Araguari recebe curso sobre Poços
Tubulares
Com o objetivo de levar aos perfuradores e usuários
as boas técnicas de manuseio de poços tubulares, e, assim,
assegurar a qualidade e a quantidade da água subterrânea
na região do Triângulo Mineiro, foi realizado em Araguari
o curso Construção, Operação e Manutenção
de Poços Tubulares. O evento aconteceu nos dias 5 e 6 julho e
contou com a participação de 72 pessoas, ultrapassando
o limite das 50 vagas disponibilizadas. O evento foi oferecido gratuitamente
pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Centro de Desenvolvimento
da Tecnologia Nuclear (CDTN), com o apoio da Superintendência
de Água e Esgoto (SAE) e da Prefeitura Municipal de Araguari.
Na abertura, estavam presentes o diretor-geral do IGAM, Paulo Teodoro
de Carvalho, o Prefeito de Araguari, Marcos Alvim, e o Superintendente
da SAE, João Evangelista.
De acordo com o diretor-geral do IGAM, o sucesso do curso reflete a
relevância do assunto abordado para aquela região. “A
água subterrânea é um dos mais importantes recursos
para o desenvolvimento sustentável do Triângulo Mineiro,
sendo largamente utilizada no abastecimento público urbano e
rural e na irrigação”, explica Paulo Teodoro de
Carvalho. Ele ainda afirma que essa iniciativa revela um esforço
conjunto que vem sendo construído, através de parcerias,
em prol da preservação dos recursos naturais, dentro de
uma visão responsável.
O Triângulo Mineiro foi a primeira região do Estado beneficiada
com o curso. A proposta do IGAM é promover outras edições
em diferentes regiões de Minas. “Frente à receptividade
ao curso, vamos promovê-lo em outras regiões do Estado,
priorizando as que fazem o uso intenso de águas subterrâneas”,
diz Paulo Teodoro de Carvalho.
O curso Construção, Operação e Manutenção
de Poços Tubulares é um produto do projeto “Avaliação
dos Recursos Hídricos do Sistema Aqüífero Guarani
(SAG) no Município de Araguari -MG” desenvolvido pelo IGAM,
UFMG e CDTN, desde 2004.
Poços Tubulares, uma obra
de engenharia
“A locação e a construção de poços
tubulares não é uma ciência do acaso. É uma
obra de engenharia e deve ser tratada como tal, desde sua concepção
até a forma de utilização e manutenção”,
afirma o professor Élcio Linhares, que ministrou o curso Construção,
Operação e Manutenção de Poços Tubulares.
Segundo ele, para a obtenção de um bom produto, é
fundamental a elaboração de um bom projeto, que vise ao
atendimento do objetivo proposto e adequação às
condições geológicas locais.
Elcio Linhares ressalta que a construção de poços
tubulares deve ser executada dentro das normas estabelecidas pela ABNT
–Associação Brasileira de Normas Técnicas,
com o acompanhamento de um profissional capacitado e com a manutenção
de registro de cada etapa de execução da obra. Ele informa
ainda que o proprietário do poço deve portar o relatório
final contendo, pelo menos, a descrição do poço
com suas características construtivas e geológicas, bem
como a descrição do teste de bombeamento executado e do
equipamento de bombeamento instalado. “Esses dados servem como
fonte de consulta e de base para programas de manutenções”,
explica Linhares.
O engenheiro de minas Ailson Machado de Andrade participou do curso
e afirma que ficou surpreendido com a iniciativa e com a qualidade da
atividade. “Foi um curso rápido, mas em termos de informação,
foi muito consistente. O professor tem um vasto conhecimento e uma grande
experiência”, garante. Andrade também elogiou o IGAM
pela realização desse curso técnico-educativo,
que permitiu uma troca de conhecimentos e experiências com os
usuários. “O IGAM precisa se aproximar mais dos usuários
com iniciativas como essa”, sugere.
A programação do curso Construção, Operação
e Manutenção de Poços Tubulares contou ainda com
a palestra Autorizações de uso das águas subterrâneas
no Estado de Minas Gerais, proferida pela chefe da Divisão de
Regulação e Controle do IGAM Maria Luiza Silva Ramos.
A coordenadora do projeto “Avaliação dos Recursos
Hídricos do Sistema Aqüífero Guarani (SAG) no Município
de Araguari -MG” e professora da UFMG, Leila Nunes Velásquez,
apresentou os resultados preliminares do trabalho desenvolvido pelo
IGAM, UFMG e CDTN, e proferiu palestra sobre Hidrogeologia Introdutória.
|