Faça um desejo ou a reunião do Global Environmental Facility (GEF) em Paris Faça um pedido relacionado aos recursos hídricos subterrâneos.... Qual seria o seu desejo? Não exatamente com essas palavras, mas com essa intenção, o GEF (Global Environmental Facility) reuniu, organizado pela UNESCO, um grupo de 41 profissionais de várias partes do mundo para discutir como colocar as águas subterrâneas em sua agenda de projetos para os próximos três anos. Entre os presentes estavam alguns nomes conhecidos de nós brasileiros: Emilio Custodio (Espanha), Ramon Llamas (Espanha), Jaroslav Vrba (UNESCO), Stephen Foster (GW-Mate Banco Mundial), Ken Howard (Canadá), Shaminder Puri (UNESCO), Klaus Froenlich (Áustria), Alice Aureli (UNESCO), Bo Appelgren (Itália), Takehiro Nakamura (UNEP), Andréa Merla (GEF), Rafik Hirji (Banco Mundial), Stefano Burchi (FAO), Wilhem Struckmeier (Alemanha), Jac van der Gun (IGRAC), Ricardo Hirata (USP/IAH, Brasil), entre outros. O GEF é uma organização de financiamento independente que patrocina projetos em meio ambiente, em escala global, e que promove o desenvolvimento sustentável, em escala local. O GEF é uma das instituições envolvidas no projeto do Sistema Aqüífero Guarani. O GEF desde 1991 financiou mais de 4,5 bilhões de dólares em mais de 1300 projetos em 140 países e que gerou 14,5 bilhões em co-financiamentos. Historicamente muito do dinheiro do GEF tem sido dirigido às áreas mais tradicionais de meio ambiente, como mudanças climáticas e biodiversidade (http://www.gefweb.org/). Recentemente o grupo assessor do GEF, o STAP (Science & Technology Advisory Panel) identificou as águas subterrâneas como uma prioridade para a implementação de um novo ciclo de investimento em projetos. A reunião de Paris teve como objetivo a determinação destas linhas e a própria filosofia de financiamento que deveria adotar o GEF. Após intensas reuniões entre os dias
5 e 7 de abril na sede da UNESCO, em Paris, um documento final mostrou
que as águas subterrâneas desempenham um papel fundamental
no meio ambiente e na redução de pobreza no mundo, indicando
claramente que, entre as áreas de interesse direto e tradicional
do GEF, ela tem uma função determinante, incluindo: biodiversidade
[manutenção de ambientes para várias espécies
em áreas costeiras (mangues e wetlands) e lagos]; águas
internacionais (identificação das águas subterrâneas
em bacias internacionais); mudança climática (identificação
dos impactos do regime hidrológico na variação
dos processos de recarga de aqüíferos, nos aqüíferos
costeiros e os níveis do mar, na mudança do perfil de
uso da água pela carência de outras fontes); poluentes
orgânicos persistentes (POP, pesticidas e solventes orgânicos
em solos e água subterrânea); e degradação
de solos (mudança na recarga de aqüíferos; mobilização
de nutrientes e contaminantes pelo manejo inadequado do solo; uso da
águas subterrâneas e melhora na atividade econômica). Dr. Ricardo Hirata (IGc-USP) participou da reunião representando a Associação Internacional de Hidrogeólogos (IAH). Ricardo Hirata |
Voltar | Imprimir |
Copyright © - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas Todos os direitos reservados |