Minas sedia encontro brasileiro de estudos do Carste

A ABAS está apoiando o CARSTE 2004 - Encontro Brasileiro de Estudos do Carste, o primeiro evento a reunir toda a comunidade científica que lida com estudos em cavernas e regiões cársticas. No Brasil, os trabalhos ligados ao carste encontravam-se, tradicionalmente, dispersos em vários encontros e congressos de entidades diversas, tanto relacionadas ao meio físico quanto biótico. O CARSTE 2004 pretende reunir, em um único evento, todos os interessados na crescente e importante área de pesquisa dessas regiões. O evento será realizado em Belo Horizonte, situada a 40 km do clássico carste de Lagoa Santa, berço dos estudos científicos em cavernas brasileiras e área com o maior número de cavernas conhecidas no país (cerca de 600). A beleza, as particularidades científicas e os problemas ambientais do carste de Lagoa Santa serão enfatizados através de uma série de excursões técnico-científicas.

O encontro terá como tema a geologia, biologia, impactos e manejo em ambientes cársticos brasileiros. Entre os temas, Geomorfologia e hidrologia de terrenos cársticos; Recursos hídricos em regiões cársticas; Paleoclimas através de registros cársticos; Gênese de cavernas; Biologia subterrânea; Arqueologia e Paleontologia em áreas cársticas; Impactos ambientais em regiões cársticas; Manejo de regiões cársticas; Análise histórica das pesquisas cientificas no carste.

Os trabalhos podem ser apresentados oralmente ou através de painel (poster). As apresentações orais terão a duração de 15 e deverão enfocar aspectos de interesse geral dentro da área de pesquisa, os quais suscitem discussão. Já os trabalhos predominantemente descritivos deverão ser apresentados como painéis. O CARSTE 2004 terá uma limitação de 150 inscrições. Mais informações pelos telefones (31) 3499-4454 e 3293-2918.
E-mail carste2004@redespeleo.org.

Cetesb avalia a água subterrânea

A qualidade da água subterrânea extraída dos seis principais aqüíferos do Estado pode ser considerada “excelente”. O relatório divulgado nesta quinta pela Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental) mostrou que 90% das amostras colhidas em 162 pontos monitorados nos últimos três anos obtiveram o conceito. As 10% restantes foram classificadas como “aceitável” e, segundo o relatório, basta um tratamento convencional à base de flúor para que possa ser consumida. As análises foram feitas a partir da água retirada de poços tubulares espalhados pelo Estado. De acordo com a Cetesb, o Grande ABC não possui nenhum ponto de monitoramento, mas até o fim do ano a companhia pretende incluir a região na rede de acompanhamento. “A medição na Região Metropolitana de São Paulo ainda é recente, começamos no ano passado. Mas é um ponto de honra para nós estender a medição até a região”, afirmou Cláudio Luiz Dias, gerente do setor de solo e água subterrânea da Cetesb.

Apesar de o relatório não apresentar dados específicos sobre a região, a qualidade das águas subterrâneas do Grande ABC também é excelente, de acordo com Elcio Linhares, diretor-técnico de áreas subterrâneas do Daee (Departamento de Águas e Energia do Estado). “A água retirada da maioria dos poços da região pode ser bebida in natura”, disse. A região abriga cerca de 500 poços outorgados pelo Daee, órgão responsável por autorizar o uso da água depois de avaliar as condições de vazão e do entorno do solo perfurado. Só São Bernardo tem a metade deles, a maioria localizada na bacia do ribeirão dos Couros. Em toda a Grande São Paulo,são cerca de sete mil poços.

Ele acrescentou que a vazão dos poços é muito pequena, se comparada à de outras localidades, porque a extração é dificultada pelo tipo de solo, de formação rochosa. “Em Santo André, por exemplo, a média de vazão não é maior que 15 m³/hora. Em Guarulhos, cuja formação arqueológica é sedimentar, pode chegar a 100 m³/hora”, afirmou. A baixa vazão nos poços do Grande ABC é a principal razão para se denunciar a abertura de poços clandestinos e criar áreas de restrição para novas perfurações, segundo Linhares. “Só na Região Metropolitana temos mais de cinco mil poços clandestinos. Isso impede que a exploração do aqüífero seja controlada. Numa região como o Grande ABC, a água subterrânea pode ser usada como complemento ao abastecimento feito com a água dos rios”, finalizou.

