreendedor de trabalhos marítimos associado à COMEX. Thierry Carlin, diretor geral da Nymphea Water, afirma que “a água captada pode tornar-se potável após um pequeno tratamento”, contudo, mesmo não tratada, “já poderá ser usada para a agricultura”, o que, convenhamos, tem um valor inestimável.

Um tubo em aço inoxidável, chamado “tulipa” pelos pesquisadores, em razão de sua forma, capta a água na base da fonte. A “tulipa” foi fixada sobre um soclo (em arquit., base quadrangular, destinada a sustentar estátuas, etc.) a 36 m de profundidade, no ponto em que a fonte jorra no fundo do mar. Chegando à superfície, a água se espalha pela extremidade da “tulipa”, em uma bacia em forma de flor aberta. Num primeiro momento, a água da fonte poderá ser recuperada no próprio mar para, depois, em tempo a ser ainda determinado, ser encaminhada para um reservatório na costa.

O projeto foi financiado por Jean-Claude Guibal e Giorgio Valfre, respectivamente prefeitos de Menton e Vintimille, interessados em desenvolver e diversificar seus recursos hídricos. A colocação do soclo no fundo do mar foi inaugurada em 15 de julho. O navio oceanográfico Minibex, da Comex, foi a base a partir da qual foram realizadas as operações.

Essa inovação tecnológica, segundo a Nymphea Water, “abre perspectivas consideráveis, face à penúria em que, por falta de água, vivem numerosos países que possuem, sem o saber, essa riqueza proveniente do fundo dos mares”.

Fonte: abas.org

Sede quer maior participação dos núcleos regionais

“Em função da extensão territorial do Brasil e a ABAS ser uma associação nacional, não há gestão positiva sem a integração dos núcleos”,

avisou o presidente da ABAS, Joel Felipe Soares. A entidade passou por muitos avanços no ano passado, mas em 2004 as atenções estão voltadas para uma aproximação maior entre os núcleos e a sede. Essa meta é importante para se obter ações mais efetivas, quando se fala em termos de água subterrânea e perfuração de poços. “Hoje, em função das dificuldades no abastecimento e da escassez da água, a água subterrânea vem ocupando um espaço maior, então precisamos estar atentos a essa questão. Eu pretendo promover uma integração entre sede e núcleos cada vez mais efetiva, com fórmulas para que todos os presidentes de núcleos estejam juntos ao menos três vezes durante o ano. Esse é um objetivo para que a gente possa realmente trabalhar em prol da água subterrânea”, avisa.

Redução - Se comparado com 2002, o ano de 2003 teve uma leve diminuição do ponto de vista de sócios individuais. Já os sócios coletivos aumentaram de 167 para 178, mas o associado individual caiu de 623 para 461. “Na realidade a queda dos sócios individuais ocorreu não naquelas categorias de estudantes e honorários, isso até aumentou, mas na quantidade de associados em cada núcleo”, explicou Fernando Cordeiro, da ABAS Sede.

No Núcleo Amazonas, por exemplo, o número de associados caiu de 35 para 19 associados e na Bahia a queda foi 59 para 45 sócios. Também houve caso de aumento, como o núcleo Centro Oeste que pulou de 36 para 52. “É interessante publicar essa situação, para as pessoas acordem para a realidade da ABAS”, desabafou.

Frente Parlamentar em Defesa das Águas foi lançada na Câmara

Foi lançada no final de dezembro, a Frente Parlamentar em Defesa das Águas, criada para promover debates e discussões sobre o uso e preservação dos recursos hídricos. A iniciativa conta com o apoio de vários movimentos sociais e a Frente Parlamentar será formada por 91 Deputados. A Frente, que é presidida pelo Deputado Odair José Cunha (PT/MG), tem por objetivo a definição de uma política integrada com os entes federativos, promovendo o debate com a sociedade civil organizada, prefeitos, vereadores, governos estaduais, ong’s, comitês de bacias e demais atores sociais ligados ao tema, tendo em vista o caminho rumo ao desenvolvimento sustentável.

