Como é a formação dos profissionais em hidrogeologia na América Latina?

Nos últimos 10 anos tem crescido o número de estudos em águas subterrâneas, sobretudo devido à preocupação com áreas contaminadas, durante o desenvolvimento industrial ocorrido na primeira metade do século XX, e à necessidade de perfuração de poços, para suprir as necessidades que as águas superficiais não estão conseguindo fornecer.

Isso remete a uma preocupação importante: - Afinal, qual é a qualidade dos profissionais que estão se especializando na área dos recursos hídricos? Qual o nível de formação que os cursos de pós-graduação na América Latina nos proporciona?

Com o objetivo de responder a estas questões, está sendo organizado, com o apoio da ABAS e da IAH (Associação Internacional dos Hidrogeólogos), um Grupo de Trabalho em Qualidade do Ensino de Pós-Graduação em Águas Subterrâneas na América Latina. Este grupo será formado essencialmente por alunos de pós-graduação de cursos em áreas de Geologia, Engenharia ou quaisquer ciências afins que formem profissionais em águas subterrâneas. Deste modo, estamos cadastrando estudantes de pós-graduação que possam voluntariamente contribuir, informando-nos sobre a situação em sua Universidade/Instituto, inicialmente por meio de um grupo de discussão via internet.

O resultado deste trabalho permitirá identificar e estabelecer: i) os grupos formadores de hidrogeólogos no continente; ii) os problemas e dificuldades comuns e regionais; iii) as características do mercado de trabalho para estes profissionais; e iv) as recomendações e soluções para a melhora do ensino.

Os interessados em colaborar neste estudo, enviem um e-mail ao endereço:

Juliana Baitz Viviani
Doutoranda em Hidrogeologia
Laboratório de Modelos Físicos - LAMO
Instituto de Geociências – USP
jviviani@usp.br

 

Cuiabá e Várzea Grande traçam diretrizes para Aglomerado Urbano

Os postos de combustíveis poderão, no futuro, ser obrigados a pagar tributo pelo uso de água subterrânea. Durante a I Conferência das Cidades do Aglomerado Urbano – Cuiabá e Várzea Grande, realizada em 12 de agosto, o tema foi aprovado como uma das prioridades. O texto com todas as decisões dos dois municípios foi apresentado na Conferência Estadual das Cidades em Mato Grosso, realizado de 18 e 19 de setembro no Centro de Eventos Sebrae-Pantanal. “O governo federal terá um mapa do Brasil, mostrando as necessidades de cada região. Assim, poderá executar as ações mais efetivamente”, declarou a engenheira civil Maristela Okamura, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades) de Cuiabá.

A tributação dos postos foi abordada na edição de julho do Jornal Trena, informativo impresso do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), que questionou a perfuração de poços para lavagem de veículos. O Crea, aliás, esteve presente na conferência da Grande Cuiabá com a participação do arquiteto e engenheiro de Segurança Cleber de Queiroz Martins. Ele enfatizou a necessidade da conferência se preocupar com os portadores de necessidades especiais, o que foi aceito, principalmente nos temas relativos a transporte.

A conferência da Grande Cuiabá foi dividida em quatro temas - Desenvolvimento Urbano, Transporte e Mobilidade Urbana, Habitação e Saneamento Ambiental – e definiu quais as ações prioritárias que o aglomerado deve tomar para solucionar os problemas das cidades e melhorar a qualidade de vida da população. A plenária, que foi realizada no final da conferência, foi bastante polêmica. Muitas vezes, os participantes discordavam em vários assuntos, deixando a votação agitada. Os temas que causaram mais discussão foram a Habitação e o Transporte e Mobilidade Urbana. Nesses pontos, movimentos sociais entravam em confronto com empresários. Entretanto, a conclusão da conferência ocorreu conforme a proposta: participação de todos e definição dos maiores problemas do aglomerado urbano, apesar da impressão de que seria necessário mais um dia para os debates.

Fonte: Crea Notícias – MT

 

Transposição do São Francisco será debatida em audiências públicas

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco recebeu no início de setembro as diretrizes gerais para o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Semi-árido, que inclui o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. A partir do final do mês, quando o governo deve apresentar a versão definitiva do programa, o Comitê vai debater o projeto com todos os seus representantes. “Uma das condições que foram estabelecidas pelo próprio plenário do comitê para participar da negociação com o governo federal é que qualquer proposta voltasse a ser objeto de consulta das bases”, diz o secretário-executivo do Comitê, Luiz Carlos Fontes.

Em outubro, serão realizadas audiência públicas em Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas – todos os estados brasileiros banhados pelas águas do rio. Em novembro, o Comitê ainda realizará uma plenária geral para discutir exclusivamente esse tema. “O papel do comitê não é exatamente analisar o projeto em si. O nosso papel é traçar os critérios para os usos das águas do São Francisco. Isso é o que está claro na lei [Lei das Águas. aprovada em 1997]. Então, não estamos, no âmbito do Comitê, analisando o mérito em si deste projeto. Estamos preocupados em dizer se as águas do São Francisco podem ser usadas ou não para essa finalidade. Essa é a competência legal do comitê”, explica Luiz Carlos.

Fonte: Ambiente Brasil

 
 

Livro aborda temática das águas subterrâneas?

O livro “Água Subterrânea: Aqüíferos Costeiros e Aluviões, Vulnerabilidade e Aproveitamento” escrito por autores brasileiros e portugueses, trata de assuntos relacionados à utilização de aqüíferos costeiros e problemas de salinização, barragens subterrâneas e uso sustentável de aqüíferos aluviais, vulnerabilidade de aqüíferos e perímetros de proteção de poços.

Lançado no mês de agosto, o livro foi coordenado por Jaime Cabral, João Paulo Lobo Ferreira (Portugal), Suzana Montenegro e Waldir Duarte da Costa. Os coordenadores e autores brasileiros atuam na ABAS-Pernambuco há bastante tempo e o livro mostra os resultados de muitos anos de pesquisa e atuação profissional na área de hidrogeologia.

Mais informações sobre o livro podem ser obtidas nos seguintes emails jcabral@ufpe.br ou suzanam@ufpe.br

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