Texto: Illenia Negrin

Mapa indica melhores locais para prospecção de
água subterrânea em Lindóia

O mapa, resultado de uma pesquisa de doutorado do Instituto de Geociências, poderá ser usado para se saber os locais onde a perfuração deverá ser feita para encontrar água

Um mapa com as melhores áreas para a prospecção de água subterrânea na região que abrange as cidades de Serra Negra, Águas de Lindóia, Lindóia, Socorro, Itapira e Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, é o resultado da pesquisa de doutorado da geóloga Vanessa Madrucci. O mapa indica as áreas de favorabilidade para a ocorrência de água subterrânea numa escala de 0 (não favorável) a 10 (excelente) e poderá ser usado para se saber os locais onde a perfuração deverá ser feita. A região possui várias estâncias hidrominerais e empresas mineradoras e foi escolhida para análise pela grande quantidade de dados disponíveis. Segundo Vanessa, os locais de perfuração são escolhidos, na maioria das vezes, aleatoriamente, tanto por pequenos sitiantes como pelas mineradoras. “São poucas as que contratam serviços de geofísica para saberem onde a perfuração deve ocorrer para o poço ser produtivo”, conta. “Além disso, as empresas perfuradoras cobram por metro perfurado e não se responsabilizam caso não encontrem água”.

A pesquisadora explica que o local está situado sobre rochas fraturadas. Esse tipo de rocha ocupa um terço do País, principalmente a costa Leste de São Paulo e do Rio de Janeiro. “O problema de se encontrar água subterrânea neste meio, é que a água fica armazenada em fraturas (abertas), muitas vezes interconectadas. Se o poço não for perfurado nestas áreas fraturadas, certamente não será produtivo”, conta Vanessa, cuja pesquisa de doutorado será apresentada no segundo semestre ao Instituto de Geociências da USP. A orientação é do professor Fábio Taioli, do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental. Metodologia Para chegar ao resultado final de sua pesquisa, Vanessa utilizou dados geológicos e geomorfológicos da região, entre outras informações. Também gerou mapas de lineamentos estruturais (que correspondem a feições lineares de relevo e drenagem), de densidade de lineamentos e de morfoestruturas, todos fotointerpretados por meio de imagens de satélite. Também analisou dados aerogeofisicos, mapas de drenagem e fotografias aéreas.
Todo esse material foi comparado com a produtividade de poços e fontes locais conseguidos junto a empresas, órgãos oficiais e à população. A idéia era estabelecer os parâmetros que influenciavam na produtividade dos poços. “Percebemos que os mais produtivos estavam situados a até 200 metros dos lineamentos e que as melhores fraturas estavam na direção Nordeste (NE) e Norte- Sul (N-S)”, conta a pesquisadora.

Todas as informações coletadas foram inseridas em um Sistema de Informação Geográfica. Foram dados pesos em ordem de importância para os diversos parâmetros e utilizando-se técnicas de geoprocessamento gerou-se o mapa de favorabilidade. Comprovação dos dados Para comprovar a exatidão desse mapa, Vanessa utilizou novos dados de produtividade de poços que não haviam sido utilizados na etapa de avaliação dos parâmetros prospectivos. “Essa comparação mostrou que houve coincidência entre a informação do mapa e a produtividade dos poços.” Além disso a pesquisadora analisou em detalhe duas áreas produtivas em Lindóia e Serra Negra que, segundo o mapa, indicavam excelente favorabilidade para prospecção. Foram realizados levantamentos geofisicos de eletrorresistividade que comprovaram que fraturamentos de direções Nordeste e Norte Sul são os mais favoráveis para acumulação de água subterrânea. “Isso indica que o mapa é um recurso seguro para a prospecção de água na região.”

“Percebemos que os [poços] mais produtivos estavam situados a até 200 metros dos lineamentos e que as melhores fraturas estavam na direção Nordeste (NE) e Norte-Sul (N-S)”.
Fonte: http://www.usp.br/agen/

Estados terão recursos para mapear contaminação tóxica
produzida por indústrias

O MMA - Ministério do Meio Ambiente - vai abrir uma linha de financiamento por meio de recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente para que os estados possam se candidatar ao trabalho de identificação, quantificação e mapeamento dos sítios contaminados com substâncias tóxicas, produzidas por indústrias químicas. A finalidade é buscar uma solução para evitar e combater a produção na maioria dos países do mundo.

