Carlos Eduardo
Quaglia Giampá,
géologo, conselheiro fundador e vitalício da ABAS, diretor da DH Perfuração

NACIONAIS

Goiás e DF terão companhia de saneamento
Goiânia - Os governadores Marconi Perillo, de Goiás e Joaquim Roriz, do Distrito Federal, assinaram dia 29 de Junho em Luziânia, um termo de atuação conjunta para o setor de saneamento básico e ambiental na região do Entorno do Distrito Federal. Também assinam o documento, os presidentes da Saneago, Geraldo Félix e da Caesb, Fernando Leite. Esse termo de atuação conjunta autoriza a Saneago (Saneamento de Goiás S/A) e Caesb (Companhia de Saneamento do Distrito Federal) a tomarem providências legais para a criação de uma empresa de saneamento ambiental para atuar na região do Entorno do Distrito Federal, com abrangência nos municípios que compõem a Região Integrada do Entorno do Distrito Federal (RIDE). Companhia Ambiental Águas Brasileiras é o nome já escolhido da empresa a ser criada e visa promover o saneamento ambiental e básico da região do Entorno do DF.

Investimentos - A região do Entorno do Distrito Federal engloba hoje 23 municípios, dos quais 20 estão localizados em Goiás, sendo que a maior parte deles, em fase de acelerado crescimento populacional, necessita de investimentos intensivos nos serviços de saneamento básico. De acordo com o presidente da Saneago, Geraldo Félix, o Governo do Estado tem investido bastante nesses últimos cinco anos em saneamento, mas a parceria de Goiás com o Distrito Federal vai otimizar o aproveitamento dos recursos humanos, financeiros, institucionais, materiais e político em torno do que já é hoje uma obrigação conjunta das unidades federadas. A companhia a ser criada terá a participação da Saneago, que entra com seus ativos operacionais e da Caesb, que incorpora novos ativos, através de investimentos nas cidades e dos municípios, que também serão acionistas, esclareceu Geraldo Félix. Adiantou ainda, que o início das atividades da nova companhia se dará com a criação, pela Saneago, de uma subsidiária, associada à Caesb.
Os primeiros municípios a aderirem à nova companhia serão: Luziânia (sede da empresa), Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama e Águas Lindas. Os outros 16 municípios que integram a região do Entorno irão aderir no decorrer da implantação da companhia. O prazo de implantação de todo o projeto será de 180 dias, a contar da assinatura do termo de atuação conjunta.
Quantas empresas estaduais de saneamento têm tarifas que cobrem suas despesas totais?
De acordo com o Diagnóstico 2002 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), apenas três: Cesan (Companhia Espirito Santense de Saneamento), Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná). Do total de 25 operadoras estaduais, 22 estão no vermelho. (Fonte: SNIS). No dia29 de mês passado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o Secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, receberam, no Palácio dos Bandeirantes, prefeitos e representantes de instituições ligadas aos recursos hídricos, para assinatura de contratos no valor de R$ 14,9 milhões para financiamento de 166 empreendimentos em 159 municípios pelo Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).
Os contratos envolvem obras de estações de tratamento de esgotos sanitários; perfuração de poços profundos; combate a enchentes e erosões; recuperação de mananciais; implantação de galerias de águas pluviais e de coleta seletiva de lixo; e ainda estudos climáticos, ambientais e cursos de educação ambiental. Na afirmação do Secretário, Mauro Arce, a recuperação dos recursos hídricos, a proteção dos mananciais e o pleno abastecimento de água à população são os grandes desafios deste século.

INTERNACIONAIS

EUA trabalha para vencer a escassez de água
Ainda sobre o tema de estudos relacionando a questão da escassez de água é oportuno conhecer ações desenvolvidas em regiões do Estados Unidos onde o problema das estiagens é recorrente, como no Meio Oeste, onde um Plano com horizonte para 2025 tenta amenizar o problema. A crise mais recente envolvendo as Bacias do Klamath e do Rio Grande, onde indígenas, fazendeiros, residentes e áreas urbanas e a flora e fauna foram afetados pela estiagem – demonstram as conseqüências do problema de uma competição crescente por um recurso finito. Segundo o secretário do Interior, Gale Norton “as comunidades que enfrentarão críticas insuficiências de água nas próximas décadas devem desempenhar o papel principal neste esforço e a colaboração é primordial para a busca de soluções práticas”. Ressaltou a importância de trabalhar junto com autoridades governamentais federais, estaduais e locais, tanto como com grupos ambientalistas, tribais e comunitários. As metas das reuniões que estão se sucedendo em várias regiões são identificar os segmentos com o mais alto potencial de risco nos próximos 25 anos, avaliar as formas mais efetivas de enfrentar o desafio do abastecimento de água, e recomendar medidas cooperativas de planejamento e mecanismos com alta probabilidade de êxito. Água 2025 também se propõe a estimular pesquisas e concentrar investimentos em áreas de necessidade crítica, tal como seria reduzir o custo da dessalinização de água salgada e águas interiores contaminadas, proporcionando o acesso às comunidades costeiras, rurais e tribais.
O projeto da Secretaria incentiva o intercâmbio voluntário da água por meio de depósitos de água e outras técnicas de vendas ou distribuição. Isto inclui acordos que permitam que agricultores “arrendem” sua água para cidades, povos ou outros usuários em épocas de seca, e ainda manter o potencial de cultivar a terra.

