Cogerh aperfeiçoa monitoramento ao longo dos rios

Para uma maior agilidade e eficiência do monitoramento nos rios perenizados, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) instalou no ano passado, quatro PCD´s - plataforma de coletas de dados - ao longo do rio Acaraú para tomada d´água no açude Araras, nas pontes sobre o rio localizadas nos municípios de Varjota, Sobral, Santana do Acaraú e Marco. O equipamento auxilia eletronicamente o monitoramento, com a geração de dados precisos, em tempo real, sobre a medição das vazões liberadas no curso do rio. As informações são transmitidas via satélite simultaneamente para a gerencia da área e a central de informática na sede da Cogerh em Fortaleza, permitindo assim maior rapidez e eficiência na tomada de decisões. A Cogerh já está instalando mais dez PCD´s, sendo oito no rio Jaguaribe (tomada dágua dos açudes Orós e Castanhão, e nas pontes sobre o rio Jaguaribe, localizadas nos municípios de Icó, Jaguaribe, Russas, e Itaiçaba, além das barragens Cabeça Preta e barragem das Pedrinhas ambas em Limoeiro do Norte), e dois no rio Banabuiú (na saída dágua do açude Banabuiú e na ponte sobre o rio Banabuiú, em Morada Nova). Os equipamentos deverão entrar em operação a partir do início de novembro deste ano. Posteriormente, a Companhia estudará a necessidade da instalação de PCD´s também no rio Curu. O controle de liberação é uma das ferramentas da gestão dos recursos hídricos. A liberação é controlada para que todos os usuários a jusante de um rio sejam atendidos uniformemente sem que haja interrompimento e nem desperdício da água ofertada. A definição da cota de liberação d´água é amplamente discutida nas reuniões de operações dos reservatórios, envolvendo representantes de cada setor de usuários e técnicos do sistema de recursos hídricos. Os resultados são atualizados diariamente e disponibilizados no site da Companhia www.cogerh.com.br.

 

Aqüífero Guarani é tema de debate internacional em Foz do Iguaçu

Representantes de governos, técnicos e ambientalistas brasileiros, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai reuniram-se nos dias 14 e 15, em Foz do Iguaçu (PR), para debater questões ligadas ao Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo, semelhante a uma enorme caixa d´água subterrânea. O Seminário Internacional Aqüífero Guarani - Gestão e Controle Social, realizado pela Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul com o apoio do MMA - Ministério do Meio Ambiente, teve como objetivo divulgar a importância do manancial e discutir estratégias de uso e de controle social. Até o fim do ano, a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH/MMA) realizará um encontro entre representantes dos estados atingidos pela reserva para troca de experiências e apresentação de iniciativas adotadas para preservação da água.

O Aqüífero Guarani é considerado o maior reservatório do água doce do mundo, com uma área aproximada de 1,2 milhões de quilômetros quadrados, localizado nos territórios da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Do total dessa área, 71% está no Brasil, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A preocupação com o uso crescente e indiscriminado e com a possível poluição de toda essa água levou os governos dos quatro países a discutir um projeto de gerenciamento comum e conjunto para garantir a preservação do reservatório. Desde então, a iniciativa para elaboração do Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani conta com o apoio do Banco Mundial, como agência implementadora dos recursos, e da OEA - Organização dos Estados Americanos, como agência executora internacional.

No ano passado, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai começaram a promover encontros e seminários sobre o aqüífero e discutir propostas de gestão e de uso consciente dos recursos. No Brasil, o trabalho é coordenado pela SRH e inclui a capacitação de agentes multiplicadores para envolver e levar à sociedade informações sobre a importância do aqüífero e a necessidade de adotar medidas para preservá-lo.

 

Amazonas debate política mineral

A audiência pública, realizada na sala da Presidência da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas, foi requerida pelo deputado Sinésio Campos. O objetivo foi debater a política mineral desenvolvida pelo MME e seus reflexos na construção da política mineral e de óleo e gás do Estado do Amazonas. A audiência contou com a participação do diretor-presidente do SGB, Agamenon Dantas, que foi homenageado pela Comissão Especial de Estudo sobre a Política Mineral no Estado do Amazonas, através do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Lino Chixaro e dos parlamentares Sinésio Campos, Vicente Lopes, Francisco Balieiro, José Melo e Marcos Rotta, membros da Comissão.

Durante o ato, o deputado Vicente Lopes informou sobre a Resolução Legislativa em tramitação na casa, que altera o Regimento Interno da Assembléia Legislativa, criando a Comissão Técnica Permanente de Recursos Hídricos, Minerais, Energéticos e de Óleo e Gás, desmembrando-a da Comissão de Assuntos Amazônicos e de Defesa do Meio Ambiente.


Comitê do São Francisco promove consultas sobre usos da água

O secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, apresentará o Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e do Semi-Árido Brasileiro, uma proposta do governo federal, nas cinco consultas públicas para definir quais serão as prioridades para o uso da água do manancial. As apresentações acontecerão, a pedido do Comitê de Bacia, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Sergipe e Pernambuco.

No dia 20 de outubro, haverá uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), para analisar uma proposta de emenda constitucional que institui o Fundo para Revitalização Hidro-ambiental da Bacia. Nos dias 26 e 27, acontece uma Plenária do Comitê de Bacia, no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia.

No último dia 4 desse mês, completaram-se 503 anos da descoberta da foz do Rio São Francisco, atribuída ao genovês Américo Vespúcio, que teria navegado na região em 1501, dia dedicado a São Francisco. Mas os indígenas já conheciam o rio há muito mais tempo, o chamando de “opará”, que significa rio-mar. O rio tem 2,7 mil quilômetros de extensão, desde a Serra da Canastra, no município mineiro de São Roque de Minas, onde nasce, até a sua foz, entre os estados de Sergipe e Alagoas. Sua extensão é equivalente à distância rodoviária entre Brasília, no Distrito Federal, e Chuí, no Rio Grande do Sul, ao comprimento do Rio Danúbio e a mais que o dobro do Rio Reno, dois dos principais rios europeus.

Fonte: MMA

Gelo pode desaparecer do Ártico nos verões do final do século

No final deste século, o gelo desaparecerá quase totalmente do Círculo Polar Ártico durante os verões e o início dos outonos, segundo um estudo elaborado pelo Conselho Ártico. O aumento das emissões de gases de efeito estufa provoca um efeito maior no Ártico devido às poucas horas de sol. O conseqüente aumento da temperatura põe em perigo espécies como o urso polar, segundo explica ao jornal sueco o professor Erland Kaellen, do Instituto Meteorológico da Universidade de Estocolmo. Kaellen é um dos 250 pesquisadores que participaram durante quatro anos do projeto Estimativa do Impacto Climático no Ártico (ACIA). O projeto é uma iniciativa do Conselho Ártico, órgão que reúne os ministros de Assuntos Exteriores dos países escandinavos, dos Estados Unidos, Canadá e Rússia. “A mudança climática já começou e não há nenhuma forma de voltar atrás, mas podemos investigar até onde pode-se chegar para atenuá-la”, disse o professor sueco. Um quarto do gelo do Ártico desapareceu durante os últimos 40 anos e a temperatura média aumentou um grau na região.

Os resultados finais da pesquisa serão apresentados em um relatório durante uma conferência em Reykjavik (Islândia) em novembro.

Fonte: JB Online

 
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