O Brasil aderiu à Convenção e passou a ser o 50º país a ratificar o documento. O tratado internacional foi assinado em 23 de maio de 2001 por mais de 100 países que concordaram em proibir a produção e o uso de substâncias tóxicas, os chamados Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs). O documento apresenta uma lista de doze substâncias perigosas, entre elas, pesticidas e produtos químicos, como o DDT, que são diariamente introduzidos no meio ambiente e por conseqüência, no organismo humano.

Em 2001, o Brasil pediu a inclusão da substância heptacloro (conservante para madeira) na lista de exceções de produtos tóxicos proibidos. Segundo a secretária de Qualidade Ambiental do MMA, Marijane Lisboa, o pedido foi feito inadequadamente antes da assinatura e ratificação da convenção e atualmente não há razões para mantê-lo, porque existem outras técnicas para tratar de conservantes de madeira.

Dentre as 12 substâncias proibidas, as dioxinas e os furanos são mais perigosas em relação à toxicidade, porque são sub-produtos resultantes não intencionalmente da produção de outros produtos químicos. “Essas substâncias terão de ser eliminadas gradativamente, mas, para isso, será preciso estudar como substituir os produtos dos quais elas são geradas. É perfeitamente possível deixar de produzir substâncias tóxicas, reduzir e tratar grande parte dos estoques acumulados e ainda investir em pesquisas de tecnologias adequadas”, disse a secretária.

Fonte: Agência Brasil

II Encontro Técnico de Águas Subterrâneas

O Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH) e a Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CTAS) promoveram o II Encontro Técnico de Águas Subterrâneas. O evento aconteceu no dia 30 de abril, na UNESP - Universidade Estadual Paulista de São José do Rio Preto. Entre as discussões, temas como Unidades Hidroestratigráficas do Grupo Bauru na região de São José do Rio Preto, debatido por Flávio de Paula e Silva, do IGCE-Unesp.

Os temas em destaque foram a apresentação da deliberação CRH que “estabelece diretrizes e procedimentos para a definição de áreas de restrição e controle da captação e do uso das águas subterrâneas”, ações dos órgãos gestores (DAEE/CETESB) na região e informe das atividades da Câmara Técnica Nacional de Águas Subterrâneas, por Dorothy Casarini. O evento teve apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Turvo-Grande.

Souza recebe título de doutor em hidrogeologia

O conselheiro e ex-presidente da ABAS, João Carlos Simanke de Souza obteve o título de Doutor em Hidrogeologia pelo Instituto de Geociências da USP – Universidade de São Paulo. A banca examinadora foi composta por nomes ilustres como o Dr. Luiz Roberto Cottas (UNESP), a orientadora Dra. Annkarin Aurélia Kimmelmann e Silva, Dr. Ricardo Hirata (USP), Dr. Flávio de Paula Silva (UNESP) e Dr. Aldo da Cunha Rebouças (USP). Na foto, o doutorando em pose ao lado dos seus examinadores. Sucesso!

 

ABAS incentiva publicação de trabalhos em revista técnica

A revista Águas Subterrâneas está recebendo trabalhos para nova edição. A publicação estará disponível no Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, que acontece em Mato Grosso. A revista é destinada à divulgação de artigos científicos, relatórios, notas técnicas e comunicações sobre Hidrogeologia e outros temas pertinentes.

Envio de Trabalhos – Os trabalhos devem ser enviados a ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas - em três cópias impressas contendo apenas o título e o texto completo, juntamente com uma página separada onde constem o título do trabalho, nomes, endereços e instituições dos autores. É importante anexar declaração de que os autores estão dispostos a aceitar as recomendações dos relatores e confirmando que o trabalho não será submetido para publicação em nenhum outro veículo enquanto estiver sendo avaliado pelo Corpo Consultivo da revista. Já os trabalhos publicados em anais de congressos, simpósios, etc., poderão ser enviados desde que se informe ao corpo consultivo em quais eventos foram publicados e se foram revisados e ampliados pelos autores.