SUBTERRÂNEAS

Cetesb multa a Shell por contaminação do subsolo e das águas subterrâneas
A Agência Ambiental de Paulínia, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), aplicou a penalidade de multa diária no valor de 1.000 UFESPs - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo, correspondentes a R$ 12.490,00, à Shell Brasil - Divisão Química, localizada na Avenida Roberto Simonsem, 1.500, no Bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, na região de Campinas.
O motivo da multa, emitida no dia 23 de junho passado, foi a disposição de resíduos na área das antigas instalações da empresa, provocando a contaminação do solo e das águas subterrâneas, em local próximo à margem esquerda do Rio Atibaia, conforme demonstrado nos relatórios de monitoramento da pluma de compostos químicos organo - clorados denominados ‘drins’, realizados nos meses de outubro de 2003 e janeiro e abril de 2004. A empresa não atendeu as exigências da Cetesb, cujo prazo venceu em março último. As exigências são as seguintes: 1. Instalar barreira hidráulica para conter o fluxo dos contaminantes presentes nas águas subterrâneas, em direção ao Rio Atibaia. 2. Implantar estação de tratamento das águas subterrâneas contaminadas, conforme expresso nas licenças prévia e de instalação de 16/02/2004. Além disso, a Shell deverá apresentar plano de contingência para a proteção da saúde da população no caso de contaminação do Rio Atibaia decorrente das plumas de contaminantes provenientes do antigo centro industrial da Shell, nesse município, e remover o solo contaminado na área adjacente aos incineradores e dar destinação final adequada aos mesmos.

Mais 25,5 mil cisternas serão construídas nos 11 estados do semi-árido.
Os 11 estados da região do semi-árido terão mais 25,5 mil cisternas, além das quase 18 mil construídas desde julho do ano passado com recursos do governo federal para beneficiar cerca de 90 mil pessoas. A meta é resultado de renovação de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a ASA - Articulação do Semi-Árido. A Febraban - Federação Brasileira dos Bancos, parceira do Fome Zero, financiou a construção de outras 10 mil unidades e já analisa a formalização de novo convênio com a ASA. Além da obra física - a construção das cisternas de placas –, as entidades que compõem a ASA também preparam as famílias para tratar a água armazenada, com produtos baratos e de fácil acesso. Os beneficiários participam ainda de atividades que resgatam a cidadania e recebem informações sobre como conviver com o semi-árido – o armazenamento de sementes e seu plantio, por exemplo. Com a renovação do convênio, 1.920 pedreiros serão qualificados em técnicas de construção de cisternas. Outros 960 jovens aprenderão sobre a construção de bombas manuais, enquanto 48 gerentes e coordenadores participam de cursos sobre o gerenciamento de recursos públicos, práticas contábeis e coordenação de equipes de projetos. Mais de R$ 37 milhões serão investidos pelo Ministério nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Para garantir a aplicação dos recursos de forma correta, a ASA dispõe do Siga - Sistema de Informação, Gestão e Auditoria, que oferece on-line todas as informações e relatórios relacionados à implementação do projeto. Toda cisterna construída tem um Termo de Recebimento, com número de controle, local da obra, data de construção e a fotografia da família junto à cisterna. (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)

VOCÊ SABIA?

I CHING – O livro das mutações. O POÇO
A madeira está abaixo, a água acima. A madeira desce ao interior da terra para extrair a água. Essa imagem refere-se a um tipo de poço utilizado na China antiga, que utilizava o sistema de eixo e balde. A madeira não representa os baldes, que na antiguidade eram feitos de barro, mas os eixos com os quais se retirava a água do poço. A imagem faz também alusão ao mundo vegetal que, por meio de suas fibras, extrai a água da terra. O poço do qual se retira a água, sugere, também, a idéia de uma inesgotável dádiva de alimento.
Pode-se mudar uma cidade, mas não se pode muda um poço.
Este não diminui nem aumenta.
Eles vão e vêem, recolhendo do poço.
Quando se chega próximo ao nível da água, mas a corda não vai até o fundo ou o balde se quebra, isso traz infortúnio.

UTILIDADE PÚBLICA

O maior banco de empregos do Brasil
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Grupo virtual de oportunidades geológicas já está no ar
O Grupo virtual Oportunidades Geológicas, que tem por objetivo listar as oportunidades que surgem na área de geologia e afins, já está disponível para acesso no endereço www.grupos.com.br/grupos/oportunidadesgeologicas. O objetivo do seu idealizador, geólogo Elio Perez, é crescer e ter como membros o maior número possível de interessados, para que todos contribuam com notícias sobre oportunidades de trabalho, cursos, palestras e eventos. Para saber mais e se cadastrar, acesse a página.

Esta coluna está homenageando pessoas que prestaram ou ainda prestam relevantes contribuições ao Desenvolvimento da Hidrogeologia, Água Subterrânea e da Perfuração de Poços Tubulares Profundos no Brasil. Esses ÍCONES de nosso segmento receberão nossa singela lembrança, reverência e reconhecimento, através da MENÇÃO HONROSA instituída por esta. Neste número estaremos homenageando um dos pioneiros da perfuração de poços no Brasil:
Benedicto Ferreira
Natural de Jacutinga/MG - nasceu em 26 de dezembro de 1914.
Formado na Turma de 1940 na Escola de Minas de Ouro Preto.
Formação: Engenheiro Civil, de Minas e Metalurgia.
Atuação Profissional:
- Conselho Nacional do Petróleo
- Mina de Cobre de Camaquã - RS
- Até 1950 atuou no Instituto Geográfico Geológico - IGG - SP
- Fundou a PAMEC - Poços Artesianos Mineração e Engenharia Civil em 1951, sendo sócio-presidente até 1971; durante o período de existência, a PAMEC foi responsável pela perfuração de centenas de poços artesianos no Estado de São Paulo. Faleceu em 12 de agosto de 1971.

RECORDAR É VIVER
Sonda Percussora Bucyrus - Erie, Modelo 36 L, importada pela empresa Air Lift no final dos anos 60

Durante o 1º Congresso da ABAS em Recife


 
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