O Secretário de Recursos Hídricos, João Bosco Senra, representou a Ministra Marina Silva e falou sobre a importância da Frente Parlamentar no contexto da Política Nacional de Recursos Hídricos. Na Câmara já foram apresentados 209 Projetos de Lei sobre o tema “Água”. O Deputado Odair José, que coordenou o movimento, disse que a Frente Parlamentar vai trabalhar de forma articulada com o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH/MMA).
Fonte: SRH/MMA-Notícias

Petrobras é processada por contaminação em SP

A Promotoria do Meio Ambiente, em Jaguariúna, processou no final do mês passado a Petrobras pela contaminação do solo e lençol freático de uma área na zona rural de Santo Antônio de Posse (150 km a norte de São Paulo), onde funcionava o Aterro Industrial Mantovani. A Promotoria alega que 35% (cerca de 60 mil toneladas) de quase a metade do lixo depositado no aterro é de responsabilidade da estatal. No total, foram depositados na área 320 mil toneladas de lixo, a maior parte tóxica, entre 1974 e 1987. O lixo gerou a contaminação do lençol freático por substâncias como o dicloroetano, comprovadamente cancerígena. A responsabilidade da Petrobras foi descoberta no depoimento de Luiz Geraissati, ex-executivo da Ibrasol, um pool de seis empresas das quais duas depositavam resíduos, como borra ácida e terra Fuller, no aterro. As empresas prestavam serviços para a Petrobras na década de 80, período em que o aterro funcionava. Elas tratavam, entre outros produtos, gasóleo asfáltico para a estatal e depositavam os resíduos no aterro. Geraissati apresentou contratos de prestação de serviço firmados na época com a Petrobras, mas a estatal negou responsabilidade sobre o depósito de resíduos no aterro. A Petrobras foi intimada no último dia 25 de novembro a integrar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em que participam 48 empresas, mas se negou a assinar o documento.

Outro lado - A Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não reconhece nenhuma responsabilidade sobre a contaminação no Aterro Industrial Mantovani, pois não utilizou o depósito. A empresa disse que ainda não foi informada oficialmente sobre a inclusão na ação civil pública, mas adiantou que manterá sua posição quanto à isenção de responsabilidade no caso. A estatal confirmou ter mantido contrato com a Ibrasol para o processamento de um subproduto comercializado posteriormente pela BR Distribuidora.

Fonte: Folha On Line

Ceará vai aplicar mais R$ 15 milhões em obras de saneamento

O Governo do Estado aplicará, nos próximos meses, R$ 15 milhões em obras de abastecimento d’água, coleta de esgoto e melhoria sanitária domiciliar. Os recursos são oriundos do projeto Alvorada e foram disponibilizados por meio do convênio 39/2001, firmado entre os governos Estadual e Federal, por meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O projeto, executado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), atende aos 31 municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A prioridade, segundo o coordenador de Saneamento Ambiental da Secretaria da Infra-estrutura do Estado (Seinfra), Mário Fracalossi, é concluir as obras em estágio mais avançado. O convênio tem valor total de R$ 110 milhões, dos quais R$ 40 milhões já foram aplicados desde seu início, em 2001. No ano passado, foram investidos R$ 12 milhões, em 10 municípios. Para este ano, serão retomados os serviços em parte das 21 cidades restantes.

Fonte: Publicação do Governo do Estado do Ceará

Pesquise no abas.org

Os associados interessados nos materiais distribuídos em congressos e encontros realizados pela Associação de Água Subterrânea, podem fazer a solicitação através do site www.abas.org. A entidade disponibiliza revistas, jornais, anais, CD’s entre outros produtos..

O portal abas.org oferece uma diversidade em artigos técnicos, estudos científicos, clipping de reportagens atualizadas e informações gerais sobre o mercado de águas subterrâneas.

ABAS sugere mudanças nas normas ABNT

A ABAS está compilando uma série de sugestões e dados técnicos para propor mudanças e uma nova redação das normas ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. No ano passado, a ABAS convocou os associados e núcleos que apontaram sugestões para a mudança de vários itens existentes na atual norma. A entidade recebeu um total de sete sugestões que estão sendo compiladas e analisadas por uma comissão formada pelos associados Cláudio de Oliveira, do Núcleo Rio Grande do Sul e Rodrigo Ribeiro Ratto, do Núcleo Rio de Janeiro. “Como são duas mãos de projeto de construção, vamos compilar todos esses dados para fazer uma redação única e logo depois submeter à apreciação da diretoria”, explicou Cláudio

 
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