Antes da impressão, o Corpo Consultivo também enviará provas dos trabalhos aos autores para verificação de erros. Lembrando que nesta etapa, não serão aceitas quaisquer alterações no texto.

Artigo do ABAS informa ganha destaque em informativo universitário

O artigo da pesquisadora Luciana Viana Amorim e do geólogo Eugênio Pereira publicado na última edição do ABAS informa virou notícia no informativo do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), da Universidade Federal de Campina Grande. O informativo circula em todo o âmbito da UFCG e é de grande importância, pois é um veículo de divulgação também dos trabalhos de professores, pesquisadores e alunos da instituição. O artigo foi publicado da seguinte maneira:

“Pesquisadora da UFCG tem artigo publicado pela ABAS

O ABAS informa, boletim informativo da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, edição de março de 2004, número 147, publicou em suas páginas o artigo intitulado “Bentonitas da Paraíba: a exaustão de uma riqueza brasileira”, de autoria da pesquisadora Luciana Viana Amorim, que terminou o doutorado em Engenharia de Processos do CCT/UFCG. No artigo foi mostrado um panorama das argilas bentoníticas do Estado da Paraíba, com suas variedades e a situação atual de suas minas. Também foi apresentado pela pesquisadora, as linhas de pesquisa em andamento na UFCG, com as argilas bentoníticas do município de Boa Vista-PB. O artigo teve a colaboração do geólogo Eugênio Pereira, diretor técnico da System Mud Indústria e Comércio Ltda. e pode ser consultado através da página eletrônica: www.abas.org.br.

As pesquisas são realizadas no laboratório de Referência em Dessalinização – LABDES e têm apoio financeiro, dentre outros, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e da Agência Nacional do Petróleo - ANP, através do Programa de Recursos Humanos (PRH 25).

Recursos Hídricos são notícia

A Câmara Técnica de Águas Subterrâneas debateu, nos dias 19 e 20 abril, proposta de Resolução destinada a promover ações de integração entre a pesquisa e a lavra de águas minerais termais, gasosas, potáveis de mesa ou destinadas a fins balneários, e a gestão de recursos hídricos. Hoje, a exploração de águas minerais se dá mediante a emissão de uma Portaria de Lavra pelo departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, além de licenciamento ambiental, emitido por órgãos ambientais nos estados. A proposta da câmara técnica não desconsidera a legislação específica hoje existente para recursos minerais, mas mostra indissociável a interconexão da gestão do aproveitamento destes com a gestão dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, já que dependem de ciclos naturais para se renovar. A discussão da proposta de Resolução ainda não foi encerrada. Tão logo isso ocorra, o texto será enviado à Câmara Técnica de Assuntos Legais e Institucionais - CTIL, que deliberará sobre os aspectos legais da proposta, para então ser submetida ao plenário do CNRH. A câmara técnica também encaminhará ao Conselho, por intermédio da CTIL, um pedido de alteração do artigo 17 do PL 1616/1999 – que dispõe sobre a gestão administrativa e a organização institucional do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Com a alteração, o artigo, além de especificar procedimentos com relação à água subterrânea, afirmará que as águas minerais devem ter sua gestão integrada com a do uso de recursos hídricos.

O relator da câmara é Sebastião Domingos e o seu e-mail:
sebastiao.oliveira@mma.gov.br

Grupo virtual de geologia

Um Grupo de Oportunidades Geológicas foi criado com o objetivo da divulgação de cursos, palestras, eventos e principalmente das oportunidades de emprego para a área de atuação. O gupo formado no final de março, já conta com a participação de mais de 65 profissionais de todas as regiões do Brasil e vem abordando oportunidades na área de mineração, petróleo, geotecnia, hidrogeologia, concursos públicos, entre outros.

Para se inscrever é simples.

Basta enviar uma mensagem para o e-mail oportunidadesgeologicas@grupos.com.br e aguardar os procedimentos que serão enviados para seu endereço. Ou então acesse a página www.grupos.com.br/grupos/oportunidadesgeologicas e digite seu endereço eletrônico em “novos usuários”, clique em inscreva-se e sega os procedimentos que serão enviados posteriormente.



 
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