ABAS intensifica ações para qualificação das empresas perfuradoras...

Um total de 14 empresas de perfuração já estão credenciadas em todo o Brasil, a ABAS porém, está investindo em ações para aumentar o número, ainda pequeno frente as mais de mil empresas existentes no país. Desta maneira iniciou-se um movimento de conscientização e informação para a sociedade brasileira, sobre as vantagens do Sistema de Qualificação das Empresas com Atividades em Hidrogeologia e Águas Subterrâneas. Através dele, as empresas são certificadas quanto as suas condições de atuar tecnicamente dentro dos preceitos estabelecidos pelas Normas da ABNT. A certificação culmina com a emissão pela ABAS de um SELO DE QUALIDADE, que tem como objetivo a difusão da importância do poço tubular profundo construído dentro dos melhores padrões técnicos.

Os auditores já credenciaram 14 empresas em todo o Brasil. São elas: Jundsondas Poços Artesianos (Jundiaí/SP), Uniper Hidrogeologia e Perfuração (Araraquara/SP), Hidrogeo Perfurações (Bauru/SP), Saiágua Poços Artesianos (Jundiaí/SP), Constroli Projetos e Construções (Garça/SP), DH Perfuração de Poços (São Paulo/SP), Iguaçu Poços Artesianos (Cascavel/PR), Hidropel Hidrogeologia e Perfurações (Curitiba/PR), Proágua Perfurações (Teresina/PI), Aquageo Projetos e Perfurações (Simões Filho/BA), Garça Poços Artesianos e Construtora (Boituva/SP), Hidrogeo Perfurações (Canoas/RS), Hidro Dourados Poços Artesianos (Dourados/MS) e Hidropoços Ltda (Belo Horizonte/MG).

Esse mês vamos conhecer o perfil de outras duas empresas a conquistarem o Selo de Credenciamento: Hidrogeo e Saiágua.

Empresa: Hidrogeo Perfurações Ltda

Fundada em 1984 no município de Bauru, em São Paulo, a empresa é administrada por Moacir de Cassia Pita e se preocupada com a qualidade da perfuração de poços tubulares e a preservação do meio ambiente. A empresa participa efetivamente desde 1995 do PGQP - Programa Gaúcho da Qualidade e da Produtividade tendo obtido neste período reconhecido progresso no seu modelo de gestão administrativa, operacional, marketing e vendas. A Hidrogeo possui 9.200 m2 de construção com moderno escritório para gestão administrativa, operacional, marketing e vendas. A empresa possui completa oficina para execução de manutenções dos equipamentos, área para treinamento, alojamento para funcionários, frota de veículos, sondas rotativo-pneumáticas e compressores de alta pressão, sonda percussora e equipamentos de manutenção preventiva e corretiva.

A Hidrogeo está credenciada como empresa especializada na construção de poços em rochas cristalinas até 500 metros de profundidade, construção de poços em rochas sedimentares até 800 metros de profundidade e instalação de conjuntos de bombeamento e manutenção de poços tubulares profundos, maior que 45 kW (60HP).

A Hidrogeo também está credenciada como empresa de consultoria e serviços em hidrogeologia e águas subterrâneas, estudos hidrogeológicos; locação e projeto técnico-construtivos de poços tubulares profundos, além de licenciamentos e outorgas de obras e serviços.

Empresa: Saiágua Poços Artesianos Ltda.

Com 18 anos de experiência, a Saiágua está localizada na cidade de Jundiaí, em São Paulo, devido à sua posição estratégica atende clientes das mais diversas localidades. A empresa possui profissionais altamente treinados e qualificados para solucionar quaisquer problemas resultantes da captação de água. Nos últimos anos investimos a empresa vem investindo em novos equipamentos e acessórios. São mais de 200 poços perfurados no currículo.

A Saiágua está credenciada como empresa especializada na construção de poços em rochas cristalinas até 500 metros de profundidade, construção de poços em rochas sedimentares até 300 metros de profundidade e instalação de conjuntos de bombeamento e manutenção de poços tubulares profundos, maior que 45 kW (60HP).

A Saiágua também está credenciada como empresa de consultoria e serviços em hidrogeologia e águas subterrâneas, estudos hidrogeológicos; locação e projeto técnico-construtivos de poços tubulares profundos, além de licenciamentos e outorgas de obras e serviços e fiscalização e gerenciamento de obras e serviços.

Recursos hídricos subterrâneos são tema de pesquisa na UFSC

Os recursos hídricos subterrâneos de Santa Catarina estão sendo contaminados. Esta é a conclusão de dois trabalhos de Pós-Graduação em Geografia da UFSC, que avaliaram a qualidade das reservas hídricas dos aquíferos Serra Geral e Guarani, na Região Meio-Oeste, onde a prática da suinocultura é bastante comum, e dos aquíferos Rio Bonito e dos Leques Aluviais da Região Sul, caracterizada pela intensa poluição devido à exploração carbonífera e a rizicultura. A dissertação de Mestrado de Cícero Augusto de Souza Almeida, com o título: “Hidrogeoquímica e Vulnerabilidade dos Aqüíferos Serra Geral e Guarani”, revela que o nível de água dos aqüíferos vem subindo por causa dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Itá e Machadinho. Isso mostra a vulnerabilidade dos aqüíferos especialmente em áreas mais fraturadas, já que a água das barragens pode estar sendo contaminada por agrotóxicos e por dejetos suínos que são depositados em fossas (esterqueiras) sem estrutura para evitar a infiltração. Segundo o orientador do projeto, professor Luiz Fernando Scheibe, análises de água retirada de poços profundos, especialmente do aqüífero Serra Geral, já revelaram contaminação por dejetos suínos. “A possibilidade de a contaminação chegar até o aqüífero Guarani através de fraturas é preocupante. Nem tanto pelos organismos ligados aos dejetos suínos, que podem ser parcialmente depurados pelas rochas porosas do aqüífero, mas pelos nitratos e pelas frações dos agrotóxicos que não são depuráveis e por isso se acumulam. Isso dificultaria o futuro uso dessa água para consumo humano”, explica o professor Scheibe. Já a tese de doutorado de Antonio Silvio Jornada Krebs, na Região Sul de Santa Catarina, faz parte dos estudos realizados pelo Laboratório de Análise Ambiental do Departamento de Geociências da UFSC no projeto “Análise Ambiental da bacia hidrográfica do Rio Araranguá - Subsídios para a Gestão”, que tem apoio do CNPq e da FUNCITEC. Esta região tem a mineração do carvão como uma de suas principais atividades econômicas, e também é marcada por uma grande planície de cascalhos de fácil absorção de água. A mineração atual e os seus rejeitos antigos são responsáveis pela contaminação dos recursos hídricos, através da poluição de mananciais de superfície e subterrâneos. A atividade também provoca o rebaixamento de terrenos e do lençol freático; a poluição atmosférica e o desmatamento de extensas áreas, mineradas a céu aberto ou usadas como depósitos de rejeitos de carvão. No restante da bacia hidrográfica, os elementos mais agressivos à qualidade e disponibilidade das águas são as culturas do fumo e do arroz irrigado, com intenso uso de adubos e agrotóxicos. As plantações de arroz irrigado, ocupando a maioria das planícies, constituem hoje um dos fenômenos mais visíveis da transformação da paisagem, junto com a mineração de insumos para a cerâmica.

Inf: (48) 331 8813 ou scheibe@cfh.ufsc.br

 
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