Dia Mundial da Água: Água para a Vida Nesse ano inicia-se o Decênio Internacional para a Ação Água, fonte de Vida, definido pelas Nações Unidas. O projeto será estendido até 2015. O mundo todo comemorou a data com atividades e ações de conscientização, e, no Brasil, o ABAS informa acompanhou as discussões nos principais centros do País. origem do Dia Mundial da Água se originou da observância internacional do DMA é uma iniciativa que cresceu desde 1992, a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), no Rio de Janeiro. A Assembléia Geral das NU designou 22 de março de cada ano como o Dia Mundial da Água (DMA) aprovado por resolução. Esse dia mundial para água deveria ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da UNCED, contidas no capítulo 18 (Recursos de Água Doce) da Agenda 21. Os Estados foram convidados, como fosse mais apropriado no contexto nacional, a dedicar o Dia a atividades concretas que promovessem a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários, a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações da Agenda 21. O IRC (International Water and Sanitation Centre) contribui com um centro de informação na Internet em apoio à observação do Dia pelos Governos, como foi solicitado. Desta maneira foram estabelecidos os seguintes objetivos para o dia Dia Mundial Água: · Contemplar assuntos relacionados a problemas
de abastecimento de água potável; A Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) proclamou o período de 2005 a 2015 como Década Internacional de Ação – Água para a Vida. A iniciativa demonstra a importância do tema que é uma preocupação de todos os países do planeta. O início da década se deu no dia 22 de março – quando foi comemorado o Dia Mundial da Água. Neste contexto, o Estado de Alagoas desenvolveu diversas ações e realizou, através da Secretaria Executiva de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Naturais (SEMARHN) juntamente com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – seção Alagoas (ABES/AL), a 2ª Semana Alagoana da Água. Como a preocupação com as águas no Brasil é recente, o país vem avançando nos últimos anos nos aspectos legais, institucionais e de gestão de seus recursos hídricos. A Lei das Águas, de 1997, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, criando o sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Sua maior finalidade é a promoção da parceria entre o poder público e a sociedade civil organizada, criando assim o ambiente necessário à construção do arcabouço jurídico que deverá permitir a gestão compartilhada dos usos múltiplos da água com a atuação de Comitês de Bacia hidrográfica e dos conselhos Nacional e Estaduais de Recursos Hídricos. Em Alagoas, a intenção é garantir a qualidade, controlar o uso dos mananciais e, desta forma, preservar a água para as futuras gerações. O sucesso depende do empenho do poder público, sociedade civil e usuários. É um processo lento porque é necessário despertar a consciência de cada cidadão. Mas o tempo não pode esperar e por isso precisamos acelerar as ações de preservação e recuperação. A 2ª Semana Alagoana da Água proporcionou a oportunidade da discussão destes temas e a formação de agentes multiplicadores que permitam a criação de um novo olhar de nossas comunidades sobre a questão dos recursos hídricos. Especialistas, artistas, estudantes e professores, se unirão a profissionais das mais diversas áreas, para, juntos, encontrar soluções e as colocar em prática. Já em Brasília, o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH/MMA) e da ANA- Agência Nacional de Águas, promoveram uma série de eventos em parceria com a WWF-Brasil, e com a participação de organizações públicas e da sociedade civil. “Para o Brasil, 2005 representa um ano de intenso trabalho com a construção do Plano Nacional de Recursos Hídricos (MMA). A Semana da Água é mais uma oportunidade de informar, mobilizar e engajar a sociedade na gestão deste bem vital e que merece todo nosso cuidado - a água”, explicou a Assessoria de Imprensa da ANA. Na agenda de trabalhos, Solenidade de Comemoração, Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, Seminário “Água, fonte de vida: trajetórias e perspectivas para a Década da Água” e Exposição “Água, Sociedade e Conhecimento”. O Dia Mundial da Água, comemorado no último 22 de março, foi instruído pela Organização das Nações Unidas em 1992, juntamente com a “Declaração Universal dos Direitos da Água” - anunciada em dez artigos – com o objetivo de “atingir todos os indivíduos, todos os povos e nações para que todos os homens, tendo esta declaração presente no espírito, se esforcem, através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações”, diz a Declaração. ANA - A Agência Nacional de Águas tem como missão regular o uso da água dos rios e lagos de domínio da União, assegurando quantidade e qualidade para usos múltiplos, e implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, um conjunto de mecanismos, jurídicos e administrativos, que visam o planejamento racional da água com a