Seca e pobreza ainda castigam cidade ícone do Fome Zero

Guaribas, Piauí - Bem longe dos escândalos de corrupção de Brasília, perdida no meio do sertão, padece a capital do Fome Zero. Dois anos e meio após sua implementação, o programa ainda não conseguiu resolver os problemas mais básicos que afligem a população da pequena Guaribas, no Piauí. O município, com 4.500 habitantes, foi escolhido pelo governo Lula como projeto-piloto da principal ação governamental destinada a combater a fome no país. Mas dois terços dos moradores ainda não têm acesso à água potável.

Nas escolas, falta merenda desde janeiro, e a cidade não dispõe de um leito hospitalar ou posto de saúde. Guaribas, além disso, continua isolada do mundo, pois a estrada transitável mais próxima chega apenas a 54 quilômetros dali, na vizinha Caracol. E, nos vilarejos rurais, pipocam os casos de mortalidade infantil e desnutrição. No final de agosto, a inauguração de uma obra conseguiu sanar parte do flagelo. O governo do Estado pôs em funcionamento uma adutora que finalmente levou água para as torneiras instaladas nas casas de 1.500 pessoas na sede do município. Mas o drama da sede continua na zona rural, onde vivem dois terços da população. Com o sertão já vivendo a estação seca, a prefeitura tem alugado carros-pipa para socorrer as comunidades. O governo do Estado acena com a possibilidade de construir 42 cisternas nas vilas rurais, mas a ação só terá resultados efetivos no ano que vem, quando voltar a chover.

A exemplo da capital federal, a corrupção também é um problema em rincões longínquos do país, como a capital do Fome Zero. Guaribas está inscrita na lista de inadimplentes do Ministério da Educação, por não ter prestado contas em 2004 da destinação das verbas da merenda escolar. Assim, as escolas municipais estão sem comida desde janeiro.Só promessa - Na região, que compreende 1.447 municípios, os moradores sabem que a solução para grande parte de seus problemas começa pela água, que ainda não chegou. Antonio Fernandes dos Santos, 64 anos, mostra as demarcações de madeira feitas no chão há sete anos pela prefeitura. Segundo os moradores, ali seria construído um poço com água limpa. “O cupim já comeu os tocos de madeira quatro vezes, mas o poço ainda não saiu não”, diz Antonio.

A explicação para a falta do poço está em um convênio assinado entre a prefeitura e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), em 2001, quando o então prefeito Reginaldo Silva (PL) solicitou recursos para a construção de poços em sete localidades. Recebeu o valor de 242 mil reais, mas, jamais prestou contas do dinheiro. Passado mais de um ano e meio, as obras nem sequer haviam começado. E o dinheiro sumiu com o ex-prefeito, que seria cassado em 2003 por improbidade administrativa.Aqüífero Guarani

Projeto Aqüífero Guarani: relatório de outubro

UNEP do Brasil -Em Ribeirão Preto, de 03 a 05 de outubro a Secretaria participou das reuniões onde se apresentaram os projetos do Fundo de Universidades e do Fundo de Cidadania em execução no Brasil, assim como os avanços de elaboração do Mapa Básico e Hidrogeologia. Na oportunidade da reunião da UNEP, foi realizada uma audiência na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, com as Comissões do Aqüífero Guarani e de Meio Ambiente e, sob a Presidência da Vereadora Silvana Resende e do Vereador Gilberto Abreu, para informar sobre aspectos técnicos do Aqüífero e as contribuições do Projeto ao município. Mesa Redonda da ABAS - No dia 06 de outubro assistiu-se em Ribeirão Preto, à Mesa Redonda do II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas sobre gestão em relação ao projeto Guarani com a presença dos países, coordenadores nacionais e a SG. Na mesma apresentou-se a situação institucional e jurídica de cada país vinculada ao alcance do projeto. Concórdia - Salto - Na Municipalidade de Concórdia, dia 13 de outubro, a Universidade da Empresa de Montevidéu, Uruguai efetuou uma apresentação do Fundo de Cidadania valendo-se de um seminário interativo do qual participaram delegados de Ensino Primário e de Parques Nacionais da província de Entre Rios. No dia 14 de outubro foi realizada uma reunião do Comitê Transfronteirizo com a apresentação do Plano de Ação da empresa de Hidrogeologia.Consultor ADT/PAE - Divulgado pelo website do projeto, o chamado para o consultor que ficará encarregará da preparação da Análise de Diagnóstico Transfronteiriço (ADT) do Projeto. O processo culminou a adjudicação do cargo ao engenheiro Eduardo Lanna. O relatório do processo está disponível no sítio: http://www.sg-guarani.org/llamadosMapa Básico - Está marcado para este mês, o seminário de apresentação do protótipo do mapa em escala 1:300.000 na Sede da Secretaria Geral do Projeto em Montevidéu. A empresa Tecsult fez a entrega de 40 mapas em escala 1:250.000 que estão sendo avaliados para aprovação. As distintas instituições de cartografia dos países podem enviar contribuições e ajustes aos produtos parciais apresentados através do endereço: http://www4.tekconsultants.net:81/guarani/

 
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