Poderia traduzir este texto em português para o português, por favor?

Um dos grandes problemas de nós hidrogeólogos é que não sabemos nos comunicar com o público não-técnico. Em nossos textos (sobretudo relatórios) há uma profusão de termos muito específicos. Para piorar, muita das palavras não constam de dicionários normais (como Aurélio, p. exemplo). É incrível, mas mesmo o vocábulo aqüífero não existe no Aurélio, como substantivo, mas sim como adjetivo (formação aqüífera, em vez de aqüífero). Outro caso comum em relatórios é o próprio capítulo de geologia, que descreve as rochas e sua estratigrafia, passando, é claro pelas idades, mas que é totalmente descolado do texto. Fica ali, para que outro geólogo o leia. Mais nada, e o pior sem que sirva efetivamente para melhorar o entendimento da hidrogeologia (que deveria ser realmente a função do texto). Mas não é só a hidrogeologia que se prima por isso. Abaixo é um bom exemplo de como muitos textos científicos são escritos numa linguagem de difícil compreensão para o grande público. Torna-se necessário traduzi-los para torná-los mais acessíveis ou, pelo menos, para uma difusão mais extensiva da profundidade do pensamento técnico-científico. TEXTO ORIGINAL “O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum, Linneu, isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e arestas retilíneas, configurando pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo a impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto que ocorre no líquido nutritivo de alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis mellifica, Linneu. No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em conseqüência da pequena deformidade que lhe é peculiar” Agora, o texto “trabalhado” para que vocês possam compreender todinho: PRIMEIRO ESTÁGIO A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente ao paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas. SEGUNDO ESTÁGIO O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem o sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas, todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão. TERCEIRO ESTÁGIO Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel. Porém não muda de forma quando pressionado. QUARTO ESTÁGIO Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível. QUINTO ESTÁGIO Rapadura é doce, mas não é mole. Este texto é mais um daqueles bons materiais que rodam pela Internet.

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