participação de governos municipais, estaduais e sociedade civil. E foi neste discurso, proferido em 27 de julho de 1999 durante a cerimônia de abertura do seminário “Água, O Desafio do Próximo Milênio”, realizado no Palácio do Planalto, que o presidente Fernando Henrique Cardoso delineou as bases do que seria a Agência Nacional de Águas, um órgão com autonomia e continuidade administrativa e que atuaria no gerenciamento os recursos hídricos no Brasil. São Paulo e o Dia Mundial da Água O local onde funcionou o complexo do Carandirú, na Zona Norte da Capital paulista, que até bem pouco tempo atrás serviu para o palco de horrores e agora foi transformado no Parque da Juventude, sediou um dos eventos que marcou o Dia Mundial da Água. A data, que entrou para o calendário oficial é uma oportunidade a mais para conscientizar a sociedade sobre o papel que ela pode desempenhar para evitar a escassez de água potável no futuro e ajudar nas campanhas de despoluição, entre outras atividades do gênero para a melhoria da qualidade de vida. Junto com a Sabesp, a companhia de saneamento básico
do Estado de São Paulo, e a Fundação SOS Mata Atlântica
promoveram atividades de lazer e educacionais que se estenderam durante
todo o dia. Foram plantadas mudas de árvores, ao mesmo tempo
em que os participantes ouviam informações sobre a importância
da vegetação na preservação das nascentes
e de todo o ecossistema. Houve apresentações de peças
teatrais e shows de música, além de brincadeiras para
despertar nas crianças e adolescentes o interesse pelo assunto. As fotografias são resultados de registros de diversos pontos de estudo das águas, incluindo perfurações, que trazem ainda informações e esclarecimentos sobre a atual situação das águas no planeta. “A mostra alerta sobre a importância do uso consciente da água, explica os fenômenos de mudanças climáticas, ciclo das águas, e trata ainda sobre graves problemas como o desmatamento, poluição, consumo abusivo, entre outros”, esclareceu a assessoria de imprensa do Shopping. Brasil das Águas - Durante 14 meses até dezembro de 2004, o casal Gerard e Margi Moss voou a bordo de um avião anfíbio por 120 mil quilômetros pelo extenso território brasileiro. O objetivo do projeto, inédito no mundo, foi fotografar e coletar amostras de água dos principais rios e lagos do país. Após a coleta, as amostras foram analisadas e transformadas em um banco de dados sobre a água doce do país. O aviador Gérard Moss que realizou em 2001 a primeira volta ao mundo de motoplanador (www.asasdovento.com.br). Margi Moss é licenciada em Letras e coube a ela escrever os relatos das viagens realizadas pelo casal. Giro pelo Sul - Em Santa Catarina, a data foi comemorada com discussão. Nas últimas semanas reportagens sobre a estiagem inundaram o noticiário do Estado. Estima-se em 1 milhão o número de pessoas atingidas. Enquanto autoridades culpam a falta de chuva pelos prejuízos no campo e desabastecimento das cidades, o consumidor paga caro por produtos em feiras e supermercados. Especialistas afirmam que a situação poderia ser evitada se os catarinenses respeitassem a lei do meio ambiente. Rios poluídos e aqüíferos agredidos por perfurações clandestinos são riscos iminentes. Com uma incalculável vazão, ponteiras fazem baixar o nível dos mananciais subterrâneos. O ingresso de água do mar pode ser a gota que falta neste oceano de preocupação. A Lagoa de Sombrio, no Sul do Estado, é prova que o campo pode virar mar. Lá, por ação de produtores de arroz, a água salgou. Virou corrente de água doce morta para espécies de peixes. “Com o passar dos anos, percebemos cada vez menos peixes, por causa dos agrotóxicos”, disse o pescador João Savalaio. Situação que pode se repetir no Norte e Sul da Ilha de Santa Catarina. Próximos do mar, os aqüíferos dos Ingleses e do Campeche são suscetíveis ao ingresso da água salgada. Um “acidente” ecológico que levaria 500 anos para ser corrigido. E a falta de água potável por tempo indeterminado a 250 mil pessoas. Uma coisa é líquida e certa: a fonte só não seca por um capricho da natureza. O ciclo da água, lição que se aprende na escola, prossegue através da evaporação dos rios, mares e oceanos e se acomoda na atmosfera. Volta a cair na terra em forma de chuva. Se vai ou não realimentar os mananciais, é escolha das pessoas. Água e Fé! Água em destaque No último dia 22, Dia Mundial da Água,
as Nações Unidas lançaram uma campanha para o restante
da década, com o lema “Água para a vida, água
para todos”. A intenção da organização
mundial é reduzir pela metade, até 2015, o número
de pessoas sem acesso à água potável ou saneamento
básico. Todos os dias, 22 mil pessoas morrem por doenças
transmitidas por água contaminada, como febre tifóide,
cólera e diarréia. Cada ano, uma agência diferente
das Nações Unidas produz um conjunto de informações,
desenvolve temas e divulga junto à imprensa mundial. Ao longo
de 12 anos foram discutidas várias temáticas, sendo tendo
como enfoque o principal bem mineral: |
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