Recuperação de aqüíferos é tema de palestra na Bahia A recuperação dos aqüíferos contaminados no Brasil foi tema da palestra realizada em Salvador (BA), no auditório do CRA - Centro de Recursos Ambientais, órgão estadual de meio ambiente da Bahia, dentro da programação da série “Quintas Ambientais”. O palestrante foi o geólogo Marcelo Alarsa, especialista em diagnóstico ambiental de aqüíferos em áreas industriais. O título da palestra é “Biorremdiação - Aplicação da Técnica e Controle dos Aqüíferos Contaminados do Brasil”. Marcelo Alarsa abordou a conceituação técnica de biorremediação; porque e quando a mesma deve ser aplicada; tipos de contaminantes passíveis de serem remediados; condições naturais existentes no subsolo e aqüíferos tropicais para a ocorrência dos processos de biorremediação; testes de laboratórios necessários ao conhecimento das condições instaladas e potenciais de biorremediação de um site, ensaios de bioestimulação; aplicação dos conceitos e resultados de laboratório para sistemas em larga escala; ganhos ambientais e financeiros com a utilização de processos de bioestimulação in situ; desafios e dificuldades para aplicação dessa solução no Brasil. A série Quintas Ambientais foi criada há três anos pelo CRA e compõe-se de palestras abertas ao público, seguidas de debate, realizadas sempre na última semana de cada mês. Têm o objetivo de propiciar a reflexão e a discussão das questões ambientais entre o corpo técnico do CRA, e também da Semarh, representantes de outros órgãos públicos, organizações não-governamentais, empresas, comunidade acadêmica e os interessados em geral. Os temas são abordados por especialistas e personalidades de relevo em suas áreas de atuação, com profundo conhecimento da temática ambiental e sua interação com outras áreas do conhecimento, dando ao evento um caráter multidisciplinar. Aqüífero - É uma formação
geológica, formada por rochas permeáveis seja pela porosidade
granular ou pela porosidade fissural, capaz de armazenar e transmitir
quantidades significativas de água. O aqüífero pode
ser de variados tamanhos. Eles podem ter extensão de poucos quilômetros
quadrados ou milhares de quilômetros quadrados, ou também,
podem apresentar espessuras de poucos metros a centenas de metros. Quando
a unidade aqüífera é formada por mais de uma formação
geológica, com características hidrogeológicas
semelhantes, são chamados de sistema aqüífero. Poços artesianos causam polêmica em Porto Alegre Empresas perfuradoras devem pedir licença para realizarem a perfuração de poços Na início do mês, foi realizada em Porto Alegre, uma reunião entre diversos promotores do estado ligados à área ambiental. O encontro teve como pauta a situação irregular em que se encontram os poços artesianos localizados nas áreas urbanas dos municípios do Rio Grande do Sul, onde existe rede pública de abastecimento. Conforme o promotor Paulo Cirne, representante de Passo Fundo no debate, nenhuma medida definitiva sobre o assunto foi tomada, mas alguns encaminhamentos foram feitos. “É um assunto polêmico”, afirma. Em um primeiro momento, a discussão ocorreu apenas entre os promotores, e após, foi estendida à representantes da Corsan e do Departamento de Recursos Hídricos do estado. O Departamento de Recursos Hídricos foi questionado sobre sua atuação na identificação dos poços artesianos e adoção de procedimentos administrativos para solucionar o problema, evitando assim que qualquer irregularidade possa vir a ser alvo de processo judicial. “Assim, foi dado um prazo para que o DRH da secretaria estadual do Meio Ambiente se manifeste sobre as medidas a serem adotadas para resolver essa questão. Conforme a forma de trabalho adotada e, se necessário, um exame também poderá ser feito através do Ministério Público e da Corsan, responsável pelo abastecimento da rede pública de água”, salienta o promotor. Em relação à possível abertura de novos poços artesianos, um consenso ficou estabelecido entre os promotores. “A abertura de poços artesianos na área urbana é ilegal”, afirma Paulo Cirne, “por isso é preciso ser feito um trabalho de esclarecimento”. As empresas de perfuração que não apresentarem licença ou decisão judicial que ampare a perfuração poderão cometer crime ambiental, é o que consta no artigo 60 da Lei sobre Crimes Ambientais, como explica o promotor. Uma nova reunião será marcada e os promotores esperam a apresentação das medidas a serem tomadas pelo Departamento de Recursos Hídricos, principalmente sobre os poços já existentes. |
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